segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Um dos destaques da Semana de Comunicação de 2009, Fernando Torres fala sobre o sucesso do “João Buracão”.


- Os alunos da Universidade ficam curiosos sobre o boneco que "ganhou" o país.

Matéria com a técnica Taça de Champanhe
Por Joanna Medeiros

O jornalista Fernando Torres, chegou ao sucesso depois de percorrer um longo caminho desde a universidade até o o auge com o personagem "João Buracão". Saiu de Santa Rita da Floresta, interior de Cantagalo, e tinha que percorrer cerca de 4,5 km até chegar ao asfalto mais próximo para poder pegar o ônibus para a faculdade.
Seu amor pelo jornalismo começou enquanto ouvia de maneira precária a Rádio Globo e sonhava em ser repórter de campo do veículo. Fernado adorava também, ler a Revista Placar para estar informado sobre a editoria que mais gostava, esportes. Nem sempre era possível, pois devido a distância de sua casa, nem sempre a revista era entregue com periodicidade.
Hoje é um jornalista reconhecido no Rio de Janeiro. Com 26 anos, formado na primeira turma de Comunicação Social no campus Friburgo, o ex-aluno, agora é professor da instituição em Madureira. Em 8 anos de carreira, Fernando esteve envolvido em vários projetos. Começou na Rádio Estação e Mídia Impressa da Estácio e não parou mais. Passou pela TV Serra Mar (hoje Inter TV), Groove Propaganda, Jornal O Momento, TV Zoom, Rádio Sucesso, Assessoria de Imprensa da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro, entre outros.
Para ele os laboratórios da universidade são fundamentais no processo de aprendizado: “você pode saber que tem um mega potencial, mas precisa produzir para mostrar o quanto pode para as outras pessoas”. Ele ainda acrescentou: “O estudante não pode achar que sua carreira só começa quando recebe o diploma. A carreira jornalística começa desde o primeiro dia de aula”. Para Fernando Torres, a dedicação aos trabalhos da faculdade pode ser determinante na hora de uma indicação para estágio, pois geralmente os professores têm muitos contatos e podem dar boas referências sobre o aluno.
Por toda essa dedicação como profissional, Fernando foi convidado a ser repórter do Jornal Extra. Como repórter 3G, teve a oportunidade de receber a indicação para o Prêmio Esso de Jornalismo a partir da descoberta de um boneco que ele batizou como “João Buracão”. Na semana da comunicação de 2009, Fernando foi convidado para falar sobre esse personagem que o levou ao programa da Ana Maria Braga, devido à repercussão do personagem.

Como nasceu João Buracão

Na ronda diária, Fernando decidiu passar por Marechal Hermes, na zona norte do Rio de Janeiro, e descobriu um protesto inusitado: um boneco sentado à beira de um buraco exigia a ação das autoridades competentes. Nascia assim o ícone da luta contra o abandono. O boneco que antes era chamado de “Boneco pescador” foi confeccionado pelo borracheiro Irandi Rocha, para mostrar a as condições dos bairros no Rio. A partir da matéria – de capa - feita sobre “João Buracão”, foi lançada a campanha “Problemas na sua rua? João Buracão é a solucão!". "No primeiro dia, tivemos 15 mil ligações por conta do João Buracão”. Para saber sobre as andanças de “João Buracão”, acesse o blog do Buracão.
O envolvimento com o jornalismo comunitário prova que em lugares remotos são descobertos personagens simples, mas que são de fácil identificação com o povo brasileiro. O sucesso de "João Buracão" mostra que é possível dar voz as camadas menos privilegiadas da sociedade, cumprindo a missão do jornalista de prestar serviços à sociedade.

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