quinta-feira, 21 de junho de 2007

PÓLO DE MODA ÍNTIMA CRESCE NA REGIÃO

Por Gerson Santiago

Apoio de sindicatos faz as confecções de lingerie se expandir

O Pólo de Moda Sul Fluminense conta, hoje, com aproximadamente 400 unidades produtivas entre médias, pequenas e micro empresas, além de ateliês e unidades familiares. São confecções, facções, lavanderias e tecelagens que, juntas, empregam mais de 4000 pessoas nas 20 cidades abrangidas pelo SINDVESTSUL (Sindicato das Indústrias do Vestuário do Sul do Estado do Rio de Janeiro).

Mais de 40 grifes renomada produzem suas coleções no pólo, especialmente em jeans, nas cidades de Valença, Rio das Flores e Barra do Piraí, onde se observa um APL (Arranjo Produtivo Local) deste produto. São empresas especializadas em confeccionar e faccionar produções que exijam minúcias e delicadeza na sua industrialização, características de serviços muito procurados por grifes seletas, que almejam produzir coleções com excelência de qualidade, detalhes diferenciados e quantidades limitadas de cada modelo.

Todo o processo de confecção das peças, da criação ao acabamento, incluindo lavanderia e modelagem, pode ser desenvolvido pelas empresas locais. Uma delas resolveu investir ainda mais, só que de maneira diferente.

O empresário Silvio Montechiari vendeu as máquinas antigas para costureiras e assim, adquiriu novas tecnologias. “Comprei as máquinas obsoletas de uma fábrica demissionária e cedi às costureiras. Em contrapartida, elas compravam matéria-prima na minha empresa. O negócio está dando tão certo que, em pouco tempo, já há um grande número de confecções gerando a ocupação de aproximadamente 12 mil pessoas em todas as pontas de atuação - fornecedores, produção e venda”, afirma Montechiari.

O Pólo de Moda Intima de Nova Friburgo está em desenvolvimento desde 1998, quando, a partir de um estudo de potencialidades, foi identificada a vocação da região. Desde então vem recebendo apoio de diversas entidades.

Este é um dos pólos beneficiados pelo Projeto de Distritos Industriais do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento, contando também com recursos do Sebrae Nacional e da APEX – Agência de Promoção de Exportações, que apoiou a formação de 6 consórcios de exportação na região, atualmente comercializando seus produtos para o Mercosul, União Européia, África, Oriente Médio, Japão e para os Estados Unidos. O pólo é gerenciado pelo Conselho da Moda, que agrega as entidades parceiras atuantes na região.


Entre elas estão a SINDVEST, FIRJAN, SEBRAE/RJ, UERJ, Prefeitura de Nova Friburgo, Prefeituras de outros municípios da região, Governo do Estado, BNDES, Banco do Brasil e BID. Anualmente é realizada a FEVEST – Feira de Lingerie de Nova Friburgo, a maior feira de lingerie da América Latina, com a participação de mais de 100 confecções especializadas em moda íntima.

EMPRESA DE NOVA FRIBURGO SE PREPARA PARA EXPORTAÇÃO

Por Gerson Santiago
Confecção da cidade investe no setor que mais cresce no país
A Kalangolango, empresa no ramo de confecção de Nova Friburgo se prepara para entrar no ramo de exportação. Há cinco anos de volta ao mercado que atende inúmeros sacoleiros da região, aumentou o seu número de máquinas, equipamentos e funcionários, contratou estilista. Além de trazer o gerente Peter Doner, de naturalidade alemã, com larga experiência no ramo de controle de qualidade e visão empresarial internacional, a confecção tem grande conhecimento no ramo.

Ranieri Castro, 35 anos, proprietário da Kalangolango está no ramo há mais de 15 anos. Depois de sofrer uma falência por inadimplência, volta ao mercado com maior experiência e objetivos definidos a curto, médio e longo prazo. Tendo como próximo passo a exportação, Ranieri procurou investir no quadro funcional e profissional qualificados, já que o desafio é grande.

“A gente aprende todo o dia, o fato de eu ter me dado mal no primeiro momento serviu-me de experiência e encorajamento. Como lição, eu aprendi que o profissional desse ramo tem que se preparar, pois as exigências e a concorrências são grandes. Hoje, eu curso administração de empresas na Universidade Cândido Mendes, e procuro me cercar de profissionais cheios de ambição e responsabilidade”, afirma Ranieri que aposta no sucesso da empresa.

A Kalangolango dispõe hoje de mais de vinte itens no ramo de confecção para atender a demanda de sacoleiros na região.

“Nós temos a linha de moda íntima, além de bermudas de tactel e microfibra, calças leg de visco lycra feminino, blusas e batas, camisas emborrachadas masculina e femininas e, camisetas regatas. São mais de quatro itens lançados semanalmente”, explica Guto, encarregado de vendas e um dos sócios de Ranieri.

A empresa tem uma boa linha de crédito na praça e recebe um caminhão de tecidos da fábrica Iquinha, de Petrópolis, por semana. O índice de inadimplência é considerado pequeno diante da realidade do mercado atual, não chegando a 10% do seu total de vendas, que ultrapassa a casa dos 300 mil reais mensais.

Com preços considerados bons pela classe sacoleira, a qual tem a característica de “pechinchar”, a Kalangolango vai se firmando no mercado cada vez mais competitivo. Destaca-se também pelo prazo concedido aos seus clientes, além de acompanhá-los e orientá-los na venda de seus produtos, como também, disponibiliza profissionais que desenvolvam peças apresentadas pelos clientes, caso esses modelos não constem em sua linha de modelagem.

“Com a gente é assim! O cliente é quem manda”, finaliza otimista Ranieri.

domingo, 3 de junho de 2007

Tabaco: Vício que custa caro






Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas mostra que o brasileiro gasta mais com cigarro do que com arroz e feijão



Entrar no mercado para comprar o que comer e reparar que o cigarro acabou. E se deparar com a dúvida, já que esqueceu de pegar mais dinheiro no banco: Comprar o que vim comprar ou comprar cigarros? No fim, acaba comprando cigarros. Impossível de acreditar? Mas isso acontece.




Muitas pessoas deixam seus vícios falarem mais alto do que qualquer outra coisa. A secretária Mariany Wermelinger, 26 anos diz que prefere fumar à fazer outra compra. “No fim do mês, analisando as contas, vejo que gastei mais com cigarro do que com outras coisas que também gosto”.




A Fundação Getúlio Vargas (FGV) fez uma pesquisa onde se descobriu que o brasileiro gasta mais com o cigarro do que com o básico de uma dieta alimentar: arroz e feijão. Esta pesquisa foi divulgada no dia 28 de maio deste ano.
Para a psicóloga Mariana Pessoa, este fato pode ser compreendido, já que o vício psicológico faz com que as pessoas tenham atitudes impensadas para obter seu objeto de desejo, no caso o cigarro.




Segundo o estudo, este desvio da renda para compra de tabaco à comida se deu porque o preço da substância aumentou enquanto o arroz e o feijão tiveram seu preço reduzido.
De acordo com a Fundação, obter cigarros passou a comprometer a renda familiar em 1,25%, enquanto os gastos com arroz e feijão são de 0,85%.




Antes, os gastos com o básico da dieta eram de 1,3% e do tabaco eram de 1,03%, mas com a baixa de 20,35% do preço acumulado do “feijão com arroz” e a alta de 29,57% do preço do cigarro fizeram estes números reverterem.
E de acordo com as estimativas do estudo, fumar vai pesar ainda mais no bolso dos tabagistas nos próximos meses, por possíveis reajustes dos preços.

Por Fernanda Moreno.

Fumar pra que?


Vício que mata e dá prazer as pessoas


No meio de um estresse ou durante um prazer infindável pegar na bolsa um cigarro, ascender e tragar como se o mundo acabasse naquele momento. Sentir a sensação que ele é o melhor companheiro e que alivia as tensões. É desta forma que pensam os fumantes do mundo inteiro.


Mesmo sabendo os males que o tabaco causa, as pessoas que fumam não abrem mão de fumar nem que seja um cigarro durante o dia. Assim acontece com Jonatham Menezes, 21 anos, estudante de engenharia da Uerj. Para ele, o vício é uma doença que já tentou largar. “Posso passar um dia todo sem fumar, mas parece que fico mais irritado do que o normal, então ascendo um cigarro e é uma sensação maravilhosa”.


No Brasil, cerca de duzentas mil mortes por ano são decorrentes do tabagismo, de acordo com o Inquérito Domiciliar sobre Comportamentos de Risco e Morbidade Referida de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, realizado em 2002 e 2003 e patrocinado pelo Inca. Isto indica que parar de fumar ou não fumar seria a melhor opção.


Opção esta seguida por Ivana Moreno, professora, 41 anos que parou de fumar a 10 anos e não pensa na idéia de voltar com o vício. “Parei de fumar por problemas de saúde, tive ostopenia agravada pelo uso do cigarro. Não fumo mais e nem penso na hipótese”.


Segundo dados do IBGE, nos últimos 20 anos a quantidade de brasileiros que fumam diminuiu 12%. Hoje, a população de fumantes é de 23%, há 20anos eram de 35%. O número é considerado razoável, mas não o suficiente. Tanto que a Organização Mundial de saúde recomendou, esta semana, a todos os países, a proibição do fumo em locais de trabalho e em lugares públicos fechados.

Por Fernanda Moreno

Veja mais: www.inca.gov.br/tabagismo

Hora de se mexer



Nova Friburgo em prol da mobilização socioesportiva mundial




Acontece hoje em cidades do mundo inteiro o Dia Internacional do Desafio contra o sedentarismo. O evento é o maior em relação à integração socioesportiva e tem como objetivo mostrar os benefícios da prática da atividade física como fator de prevenção a doenças. O acontecimento consiste em uma competição entre cidades de paises diferentes e ganha a cidade que tiver o maior número de participantes inscritos.



No Brasil, o Dia do Desafio é realizado através de uma parceria entre prefeituras municipais e o SESC de cada local. As atividades tiveram início às 0 horas e vão até as 21 horas, com a intenção de estimular a prática de esportes pelo menos 15 minutos diários.



Em Nova Friburgo, o evento está acontecendo na Praça Demerval Barbosa Moreira e em todas as escolas da cidade. Entre as atividades realizadas estão basquete,vôlei, recreação e circuito esportivo, judô, dança de salão. Estas atividades são realizadas por pessoas de todas as idades.



Segundo a coordenadora do Dia do Desafio, a professora de Educação Física Fátima Zarife, a estimativa é de 60 mil participantes em Nova Friburgo. Ela diz também que este trabalho é gratificante para mostrar a importância da prática das atividades físicas estimulando o melhor condicionamento da saúde dos cidadãos da cidade e do mundo.



Nova Friburgo está nesta disputa contra a cidade venezuelana Carabobo.

Por Fernanda Moreno
Maiores informações: diadodesafio@sescrio.org.br