quarta-feira, 25 de junho de 2008

O HOMEM E SEUS BOTÕES





Por Luísa Toledo

Fernando Cruz ganhou seu primeiro time de botão quando tinha apenas dez anos de idade, mas antes disso, já jogava com botões feitos de casca de coco ou com os dos casacos de sua mãe. Hoje, advogado e botonista, possui uma coleção formada por 600 botões madrepérola, que representam os sessenta maiores times do mundo. A coleção tem o valor estimado em quarenta mil reais. " A única coisa que guardo a sete chaves são meus sessenta times. Quando eu não estiver mais aqui, minha mulher sabe o que fazer com eles- serão doados como prêmios em campeonatos de futebol de mesa", conta Fernando.

Com o advento dos jogos de computador, há quem tema pela sobrevivência do futebol de botão. Porém, a associação friburguense de futebol de mesa conta, hoje, com mais de 600 adeptos regulares, a maioria crianças e adolescentes. Além disso, a grande força do futebol de botão é que ele oferece a glória esportiva aos entusiastas fisicamente predispostos a ficar em casa.

"O futebol de botão está profundamente enraizado no inconsciente brasileiro. A simplicidade do jogo fornece uma tela fantástica para o romantismo. Os botonistas batizam seus botões com nomes de jogadores e anotam a artilharia de cada um", opina Fernando Cruz.

Vários integrantes da AFFM já participaram de diversos campeonatos realizados em todo o Estado, ao longo dos anos. O botonista friburguense Guilherme Albertine é considerado uma das maiores revelações. Graças ao seu talento, o jovem chegou a ser contratado pelo Vasco da Gama.

FUTEBOL DE MESA

Por Luísa Toledo

O futebol de botão surgiu independentemente da indústria de brinquedos e conseguiu permanecer à margem dela. O esporte, manifestado, segundo relatos históricos, primeiramente no Brasil, já apresentava, desde o início, sintomas de que estava destinado a ultrapassar seus parâmetros esportivos e permear a vida cultural brasileira de modos mais sutis. No início do século XX, o violento esporte bretão mal havia saído das fraldas quando as crianças começaram a disputar um joguinho de salão inspirado no futebol, utilizando botões grossos retirados das roupas.
Colocavam dois times de onze botões cada sobre uma mesa lisa e os impulsionavam para que ricocheteassem uma bola minúscula em direção a uma rede em miniatura. O resultado foi o futebol de botão que sobrevive até hoje.
Existem jogos de futebol de mesa similares em outros países, como o Subbuteo, uma espécie de primo do futebol de botão, jogado na Europa com bonequinhos de plástico presos sobre uma base arredondada. Mas, o jogo de botão é anterior tanto ao Subbuteo, criado por Waddingtons em 1947, quanto ao precursor deste, Newfooty, criado por uma família de Liverpool, em 1929.

Futebol de Botão com força total em Nova Friburgo


ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DE MESA DA CIDADE COMEMORA VINTE E QUATRO ANOS DE ATIVIDADES
Por Luísa Toledo


"O homem mais rico do mundo queria saber qual era o mais nobre dos esportes e, para isso, chamou três sábios: um da China, porque a China é o berço da sabedoria; outro da França, porque a França é o berço da ciência e outro dos Estados Unidos que não são o berço de coisa nenhuma, mas ganham muitas medalhas nas Olimpíadas (..
.) Após ouvir os argumentos de cada um dos convocados, o homem mais rico do mundo disse que precisava de algum tempo para pensar sobre aqueles profundos arrazoamentos e, como pensar dá fome, pediu uma pizza pelo telefone. Quando o entregador chegou, o homem mais rico do mundo, só por brincadeira, resolveu lhe perguntar qual era o esporte mais nobre, no que o entregador respondeu: "Esses três esportes são importantes, mas o mais nobre de todos é o futebol de botão. Vejam, este esporte é uma síntese do conhecimento humano. Ele necessita de movimentos estratégicos como o xadrez, pede pontaria, reflexos e precisão como a esgrima e requer autodomínio como o pôquer. O futebol de botão, senhores, é o único esporte onde são necessários intelecto, habilidade física e controle emocional. Tudo ao mesmo tempo e em igual proporção".


Com certeza, muita gente nunca leu ou ouviu falar nesta história, ou melhor, conto. Os dizeres acima, retirados do livro: "Os cabeças-de-bagre também merecem o paraíso" são levados a sério por muita gente, e de todas as idades imagináveis. O futebol de mesa é um esporte antigo e que nunca deixou de
adquirir adeptos fiéis, independentemente da época, local ou cultura.


Vlando Villas-Boas, friburguense de 14 ( quatorze ) anos, joga futebol de mesa desde os dez anos de idade e guarda seus times de botão em caixas de madeira feitas sob medida e que chama de "vestiários". "Também carrego um estojo de primeiros socorros que inclui pasta lustra-móveis, silicone líquido, flanelas, diversos tipos de cera e aspirina", conta o jovem botonista.


A prática do esporte em Nova Friburgo vai além do lazer que proporciona a seus adeptos. A associação friburguense de futebol de mesa também se destina a facilitar o acesso ao esporte e lazer por crianças mais carentes e que vivem ociosas. "Identifico o esporte, a educação e o lazer como atividades fundamentais para o bom desenvolvimento de cada indivíduo. A prática do esporte também é desenvolvida como forma de inclusão social, de estímulo da auto-estima, disciplina e cidadania", ressalta o presidente da associação, Fernando Azevedo Cruz.


A AFFM, que no ano de sua fundação congregava meia dúzia de adeptos, possui hoje 675 pessoas cadastradas e, uma média de trinta pessoas por reunião. Por quase uma década foi utilizado o prédio da Associação Católica da Juventude Friburguense para realizar as reuniões semanais, mas finalmente a diretoria conseguiu abrir a própria sede na cobertura de um prédio no centro da cidade. "A associação friburguense é a única do Brasil que funciona nos dias de semana e, ainda promove campeonatos semanais em shoppings, clubes e em outras entidades", diz Fernando.


Em 2001, Roberto Dinamite tornou-se o patrono da associação. Com a presença do seu ídolo, Fernando Cruz viu várias portas se abrirem para o futebol de mesa de Nova Friburgo, pois o apoio de Dinamite trouxe maior credibilidade e seriedade ao projeto.


A estudante Dandara Rodrigues, de 14 anos começou a jogar botão aos onze anos de idade e já ganhou vários campeonatos, desbancando vários meninos. Ela é a única menina a participar dos eventos e encontros da associação, mas garante que sempre se sentiu muito à vontade. " Nunca fui desrespeitada ou sofri qualquer tipo de preconceito. É uma pena outras meninas não se entusiasmarem com o futebol de mesa. Acho que devem ter vergonha ou algum tipo de receio", conta Dandara.


A Associação friburguense de Futebol de Mesa (AFFM) foi fundada em 19 de agosto de 1984 por Fernando Caruso, Aladir Romão, Gustavo Valadares, Antônio Paulo Batista e Jairo Leão. Fernando Cruz é o associado mais antigo ( está inscrito desde 1990 ) e, desde o princípio assume o cargo de direção.
Em 2002 a Associação filiou-se à Federação de Botão do Estado do Rio de Janeiro (FBERJ) e também à Confederação Brasileira (CBFM) e por isso tem conseguido desde então, o apoio e a projeção necessários, destacando-se pelo tamanho de sua delegação e pelos excelentes resultados obtidos em torneios pelo Brasil afora.


Os interessados em participar desta Sociedade Esportiva devem dirigir-se à Rua Eugênio Muller, 222, cobertura 1, às terças e quintas a partir das 18:00 horas e , aos sábados a partir das 13:00 horas.


! Participe, enviando sua opinião acerca da adesão de mulheres no futebol de mesa. O que você acharia se a Associação friburguense do esporte em questão conseguisse formar um grupo fixo de jogadoras do sexo feminino?

www.bolaebotao.com.br

www.futeboldemesanews.com.br

www.cbfm3toques.com.br

RESGATE CULTURAL

POR LUÍSA TOLEDO

As fotos em exposição durante este mês de maio no Centro de Arte, mostram uma Nova Friburgo antiga e desconhecida por muitos. O fotógrafo Osmar de Castro faz uma homenagem aos 190 (cento e noventa) anos da cidade com fotografias antigas ( de 1870 até a década de 50 ), que foram restauradas por ele.

Quando você iniciou sua carreira artística?

Castro: No início, eu fotografava casamentos, aniversários, qualquer tipo de evento. Em 1996, tive a idéia de criar esse acervo de fotografias antigas da cidade. O primeiro passo foi correr atrás das fotos. Eu já tinha algumas que pertenciam à minha família e consegui muitas das fotos em acervos de bibliotecas e de colecionadores. Muitas famílias tradicionais de Friburgo também me deram inúmeras fotos. Hoje, conto com um acervo de doze mil fotografias e documentos antigos.

Este trabalho é considerado por você como um hobby, ou desde o início já havia a intenção de seguir a carreira artística?

Castro: Sempre quis trabalhar e viver de arte. Comecei a fotografar para eventos e estava acostumado a utilizar as máquinas analógicas, até ter o primeiro contato com a digital. Me apaixonei na mesma hora pela nova tecnologia, que me proporcionou inúmeras facilidades. A instantaneidade e a qualidade das fotos me satisfizeram. Além disso, graças a essa tecnologia, consegui tratar as fotos antigas e torná-las nítidas. Fiz um árduo trabalho de restauração e identificação das fotos. A pesquisa em busca da história da cidade foi essencial.

Como ocorreu o contato com o Centro de Arte?

Castro: O meu contato com o Centro de Arte é antigo. Em 1989, fui diretor do local e há dez anos faço essa mesma exposição, sempre no mês de maio e nos estabelecimentos do Centro de Arte.

Como tem sido a receptividade do povo friburguense para com o seu trabalho?

Castro: A receptividade do povo friburguense em relação ao meu trabalho sempre foi muito positiva. Noto isso porque várias pessoas, de diferentes famílias já me procuraram oferecendo fotografias antigas da cidade. Cada ano que passa, o acervo fica maior. Acho que isso acontece porque meu trabalho está relacionado com a memória e a história da cidade e, são poucos os documentos existentes que registrem estes aspectos de Nova Friburgo. Eu tenho meu próprio laboratório onde fiz a restauração das fotografias contidas nos três livros que já publiquei.

CINE ARTE

POR LUÍSA TOLEDO

O antigo “Clube de Cinema” do Centro de Arte oferece gratuitamente à comunidade a mostra de filmes, com sessões às quartas, às 18:00 horas e às quintas às 19:30 horas. “Não há um público alvo específico. Nosso objetivo é fazer cultura e atrair pessoas de todas as faixas etárias. Por isso os gêneros dos filmes expostos são diversos”, explica Paulo Henrique de Carvalho, responsável pela seleção das películas e que, no final de 2005, implantou com Daniela Santi a mostra de filmes, que já não funcionava há mais de dez anos.
Enquanto o público aguarda o início da sessão, são expostos em uma das salas, vídeos diversos, como de shows de jazz, entrevistas e biografias de cineastas e atores clássicos do cinema mundial. Graças a um convênio com uma locadora da cidade, o estabelecimento consegue gratuitamente a locação dos filmes. O local também conta com uma nova aparelhagem de cinema. “É excelente, assim como a projeção e o som. É como se você estivesse em um cinema convencional”, diz a diretora Daniela Santi.
Segundo Paulo Henrique, a falta de hábito por parte da população em frequentar o Centro de Arte dificulta a divulgação das novidades e da programação do local. Em relação à seleção dos filmes, ele é enfático ao dizer que procura fugir de filmes convencionais dando prioridade às películas que abordam temas já conhecidos pelo público de uma maneira geral, mas que fazem uma interpretação, um questionamento distinto das convicções e conceitos já estabelecidos e difundidos sobre os respectivos temas.
A sala do Cine Arte possui cento e dez lugares, mas está constantemente vazia. “A dificuldade em se implantar um projeto de caráter cultural não se restringe a Friburgo, é um problema nacional. Não existe dentro da educação dos brasileiros a inclusão da cultura no seu dia-a-dia. Assim, para muitos, a cultura e a arte passam a ser artigos de luxo, quando não deveriam. Através dos mais jovens é possível mudar esse quadro, pois na criança cria-se o hábito cultural, para que ela venha a ser um adulto que vá necessitar disto em sua vida”, diz Daniela.

TEATRO GAMA


POR LUÍSA TOLEDO

Fundado no ano de 1966, em Nova Friburgo, pelo diretor teatral Júlio César Cavalcanti, mais conhecido como Jaburu, o grupo Gama já ganhou vários prêmios ao longo de seus quarenta e dois anos, entre eles: o troféu "Pascoal Carlos Magno", por ter sido considerado o melhor grupo teatral do Estado do Rio de Janeiro por três anos consecutivos. Representou o teatro friburguense em vários festivais pelo país, participando por três vezes consecutivas do Festival de Inverno de Ouro Preto.
"A história do Gama tem uma forte ligação com a do Centro de Arte porque grande parte dos integrantes do grupo freqüenta o local desde a sua fundação e, criaram neste ambiente rico e multiforme, seus primeiros contatos com a arte e a inspiração necessária para colocar em prática as próprias aspirações da alma", conta Jaburu.
O Gama trouxe à cidade mais de cinqüenta montagens de grupos de outros municípios e artistas consagrados como Rubens Corrêa, Marieta Severo, Tarcísio Meira, Glória Menezes, Stênio Garcia, Antônio Nóbrega, entre outros. Criou ainda, o "Circo Azul", espaço popular voltado para o encontro democrático com a comunidade friburguense, proporcionando espetáculos de alto nível artístico para a comunidade local. Por este projeto recebeu o "Troféu Galdino do Valle Filho" – friburguense criador do Dia Nacional da Criança – 12 de outubro.

CENTRO DE ARTE DE NOVA FRIBURGO



Em prol da cultura, porão das artes sobrevive ao tempo

POR LUÍSA TOLEDO
O Centro de Arte de Nova Friburgo, localizado no centro da cidade comemorou 47 ( quarenta e sete ) anos no dia 16 ( dezesseis ) de maio, data em que também é festejado o aniversário da cidade. Em 1961, o então prefeito do município, Amâncio Azevedo resolveu atender ao pedido de um grupo de artistas amadores, que queria transformar o antigo porão abandonado do prédio que na época era a sede da Prefeitura, em um Centro de Arte e Cultura. Entre os idealizadores da proposta destacou-se Heródoto Bento de Mello – primeira pessoa a dirigir o estabelecimento.
No final dos anos cinqüenta, existia um Clube de Fotografia na cidade formado por Heródoto e mais vinte amigos. Com a chegada do Cinema Novo, os rapazes começaram a se interessar pela sétima arte e resolveram que deveriam produzir um filme de qualquer jeito. " Começamos, realizando sessões de cinema de arte, porém não tínhamos um estabelecimento fixo, o que dificultava a realização de tais encontros", conta Heródoto.
O porão, onde hoje é o Centro de Arte estava, na época, servindo de depósito de entulhos, móveis velhos e de arquivo morto. "Resolvi visitar o doutor Amâncio e, pedir-lhe que providenciasse um local para a realização das sessões de cinema. Antes de encontrá-lo, algo me fez entrar no porão. Fiquei encantado com os arcos, com a grossura das paredes, as ligas de madeira e não acreditei que o lugar tinha virado um depósito de lixo". Junto com o amigo e também arquiteto, Mário Amorim Costa, Heródoto conseguiu reformar o local. Ele também contou com o apoio de muitas empresas e fábricas locais, assim como do Ministério da Educação do Rio de Janeiro, que doou o primeiro piano do centro de arte.
O friburguense Jorge Saad, auxiliar administrativo da secretaria de cultura de Friburgo, foi um dos primeiros associados do Centro de Arte. No final de 1962, fundou o primeiro grupo de teatro da cidade, mais conhecido como TECA ( teatro experimental do centro de arte ). "Os jovens da época tinham grande interesse por arte. Era o tempo da efervescência cultural. As opções de lazer eram mais determinadas e, a procura pelo teatro era grande. Predominavam os atores mais jovens", conta Saad, que ficou no estabelecimento até 1969, ano em que foi apresentado o último espetáculo de TECA. Bebete Castillo, foi a primeira mulher a se associar ao TECA e a única que, na época sabia administrar a parte de iluminação das peças na cidade. Em sua homenagem, a atual sala de teatro leva o seu nome.
O prédio onde atualmente funciona a Oficina-Escola de Arte e o Centro de Arte, já foi palco de grandes eventos, seja envolvendo questões sociais locais, ou vivenciando dinâmicas da conjuntura política regional e nacional. "Essa construção se constitui num marco importante da arquitetura em Nova Friburgo. Constituída em estilo da fase neoclássica, este solar se impunha à paisagem local e, chamava a atenção de toda a população", diz Liliane Herdy Yung, atual secretária de cultura de Nova Friburgo.
Tudo começou, quando o primeiro Barão de Nova Friburgo, Antônio Clemente Pinto, mandou edificar a Casa Grande, inaugurada na década de quarenta do século XIX. A atual Praça Getúlio Vargas era, na época, o jardim da "Casa da Baronesa". Como sofria de depressão, a baronesa ficava a maior parte do tempo na Casa Grande, de onde podia olhar os transeuntes pela janela. Algo que não era possível fazer quando estava na casa principal, onde hoje é a sede do Country Clube.
Existia um trem para transportar os escravos e os alimentos, que ligava a casa principal à casa da baronesa; o trem parava em frente à entrada do porão, onde hoje é o centro de arte e que na época era a senzala, onde viviam alguns dos escravos.
O porão também já funcionou como Cadeia Pública, quando em 1921, o prédio foi vendido ao executivo que se instalaria aí, dividindo espaço com a Câmara e a biblioteca municipal. "No porão, foi instalada, na mesma época, a Cadeia Pública. Por isso a existência das grades de ferro em todas as janelas do Centro de Arte", relata a atual diretora do local, Daniela Santi.
Hoje, além de apresentar exposições de arte diversas, o estabelecimento conta com a Mostra de Filmes, que funciona às quartas e quintas e com apresentações teatrais e musicais. Este mês estão expostos trabalhos do fotógrafo Osmar de Castro- que expõe fotos antigas da cidade de Nova Friburgo e do artista plástico Zeppe.


Participe, enviando sua opinião sobre os eventos e a programação cultural oferecidos pelo Centro de Arte de Nova Friburgo. Você sente falta de alguma atividade? Acha que o porão das artes da cidade cumpre bem com seu papel ?

Site relacionado:

culturanf.vilabol.com.br

quinta-feira, 12 de junho de 2008

GESTAÇÃO E PROTEÇÃO EMOCIONAL

Quebrando paradigmas *

* Por Camilla Athayde

Luciana Lopes, quando tinha seus 23 anos, caminhava pela rua quando encontrou um rapaz chamado Leonardo. Depois de longa conversa o casal viu que tinham muitos interesses e vontades em comum e a partir daquela data começaram um relacionamento. Passados 2 anos deste o primeiro encontro resolveram que deveriam dar um passo maior e ficaram noivos.

Depois de 3 anos de casados tiveram a notícia que Luciana estava grávida de um filho desejado e planejado. Entretanto, sua alegria não estava completa, pois seu avô quem a havia criado acabara de falecer.

Embora se acredite que a gestação fosse um período de relativa proteção emocional para as mulheres, ficando o período puerperal como o único foco de atenção. Nos últimos anos pesquisas têm mostrado que a gestação não é tão protetora como até então acreditava e que cerca de 20% das mulheres apresentam transtornos depressivos durante a gestação, segundo a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).

A perda de uma pessoa importante, um objeto amado, durante o primeiro trimestre de gestação está associada ao aumento significativo do risco da malformação do feto. O ambiente intra-uterino é importante para o desenvolvimento do sistema nervoso central e fatores de risco ambientais, incluindo que podem ocorrer durante a gestação, podem interagir com os efeitos somados de múltiplos genes para influenciar o risco de uma doença neurológica, explica Dr. Joel Rennó Jr.

E foi o que ocorreu com o filho do casal. Ao atingir sua juventude, apesar de não possuir qualquer histórico de transtorno mental na família, o rapaz desenvolveu a esquizofrenia.

Pesquisadores da Universidade de Machester acessaram o risco de desenvolver esta doença em filhos de mães expostas a tais fatores objetivos de estresse durante a gravidez, como a morte por doença séria (câncer, infarto) de parentes e primeiro grau.

A maioria das sociedades entende que o estado psicológico da mãe pode influenciar o bebê intra-útero. Eventos vitais adversos e severos durante a gestação têm sido consistentemente associado com um risco de baixo peso ao nascer, prematuridade e malformação congênita, no primeiro trimestre. Em adição, estudos demonstram a associação positiva entre estresse materno pré-natal e aumento do risco para esquizofrenia adulta na geração exposta, relata Dr. Rennó.

Segundo o psiquiatra, a esquizofrenia é considerada uma doença do desenvolvimento cerebral precoce, influenciada por fatores de risco ambientais que interagem com efeitos combinados de genes múltiplos suscetíveis.

ESQUIZOFRENIA

A esquizofrenia, de acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), é uma doença mental grave provocada por um severo transtorno do funcionamento cerebral onde ocorre falha na transmissão dos neurotransmissores. Conseqüentemente na comunicação celular de neurônios envolvidos no comportamento, pensamento e senso-percepção.

A doença se manifesta principalmente em jovens (15-35 anos), podendo ocorrer na infância e em idosos. Ambos os sexos são igualmente afetados, porém as mulheres apresentam a doença mais tarde.

As vítimas de Esquizofrenia têm percepção anormal e distorcida do meio que as rodeia. É comum o suicídio entre os esquizofrênicos. A doença não afeta apenas o enfermo, mas pode também ter profundo efeito na família e em outras pessoas próximas.

Além de ser uma doença que requer muitos cuidados é extremamente dispendiosa, em termos de custos financeiros diretos ( hospitalização e medicamentos) como também de custos indiretos como: perda da produtividade dos indivíduos em virtude de sua doença.

Os sintomas mais comuns da esquizofrenia são: os sintomas positivos e os sintomas negativos. O primeiro corresponde na distorção de uma função psíquica como alucinações, delírios, pensamento desorganizado, hostilidade e desconfiança. Já os negativos são conseqüentes a uma perda ou redução de uma função psíquica; como apatia, retraimento social e emocional, incapacidade funcional, depressão, culpa e ansiedade.

DEPRESSÃO NA GESTAÇÃO

A gravidez na maioria dos casos é um momento de se alegrar com uma nova vida que está a surgir, mas nem sempre é assim. Com o crescimento de separações, crescimento familiar não programado, gravidez na adolescência ou não esperada, principalmente fora de um relacionamento, fazem crescer a estatística que hoje indica que pelo menos 20% das mulheres grávidas sofrem de depressão, segundo a ABP.

Apesar de todos os estudos sobre depressão durante a gravidez, o trabalho Suicidal ideation in pregnancy: assesment and clinical implications, do Dr. Newport e colegas da Universidade de Atlanta investigam mais a fundo três aspectos: a prevalência de ideação suicida em gestantes, a sensibilidade de escalas de depressão para detectar esta ideação e a existência de fatores que a possibilitam.

De acordo com este estudo a ideação suicida foi detectada em 29,2% em gestantes que anteriormente já apresentaram depressão aguda em algum período de sua vida. Os fatores preditivos para este quadro foram: gravidez não planejada, presença de transtorno depressivo e transtorno ansioso.

Mesmo levando em consideração que este trabalho foi desenvolvido com mulheres com antecedentes neuropsiquiátricos, sabe-se que no mínimo uma em cada dez gestantes apresentava idealização suicida e que a taxa pode de fato, girar em torno de 30% e é digno de alerta aos profissionais da área.

Infelizmente, segundo Dr. Rennó, nem sempre a depressão é considerada por muitos médicos que a tornam mais perigosa para a mãe e o bebê e na maioria das vezes se dá em decorrência das mudanças hormonais ocasionadas neste período.

SINAIS DE DEPRESSÃO

Os sintomas mais comuns da depressão são:

1- Sentimento ocasional de tristeza ou solidão.

2- Desconcentração

3- Irritabilidade

4- Ansiedade

5- Insônia

6- Cansaço

7- Ganho ou falta de apetite.

Caso esteja sentindo algum desses sintomas procure seu médico e com certeza este ato irá ajudar a manter tua saúde e a do seu bebê.

SAIBA MAIS

http://www.abpbrasil.org.br/boletim/exibBoletim/?bol_id=6&boltex_id=24

http://www.e-familynet.com/pages.php/PT/000/depre.htm

http://www.cuidandodasaude.com/website/artigo.asp?cod=1084&idi=1&id=1521

http://www.psicosite.com.br/tex/hum/dep019.htm

http://www.psicosite.com.br/tra/psi/esquizofrenia.htm

http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?189

Santo Antônio o protetor multiuso

Rafael Seabra
Santo Antônio é conhecido como o padroeiro dos pobres, santo casamenteiro e invocado para achar objetos perdidos. No meio de tantas atribuições o tradicional santo da Igreja católica tem a missão de interceder e atender a necessidades de todos.
No mês de junho, os devotos do santo fazem em muitas cidades do país a tradicional festa em homenagem a Santo Antônio. Em Nova Friburgo, as festividades em louvor ao protetor dos casamentos acontecerá na Praça do Suspiro e promete atrai a atenção daqueles que buscam deixar de lado o friozinho da serra.
As comemorações começam na quinta-feira com a missa para os casais e namorados, depois a banda Toque Serra embala o coração dos apaixonados. Na sexta-feira, dia de São Antônio, o conhecido e disputado pãozinho de São Antônio será distribuído durante todo o dia. No final de semana a festa continua com a realização de missas e shows que promete deixar o com o astral lá em cima para começar com pé direito a próxima semana.
Saiba mais sobre a vida de Santo Antonio

Olha A Chuva !, É Mentira

Rafael Seabra
O balão vai subindo, vem caindo a garoa, o céu é tão lindo e a noite é tão boa.São João, São João!. É nesse clima que a Associação dos Diabéticos de Nova Friburgo (Adinf) realizou a primeira Festa Junina da instituição.
Na festa era possível ver pessoas de todas as idades, dos mais velhos aos mais jovens. Para dar um chega pra lá no frio os participantes se deliciaram com a canjica e saborosos bolos diet.
No palco, a animação ficou por conta do Forró Chega Mais e da dupla Sandro e Léo, já na pista o agito ficou a cargo das quadrilhas da Adinf, Varginha e dos idosos da terceira idade do Sesc, que resolveram jogar a timidez para escanteio e cair na folia.
Durante a “quadrilha” uns apostaram na lábia para conquistar o par perfeito, já outros jogaram a responsabilidade em São Antônio o tradicional santo casamenteiro que faz muito sucesso nesta época do ano. Alguns tiveram sorte de acertar os números do amor, já outros saíram felizes da vida por terem levado para casa os brindes sorteados durante a festa.
- A festa foi um sucesso, onde o nosso principal objetivo era mostrar a população que os diabéticos também podem participar com responsabilidade das festas juninas. Pretendemos continuar realizando festas como essa por muitos anos- explica a secretária da Adinf Flávia Lopes.

Jogando a diabetes para escanteio

Rafael Seabra
O aposentado Mauricio Cunha, de 70 anos, teve toda a rotina de sua vida mudada por causa da diabetes. Há 15 anos ele descobriu que era portador da doença que atinge, segundo dados da Internacional Diabetes Federation ( IDF) cerca de 151 milhões de pessoas em todo o mundo. Apesar disso, ele esbanja muita disposição e sempre está firme na luta contra o açúcar.
Mauricio nasceu no Rio de Janeiro e teve uma infância de muito trabalho. Aos cinco anos ele foi levado para um colégio interno onde permaneceu até completar 15 anos.
- Durante a minha infância tive muitas dificuldades, primeiro a pobreza bateu na minha porta, morava com minha avó que me educou rigidamente. Após sair do colégio interno comecei a trabalhar como aprendiz de serralheiro- relembra.
Em 1957, o sonhador Mauricio ingressou no exército onde arrumou forças para superar a falta de carinho e a ausência da família. Mas nem tudo são flores, dois anos depois o então jovem teve que deixar o exército.
- Meu tempo de treinamento no exército acabou, por isso, fui obrigado a deixar o quartel foi muito difícil, pois gostava muito da carreira militar.- comenta o aposentado.
Mesmo sem experiência ele começou a trabalhar numa firma de administração de imóveis situada na Praça XV, no Rio de Janeiro. Mas o sonho de ser militar voltou a tona e em 1964 lá estava o soldado Cunha se apresentando no Corpo de Bombeiros. Depois de alguns anos de serviço Mauricio veio para Nova Friburgo onde foi reformado como segundo sargento.
Até então, Mauricio já havia vencido todos os combates que a vida colocou no seu caminho, primeiro superou a falta de carinho, depois passou por cima das dificuldades de arrumar um emprego e se estruturar na vida. Mas, suas forças foram colocadas a prova quando descobriu ser portador de diabetes
- Na época costumava a beber e a fumar bastante. Com o tempo comecei a emagrecer e minha esposa ficou preocupada e pediu que eu fizesse exames de rotina. O resultado mostrou que tinha diabetes. – afirma Mauricio.
Mesmo assim, o experiente aposentado não se abateu e procurou ajuda nos médicos e depositou suas forças na oração para superar esse novo desafio. Depois de algum tempo Mauricio começou a fazer tratamento na Associação dos Diabéticos de Nova Friburgo (Adinf) onde resolveu declarar guerra ao açúcar.
- Na associação sou muito bem atendido. Tenho a possibilidade de fazer exames do teste de glicose que é essencial para o controle da doença. Além disso, tenho que controlar a alimentação, não posso exagerar na quantidade de comida – constata o aposentado.
Hoje Mauricio faz muitos planos, um dos sonhos do sorridente aposentado é ser humorista. Ele já começou a fazer cursos de artes cênicas no Sesc de Nova Friburgo e espera que um futuro breve possa protagonizar uma comédia e levar muita alegria para o público.

ATÉ ONDE VAI O AMOR


Amor Patológico – um comportamento sem controle.*

* por Camilla Athayde

Jovem e loira, mas tinha apenas isso em comum com as guerreiras da deusa Freya com as quais compartilhava o nome, Valquíria. Apesar de não se apresentar montada em um cavalo alado e nem armada com elmo e lança como tais guerreiras possuía armas encantadoras como: cabelos longos, até a cintura, brilhantes como o sol e um perfume doce e inesquecível.

Esta mesma Valquíria que passou os últimos vinte anos de sua vida dedicada a cuidar do pai de sua filha, seu ex-namorado. Apesar do sofrimento de não tê-lo por perto – era casado e tinha outros filhos- ela não encontrava meios de se desligar. A obsessão a levava a acreditar que mantinha um relacionamento amoroso com ele. Telefonemas, vários ao dia, satisfaziam a sua necessidade de contato.

Ele alimentava o comportamento da ex-namorada e a pseudo-relação que durou até Valquíria procurar um tratamento e descobrir que nunca fora correspondida. Ao chegar neste ponto, porém, a relação era algo prioritário em sua vida, em detrimento de outros interesses e compromissos.

Casos como o de Valquíria, comuns nas clínicas de atendimento psicológico, que psiquiatras convencionaram chamar de amor patológico, um quadro caracterizado por comportamento repetitivo e sem controle de prestação de cuidados e atenção ao parceiro.

“ Todos os pacientes se sentem presos ao parceiros, vivendo com ele ou longe dele. Geralmente, não querem romper, apesar do sofrimento. Perto do parceiro parece que todo o resto fica preenchido”, explica a psiquiatra Dra. Ângela Maria Moura de Rezende.

A origem do distúrbio, segundo a psiquiatra, estaria diretamente ligados a fatores psicológicos como baixa auto-estima, sentimentos de raiva, privação afetiva e estresse emocional. Os indivíduos procuram no parceiro o afeto que não tiveram nos pais, repetindo o padrão de relacionamento malsucedido experimentado na infância.

Apesar da falta de estatísticas sobre o assunto, segundo Dra. Ângela, o amor patológico, não é exclusividade feminina. “Nós atendemos muitos homens com quadros idênticos aos da mulher. Mas do ponto de vista cultural é considerado mais feminino, pois a mulher tende a valorizar o relacionamento”.

SINALIZADORES DO “TRANSTORNO”

Segundo ao Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso (AMITI) do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo alguns sintomas e sinais que podem indicar se o indivíduo sofre de amor patológico:

1- Sintomas de abstinência, como angústia, taquicardia e suor, na ausência ou distanciamento do amado.

2- Preocupação excessiva com o outro.

3- Tentativas malsucedidas de reduzir ou controlar o comportamento patológico.

4- Tempo grande despendido no controle das atividades do parceiro.

5- Abandono de interesses e atividades antes valorizadas.

6- O quadro se mantém, apesar de representar problemas pessoais e familiares.

TRATAMENTO

O tratamento só é possível quando o parceiro admite estar fora do controle. O mais comum é o paciente só procurar ajudar quando o relacionamento acaba e ele não consegue aceitar ou agüentar a angústia.

E consiste em tratar os sintomas individuais e familiares que levam ao comportamento obsessivo através de uma terapia individual ou em grupo (acolhimento), com o acompanhamento psiquiátrico com ou sem uso de medicamentos, dependendo do caso.

O AMITI é o primeiro serviço de atendimento com equipe multidisciplinar gratuito, segundo eles, geralmente 16 a 20 sessões (uma vez por semana) são suficientes para tratar o paciente.

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DESCUBRA MAIS SOBRE AMOR PATOLÓGICO

ACESSE:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462007000100016&tlng=en&lng=en&nrm=iso

http://mulher.terra.com.br/interna/0,,OI1177635-EI4788,00.html

http://www.guiadasemana.com.br/noticias.asp?ID=15&cd_news=16025

http://www.saudenainternet.com.br/portal_saude/mulheres-que-amam-demais.php

Casa de Cultura de Teresópolis 20 anos

Por Pedro Durão

Em 19 de maio de 1988 era inaugurada a Casa de Cultura de Teresópolis. A construção de uma casa que funcionasse como uma espécie de matriz da cultura em Teresópolis foi um projeto sonhado durante vários anos. Em 1970, o Conselho Estadual de Cultura incentivou a criação de um conselho municipal para que o mesmo ajudasse a Prefeitura a reservar um espaço dedicado unicamente às diversas expressões de arte locais. No entanto, seriam necessários ainda 14 anos para que a empreitada começasse a ser erguida na Praça Juscelino Kubitschek, no bairro de Fátima. O local escolhido era, até então, um imenso matagal.
Em 1987, os operários começaram a executar o projeto do arquiteto Jorge Batista Sabino. O projeto arquitetônico, ousado para a época e inspirado em linhas modernistas, conta com muitas paredes de vidros e tijolos aparentes.
O teatro principal tem capacidade para 140 pessoas sentadas. Nos blocos externos, há espaço reservado para exposições, dança, teatro e diversas atividades culturais. Na parte externa, também integrada ao projeto, foram feitas ainda anfiteatro, playground, jardins e área de lazer.
Em 1995, a Casa de Cultura de Teresópolis passou a se chamar Casa de Cultura Adolfo Bloch. A mudança de nome foi uma homenagem ao dono da extinta TV Manchete, que era apaixonado por Teresópolis.
Desde 2006, o município investe na revitalização do ambiente. Além de obras de melhoria e modernização, o prédio ganhou painéis decorativos e nova comunicação visual. Para atender aos espetáculos e eventos, o palco do teatro foi totalmente reformado: ganhou novas coxias, iluminação e novas cortinas.
Além da revitalização outro motivo para comemorar os 20 anos da Casa de Cultura é a ampliação da oferta de cursos gratuitos. Durante muito tempo, o centro cultural ficou na penumbra, sem ter muita participação na vida cultural do teresopolitano. São oferecidos cursos de balé, jazz, dança de salão, teatro, desenho e pintura, musicalização infantil, canto, violão clássico, violão popular, piano, teclado e flauta. Ao todo são 900 alunos matriculados. A fila de espera é grande. De acordo com a Secretaria de Cultura, a procura cresce a cada ano.
No domingo, 18, quem foi a Praça Juscelino Kubitschek participou de uma série de atividades culturais, recreativas e de lazer durante todo o dia em comemoração ao aniversário da Casa de Cultura.

Bráulio Rezende Filho uma história de sucesso

Rafael Seabra
O comerciante Bráulio Rezende Filho, 51 anos, acompanhou de perto o crescimento do comércio de Nova Friburgo. Filho de comerciantes, lembra os bons momentos vividos na infância.“Tive uma infância como qualquer outro garoto da minha idade, tinha o costume de brincar nas ruas, andar de bicicleta e jogar bola no campo do Friburguense e do Esperança”.
Desde a adolescência, Bráulio trabalhou pelo desenvolvimento da Rezende Construção, loja criada por seu pai em 1941. A princípio o estabelecimento vendia um pouco de tudo. “Minha família sempre teve vocação para o comércio. Meu pai montou o primeiro armazém da cidade. Na loja, as pessoas encontravam muita variedade. Quando ele faleceu em 1965 decidimos mudar o perfil da empresa. A partir daí começamos a trabalhar com materiais de construção”, diz.
Para Bráulio Rezende, o comércio de Nova Friburgo cresceu bastante nos últimos dez anos. “ A criação de dois shoppings foi muito importante para o desenvolvimento da cidade. Acredito que o pólo de moda íntima e a instalação de indústrias na área metalúrgica também contribuíram para o desenvolvimento da cidade. Precisamos agora potencializar a vocação para o turismo ecológico”.
Bráulio Rezende Filho também buscou capacitação científica para gerir os negócios, tendo se graduado nos cursos de Administração de Empresas e Direito. Além de proprietário da Rezende Construção, é Presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL)

Pró-Memória: lugar de muitas histórias

Rafael Seabra
Disponibilizar história para que as futuras gerações, este é o objetivo do Pró-Memória criado em 14 de maio de 1986 pelo ex-prefeito Heródoto Bento de Mello. O projeto foi idealizado por Thereza de Albuquerque que iniciou - através de jornais – uma campanha de doação de documentos antigos.
Atualmente, o Pró-Memória possui mais de 9.800 documentos, 17 mil fotografias, livros manuscritos do século XVIII e jornais que contam a história de Nova Friburgo.
- O livro mais raro que temos é um manuscrito de 1819 que disponibiliza o nome de todos os colonos que vieram para Nova Friburgo, afirma Thereza, hoje coordenadora do órgão.
O Pró-Memória possui também uma planta da cidade, de 1884, que detalha algumas regiões do município naquela época.

José Carvel “Amo esta cidade, não a troco por nada”

Rafael Seabra
Apesar de não ser nascido em Nova Friburgo, José Carvel têm o orgulho de ser um dos habitantes da cidade. Há 45 anos o taxista - que também dá aula de Taekwondo - acompanha a rotina do município.
- Antigamente Nova Friburgo era um lugar muito bom para se morar, o trem passava pela Alberto Braune, era emocionante. Naquela época nós podíamos confiar nas pessoas, hoje já não posso dizer a mesma coisa. Por isso, evito trabalhar no turno da noite.
José Carvel teve uma infância difícil. Nasceu no dia 18 de janeiro de 1940 na cidade Cantagalo e trabalhou na roça como catador de milho e café. Em 1961 resolveu se mudar para Nova Friburgo.
- Vim para Friburgo e comprei uma casa na Chácara do Paraíso onde vivo até hoje. Depois disso adquiri um carro e comecei a trabalhar como taxista. No início, encontrei um pouco de dificuldade para se firmar na profissão. Depois pegar experiência e a confiança dos clientes, consegui fazer muitos amigos.
No ano passado, o experiente taxista - que atua no ponto próximo ao Centro de Turismo - recebeu uma proposta para trabalhar em Macaé para uma senhora que ofereceu um salário mensal bastante atrativo. Apesar do alto valor, Carvel não aceitou.
-Quando a senhora me fez a proposta percebi que só poderia estar em Nova Friburgo nos finais de semana. Não aceitei este emprego, pois amo esta cidade de paixão e não a troco por nada, conclui.

Nova Friburgo: resgate de um passado de constantes mudanças

Rafael Seabra
Nova Friburgo, este foi o nome que os suíços deram para uma região que quase dois séculos depois teria vocação para o turismo e seria o maior pólo de moda íntima do Brasil. O município foi batizado com este nome em homenagem a cidade de Fribourg , de onde partiram as 261 famílias suíças.
A vinda dos suíços para as cidades da região serrana aconteceu depois de um decreto assinado por D.João VI no dia 16 de maio de 1818.
- Os suíços começaram a chegar as novas terras apenas em 1820. A princípio estava previsto um certo número de imigrantes, porém vieram para a região muito mais pessoas. Com isso, houve uma redistribuição de terras e muitas famílias foram morar em regiões mais afastadas do centro, conta o historiador e professor Ricardo Gama.
No dia três de janeiro de 1820, um alvará elevou Nova Friburgo a categoria de vila, desmembrando suas terras das de Cantagalo. A medida foi oficializada no dia 17 de abril do mesmo ano. A partir de 8 de janeiro de 1890, Friburgo foi reconhecida como cidade, tendo sua população aumentada com a chegada de imigrantes italianos, portugueses e sírios.
A partir de 1872, a região começou a se desenvolver através do escoamento da produção de café vinda de Cantagalo com destino ao Rio de Janeiro. No início, o terminal ferroviário pertencia ao Barão de Nova Friburgo, mas depois foi vendido para o capital inglês.
- Neste período a cidade se desenvolveu por causa de melhorias no comércio e o surgimento de colégios para a educação dos filhos dos poderosos da época. O trem transformou Nova Friburgo numa cidade urbana, explica o historiador.

Industrialização, um caminho para o desenvolvimento

No início do século XX, a história uma cidade que dependia da produção de café de Cantagalo mudou radicalmente. Neste época, houve uma briga política entre o médico Galdino do Valle Filho - que defendia com a instalação das indústrias na cidade - e os proprietários de café que lutavam pela manutenção da estrutura baseada na agricultura.
- Galdino do Valle conseguiu trazer as primeiras indústrias para Nova Friburgo. Com isso, a cidade se modernizou e substituiu a estrutura voltada para o café - que até então prevalecia - mas estava em declínio. Com o surgimento das indústrias, os bairros também cresceram.- analisa o historiador.
A Rendas Arp foi a primeira fábrica a se instalar em Nova Friburgo. Para que esta empresa viesse para a cidade com a ajuda do capital alemão, o grupo encabeçado por Peter Julius Arp exigiu o controle sobre a energia elétrica do município.
- Em 1911 foi criado por Galdino do Valle Filho, a partir do jornal A Paz, um clima que culminou com a revolta conhecida como Quebra Lampiões, no qual o povo quebrou todos os lampiões a gás da cidade para que fossem substituídos pelos de energia. Na época, a concessão da energia elétrica estava nas mãos de uma pessoa ligada à família Galeano das Neves. A população- que queria a instalação da fábrica devido a perspectiva de novos empregos - invadiu o prédio da Câmara, pois o poder legislativo não queria passar a concessão para a fábrica de rendas. Esse foi um movimento importante pois mudou os destinos da cidade, conclui Ricardo Gama.

Estação chega ao Cadima

por Uilque Lopes
As primeiras experiências radiofônicas possibilitaram alunos e professores analisarem o futuro da comunicação brasileira que enfrentou algumas dificuldades para encontrarem no início o perfil ideal para as rádios universitárias, á qual começaram a construir um conceito alternativo e experimental, outros preferiram seguir uma performance educativa.

Os avanços tecnológicos acabaram impulsionando as rádios universitárias a entrarem no sistema da internet e utilizarem equipamentos de última geração para acompanhar a evolução da comunicação no século XXI, que se tornaram cada vez mais globalizada. Para fugir dos interesses mercadológicos, algumas emissoras optaram pela resistência em relação às rádios comerciais e defendem a idéia de manter na programação o estilo erudito e o clássico, mas já existem emissoras que discordam desta opinião e aderiram a gêneros musicais que são veiculados nas rádios populares, que decidiram montar blogs, sala de bate-papo, promoções e até pagarem à conta de luz ou água dos ouvintes que participarem ao vivo.

A corrida pela audiência provocou mudanças na estrutura de grandes emissoras de rádio no Brasil, que passaram a investir nos estúdios digitais, programações em rede e a interação com os ouvintes com mais intensidade. Isso acabou refletindo nas emissoras universitárias que tiveram que se adequar a uma nova realidade.

A Rádio Estação, que pertence a Universidade Estácio de Sá campus Nova Friburgo, não é diferente no que se refere em tecnologia, mesmo mantendo a característica de veicular apenas qualidade, a equipe da rádio decidiu criar um blog, na intenção de informar os internautas o que acontece no dia-a-dia dos alunos que participam das atividades dentro da rádio e divulgar o trabalho dos artistas nacionais, e desenvolver o projeto Estação Cadima fora do campus.

O projeto Estação Cadima começou na última sexta-feira (07) e terá a missão de produzir uma programação de 12 horas de música e entretenimento, nas caixinhas do Shopping Cadima, que fica no centro de Nova Friburgo. Os alunos irão poder mostrar o seu trabalho e estabelecer um elo com outros ouvintes no decorrer das atividades. A parceira com a universidade e a direção do shopping nasceu para proporcionar aos clientes, visitantes e lojistas a oportunidade de curtirem uma programação bem feita e de qualidade.

Raphael comenta sobre os anos 80 e show na Estácio de Sá

Por: Uilque Lopes

Os anos 80, bandas com Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Titãs, Kid Abelha, Blitz e Biquíni Cavadão tiveram a oportunidade de apresentar o movimento tupiniquim e atraíram várias gerações a aderirem o puro rock nacional, ao mesmo tempo, incorporaram uma nova expressa musical no Brasil.

Com letras irreverentes e um som contagiante, os roqueiros brasileiros conseguiram edificar na mentes dos adolescentes a vontade de curtirem qualidade, criarem um censo crítico e que voltassem a debater questões de caráter político.

O integrante Banda Zell não subiu aos palcos naquela época, mas destaca a performance dos roqueiros da década de 1980, e principalmente a ousadia deles na hora de criarem uma resistência em relação a qualidade da música brasileira, mas percebeu como todo bom roqueiro que algumas mudança aconteceram no decorrer do tempo e ao invés de muitos que criticam, defende a importância deste movimento para o rock nacional.

Depois do show que a banda Zell realizou no dia 4 de junho, no auditório novo da Universidade Estácio de Sá. O vocalista Raphael Santos concedeu uma entrevista exclusiva ontem, na sala do Laboratório de Macintosh para a equipe do blog da disciplina de Redação Jornalística 4, a qual citou a satisfação de participar deste evento promovido pelas disciplinas de Evento e Assessoria de Imprensa, e a oportunidade de lançar um faixa de trabalho no show.


O cantor e universitário de publicitário, Raphael Santos acrescentou que o público correspondeu com a expectativa da banda e ficou satisfeito de lançar uma faixa nova neste show. Também ressaltou o desempenho da equipe que organizou o evento.

“O show superou a nossa expectativa, tivemos uma comunicação com a galera que assistiu agente. Gostamos de saber que os alunos das disciplinas se juntaram para organizar o evento e a equipe desenvolveu bem. Nós aproveitamos para mostrar a música “Um dia desse”, que é nossa e encontrou no repertorio da banda .” Disse - Ele

Ele citou a banda decidiu seguir um rock que atenda o publico nacional, mas afirmou que sofreram influências de artistas internacionais. ”A banda Zell segue a linha dos anos 90, o estilo pós-grunge e temos influências de bandas como Mudhoney, Pearl Jeam, Alice in Chains, Sound Garden, Nirvana entre outros. Mas sabemos que o nosso público é nacional e, por isso, que é importante fazer um som que eles vêm se identificar conosco”. Ressaltou Raphael

Raphael terminou a entrevista dizendo que é uma heresia não dá mérito aos roqueiros dos anos 80 e comentou a influência que essa geração provocou nas novas bandas de rock no Brasil.

http://musicapoesiabrasileira.blogspot.com/2008/01/o-rock-brasil-anos-80-e-sua-importncia.htmlPor

CENTRO DE TREINAMENTO ESPORTIVO REVELA CAMPEÕES DO FUTURO

Síntia Barcelos


Com apenas oito anos, Leonardo Celestino Francisco já mostra talento para a ginástica artística. Apaixonado pelo esporte ele já faz planos para o futuro: “Quero ser melhor que o Diego Hipólito!” Conhecido como Léo, o pequeno atleta é estudante da segunda série do ensino fundamental em uma escola pública no município de Cachoeiras de Macacu e começou a participar das aulas há 2 anos.

A mãe, Adriana Celestino, tem duplo motivo para se orgulhar. Além de Léo, a filha Larissa Celestino de Andrade, de 10 anos, também pratica ginástica 2 vezes por semana. Os irmãos Celestino foram convidados para as aulas por colegas e acabaram convencendo a mãe a inscrevê-los no projeto. “No início eu não dava muita importância, mas fiquei tão envolvida que agora dou a maior força. Eu vejo que é serio e eles gostam de verdade.”

Leonardo ganhou as 5 competições das quais participou: 3 no Rio de Janeiro e 2 na própria cidade. A última foi dia 31 de junho em Cachoeiras, e ele obteve nota 39,8, de um total de 40 pontos possíveis. A irmã Larissa também obteve bons resultados nas 3 competições das quais participou, ficando em primeiro lugar numa delas e em segundo na outra.

Junto com eles cerca de 280 crianças praticam ginástica artística no projeto “Esporte para todos”. A iniciativa é da Organização Não Governamental (ONG) “Qualivida”, e mantida com o apoio da prefeitura do município de Cachoeiras de Macacu e de empresas particulares. A idealizadora e fundadora é a professora de educação física Georgette Vidor, ex-técnica da Seleção Brasileira.

A futura Jade Barbosa

Síntia Barcelos
Outra aluna de destaque é Ticiana Maria Barroso de Carvalho Castro. Aluna da terceira série do ensino fundamental, ela participa das aulas desde os 5 anos de idade. Elisabeth Maria Barroso de Carvalho já perdeu a conta do número de campeonatos da filha, mas responde rapidamente qual costuma ser a classificação : “Quando não fica em primeiro lugar fica em segundo.”

Beth, como gosta de ser chamada, conta que a competição mais difícil foi em setembro do ano passado, na Barra da Tijuca. Ticiana disputou o primeiro lugar com mais de 16 crianças, entre elas algumas de grandes clubes como Flamengo e Fluminense. A mãe ri ao lembrar os comentários que surgiram ao final da competição: “As crianças vieram da roça, mas mostraram serviço.”

A menina, de apenas 9 anos, tem uma rotina difícil. Para não prejudicar as aulas Beth transferiu Ticiana para uma escola próxima ao Centro de Treinamento, onde ela tem aulas de ginástica de segunda a sábado no período da manhã. “Eu faço sacrifício porque ela gosta da ginástica e depende de mim para treinar.” Declarou a mãe.

Segundo ela a ginástica ajudou Ticiana a amadurecer e a ter disciplina, mas tem como ponto negativo a competição. O sonho da menina é ser atleta da seleção brasileira, a exemplo de Jade Barbosa campeã do Pan Americano do Rio de Janeiro no ano passado. “A ginástica é a minha vida.” Disse a pequena atleta.

A maior dificuldade encontrada pelas mães que moram longe do centro de treinamento, como é o caso de Elisabeth, é o transporte. As crianças não recebem ajuda de custo e muitas vezes as famílias não têm dinheiro para levá-las ao treinamento. Os pais de Ticiana são separados e a mãe conta que “Quando o pai dela ficou desempregado ela entrou em pranto. Não se preocupou se iria comer ou se vestir, só pensou se poderia continuar indo aos treinamentos.”

Qualidade de vida se faz com esporte

Síntia Barcelos

Levar qualidade de vida a crianças de áreas carentes através do esporte. Muitos atletas e ex-atletas têm esse desejo. A prática de atividades físicas, além de trazer benefícios à saúde, contribui com a educação e com a formação de cidadãos conscientes. Além disso, o esporte é um grande aliado do desenvolvimento da disciplina e da maturidade.

Estes são alguns dos motivos que incentivaram a fundação da Organização Não Governamental (ONG) “Qualivida”. O secretário do pólo de Cachoeiras de Macacu, José Maurício Cardoso destaca a principal proposta da idealizadora do projeto. “A razão desta ONG é ajudar crianças de baixa renda a ter uma qualidade de vida a partir do momento em que estão inseridas no esporte.”

Esta oportunidade não é privilégio apenas de crianças Cachoeirenses como Léo e Ticiana. São 12 pólos distribuídos em 8 municípios fluminenses, levando cidadania e a oportunidade de um futuro melhor através da prática do esporte. As seleções e avaliações dos alunos são feitas pessoalmente pela professora Georgette Vidor, um exemplo de luta e determinação. Para participar das aulas basta levar um atestado médico e uma declaração da escola.

CRIANÇA COM PROBLEMA DE GENTE GRANDE

Síntia Barcelos


“O Isaque começou a ficar gordinho por volta dos sete anos.” É assim que a estudante universitária Camila Barros Coelho fala do irmão. Isaque Barros Coelho, aos 12 anos, pesa 75 quilos, e por causa disso pode desenvolver alguns problemas de saúde. De acordo a irmã, Camila, ele já começou por várias vezes o tratamento médico, mas não conseguiu levar adiante.
A nutricionista Ana Cristina Marques Fiordelmundo conhece bem esse problema. Ela está na profissão há 13 anos e assumiu recentemente o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) do município de Cachoeiras de Macacu. O programa é responsável pelo acompanhamento de crianças com problemas nutricionais, entre eles a obesidade.
Segundo estudos da Fiocruz, cerca de 15% das crianças e 8% dos adolescentes brasileiros apresentam problemas com o excesso de peso. Na hora do tratamento a maioria passa pelo mesmo problema de Isaque: “Por ele ser criança é muito difícil conseguir vigiar a alimentação dele e controlar o que ele come fora de casa.” Conta Camila.
A médica aconselha que deve-se começar o tratamento contra a obesidade infantil a partir dos fatores externos, ou seja, o ambiente em que a criança vive. “É preciso rever os hábitos alimentares da casa e evitar que alimentos extremamente calóricos fiquem ao alcance da criança.” Recomenda ela.
Isaque adotou o futebol como atividade física, mas isso não basta para combater a obesidade. Além da falta de exercício ela pode ser causada por fatores genéticos, metabólicos, psicológicos e alimentares. De acordo com a nutricionista ana Cristina, crianças com pais obesos têm 80% de chances de serem obesas. Quando só um dos pais tem o problema a probabilidade cai para 40%, e se nenhum dos pais apresentar obesidade cai para apenas 1%.

Saiba mais:
Qualidade vida
O que é o Sisvan?

GRUPO DE MILÍCIAS MANTÉM JORNALISTAS REFÉNS EM FAVELA DO RIO DE JANEIRO

Síntia Barcelos


Uma equipe do Jornal O Dia foi torturada por milicianos no último dia 14 de maio na zona oeste do Rio de Janeiro. A repórter, o fotógrafo e o motorista do jornal foram seqüestrados na da Favela do Batan em Realengo, onde estavam morando em uma casa alugada para investigar a atuação de grupos de milícias.

Os jornalistas foram mantidos em cárcere privado por sete horas e meia, período em que foram agredidos com choques elétricos socos, pontapés, sufocamento com saco plástico e roleta russa. A direção do jornal informou que adiou a divulgação do crime para não atrapalhar as investigações policiais.

Os grupos de milícias são formados por bandidos, em sua maioria, ex-policiais e policiais ainda em atividade. Com a proposta de proteger os moradores eles dominam as comunidades espalhando o medo. Segundo levantamento divulgado por "O Dia", as milícias dominam atualmente 78 favelas da cidade.

Esse atentado à liberdade de imprensa aconteceu menos de um mês antes do aniversário da morte do jornalista Tim Lopes. No dia 02 de junho manifestações marcaram os seis anos do assassinato de Tim, torturado e morto a golpes de espada pelo traficante conhecido como “Elias Maluco” no alto de uma favela também no Rio de Janeiro.

No fim de fevereiro, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, informou que havia 115 investigações em curso sobre o tema. De acordo com nota oficial do jornal O Dia os jornalistas passam bem e estão recebendo acompanhamento psicológico.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Acidentes de carro após noitadas são freqüentes em Teresópolis

Por Claudia Rezende

Já foi época que a vida noturna de Teresópolis era morta. Hoje, há várias opções para os jovens que querem se divertir, como boates, bares e casas de shows. Todos os estabelecimentos de entretenimento noturno da cidade vendem bebidas alcoólicas. As promoções são comuns, geralmente chamadas de “dose dupla”, quando o cliente leva duas doses pelo preço de uma.

Atualmente, há duas boates localizadas no bairro Albuquerque, na estrada Teresópolis-Friburgo: Tupana e La Bamba. Como é necessário pegar estrada até chegar e sair desses lugares, os acidentes são comuns na volta pra casa. A estudante de jornalismo Lygia Andrade já foi testemunha de alguns: “Infelizmente as pessoas não se conscientizam de que bebida não combina com volante. Já vi acidentes, mas graças a Deus nenhum teve morte”.

“Falta discernimento nas pessoas que pegam no volante sem estar em condições. Sou estudante de medicina e sei, assim como os meus colegas, as conseqüências que o álcool causa nos reflexos da gente, mas infelizmente muitos dos meus colegas não pensam assim”, comenta a estudante Letícia Ferreira.

A dona-de-casa Madalena Costa mora próxima à curva chamada popularmente de “curva do sabão”, local comum de ter acidentes. “Sempre quando tem festa da Medicina e a minha filha vai, eu fico apreensiva. Freadas bruscas e batidas acontecem muito por aqui. Já socorri alguns acidentes, onde os próprios estudantes de Medicina estavam embriagados e causavam tudo”.

O último acidente grave aconteceu há, aproximadamente, três semanas atrás. Duas estudantes, ao sair de um bar, capotaram na reta (como as avenidas são chamas em Teresópolis) a uma velocidade de 120 km/h. A motorista estava alcoolizada e a carona teve danos gravíssimos na medula e por um triz não ficou paraplégica. A estudante de publicidade Fernanda Esteves estava próxima ao local do acidente e ajudou no socorro das vítimas: “Eu fiquei desesperada quando vi que a carona foi jogada pra fora do carro. Jorrava muita gasolina e todos ficaram com medo de uma explosão. Eu só tentava manter a carona acordada que dizia não sentir as pernas”.

Infelizmente, os acidentes vão continuar acontecendo se as pessoas não se conscientizarem do perigo que é estar no volante alcoolizado. A frase de praxe “se beber não dirija e se dirigir não beba” é bastante divulgada na mídia, mas mesmo assim os jovens não escutam. “Depois que vi esse acidente, fiquei com muito medo de acontecer comigo. Se eu não tiver em condições de dirigir, dou a chave pra uma amiga. Se eu tiver de carona e sóbria, faço questão de dirigir pra alguém. É assim que evitamos os acidentes”, completa Fernanda.

O sonho de ser Miss está cada vez mais comum entre as meninas de Teresópolis

Por Claudia Rezende

Passa pela cabeça das belas meninas que se deparam com as Miss, como Natália Guimarães, Grazi Massafera e Natália Anderle, na televisão: será que um dia eu poderia ser Miss? As meninas que têm esse sonho em Teresópolis estão se inscrevendo no concurso de 2009.

A estudante de publicidade Thalissa Vasconcellos, de 19 anos, sempre achou fascinante o concurso de Miss. “Quando surgiu a oportunidade de participar, isso acabou se tornando meu sonho. Agora eu quero ganhar para realizar essa vontade de ser miss, representando minha cidade, meu estado, quem sabe meu país”, acrescenta a candidata.

Juliana de Andrade, também participante do concurso, já fez vários trabalhos como modelo na cidade, então, é conhecida por muita gente. Há rumores de que ela seja a favorita, mas a candidata discorda: “Recebi muitos elogios e acho que isso foi um estímulo para eu participar, mas não me considero a favorita. Acho que assim como eu, as outras participantes também têm as características para conquistar esse título”.

A estudante Nathaly Féo sempre teve vontade de entrar no concurso, mas disse que a inscrição aconteceu por acaso. Algumas coisas mudaram na sua vida desde que a possibilidade de se tornar miss ficou mais presente: “Venho me preocupando mais com a saúde, a alimentação e com o corpo”. Tudo pra não fazer feio na hora do concurso.

Mas toda essa empolgação e vontade de ser Miss entre as meninas de Teresópolis têm uma explicação: Camila Paiva Hentzy, vencedora do concurso desse ano, foi Miss Rio e ficou entre as dez primeiras do Miss Brasil 2008. Nunca uma Miss Teresópolis foi tão longe e isso serviu de inspiração pras novas participantes. “A vitória da Camila despertou em mim uma vontade ainda maior de participar e fez com que eu levasse mais a sério essa idéia de representar um lugar pela beleza, já que ela conseguiu, por que não tentar?” acrescentou Thalissa.

Juliana, assim como as demais candidatas, também vê a Camila como principal inspiração: “Ao chegar ao Miss Brasil ela fez com que muitas meninas acreditassem que o concurso realmente vale a pena, pois até então muitas pessoas, como eu, não levavam o evento muito a sério”. E foi no ano de 2008 que o concurso teve mais popularidade na cidade.

A atual Miss Rio 2008, por sua vez, diz que não se inspirou em ninguém: “Apesar de admirar muito a Natália Guimarães, eu fazia apenas o que o meu coordenador mandava e dava o melhor de mim na passarela”. Camila não esperava ganhar o Miss Rio e chegar ao Miss Brasil. Essas vitórias provocaram algumas mudanças na sua vida: “Depois de ter virado Miss, amadureci muito como pessoa, pois passei por muitas experiências e tive q aprender a me virar sozinha. Isso foi o mais importante pra mim nessa historia toda”.

Ser Miss para Camila Hentzy é representar, com sua beleza e peculiaridades, sua cidade, estado ou país. Para as candidatas do concurso de 2009, Camila aconselha: “Essa experiência tem que ser vivida ao máximo, as meninas têm que aproveitar tudo e seguir sempre seus sonhos”.

As candidatas do Miss Teresópolis 2009 e o organizador do evento Luís Costa

Clima romântico aquece vendas

Comerciantes de diversos ramos da Suíça Brasileira buscam inspiração para a ornamentação dos estabelecimentos que enfeitarão a cidade para a época mais romântica do ano: O Dia dos Namorados.
Eliane Pimentel, proprietária da Obsessão Sexy Lingerie, confecção de moda íntima erótica, afirma que esse dia é a segunda melhor época do ano para a comercialização de seus produtos. “O romantismo desta data provoca nos apaixonados uma espécie de fetiche em torno das lingeries. Acredito ser esse o motivo de tanta procura desses acessórios nesta época.”, declara Eliane.
Janice Augustos, proprietária do restaurante Cantina Camping, declara que na véspera do dia 12 de junho arruma todo o restaurante com objetos de decoração no estilo romântico. “Esta data é quase uma tradição no restaurante. É muito bom atender pessoas felizes.”, fala Janice com entusiasmo.
Nelson da Silva, vendedor de flores há 6 anos, no bairro Ypú, se sente satisfeito por poder ajudar a trazer emoções aos corações das pessoas que recebem suas flores. “Durante os 4 meses que antecedem essa data, nós preparamos a terra para o plantio das flores que enfeitam e alegram a vida.”, diz Nelson.
Para os comerciantes em geral as vendas relacionadas ao Dia dos Namorados gera excelentes vendas, pois as pessoas estão querendo agradar quem elas amam. Esta data é vista como a terceira melhor para as vendas, segundo dados da Fecomércio-RJ.
Os comerciantes entrevistados estão com maiores expectativa de venda para este ano, comparados ao mesmo período do ano passado. Segundo os entrevistados as promoções que estão sendo oferecidas aos clientes é um grande atrativo comercial.
No Brasil, apesar de ser comemorado às vésperas do dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro e para melhorar as vendas de junho que é mês mais fraco para o comércio, a Agência Standard Propaganda montou um slogan com o tema dos namorados. Desde então 12 de junho se tornou uma data especial com uma infinidade de opções para se dizer "Eu Te Amo!".



Saiba mais sobre a expectativa de vendas e curiosidades para o Dia dos Namorados em:

www.serasa.com.br/empresa/noticia

http://www.fecomercio-rj.com.br/

http://www.portaldafamilia.org/artigos


Por Marcela Monnerat

Inadimplência assusta setor de Moda Íntima friburguense

Raimundo Monnerat, morador de Nova Friburgo, está há 18 anos no ramo de comércio de tecidos para confecção de moda íntima.
Osmir Martins, presidente da empresa Triumph, em Nova Friburgo, conta coma ajuda dos 900 funcionários para manter o rítimo de produção da fábrica que está no mercado há mais de duas décadas.
Nelci Loyola e sua esposa fundaram há 25 anos a Lucitex, uma empresa friburguense de moda íntima. A empresa produz cem mil peças por mês e exporta para alguns paises ao redor do mundo.
Maria Gomes viaja mais de 400 quilômetros para conseguir o sustento de sua família. Uma vez por semana vem á Nova Friburgo buscar mercadoria. Há dez anos trabalha como revendedora de moda íntima em Ipatinga, no estado de Minas Gerais. Afirma que esse é um negócio lucrativo apesar dos prejuízos.
Apesar de Nova Friburgo ser considerada a Capital da Moda Íntima do Brasil, comerciantes e industriários da cidade, como os entrevistados acima, não estão livres dos prejuízos trazidos através de uma venda mal sucedida.
Segundo dados da Telecheque, empresa responsável pelas consultas de cheque e inserções no SPC e SERASA, o primeiro na lista de inadimplência é o cheque devolvido.
A inadimplência é um problema que afeta tanto os comerciantes quanto os industriários, pois com saldo devedor a empresa não consegue créditos junto aos fornecedores. O descontrole sobre o dinheiro e empréstimo de folhas de cheques à terceiros é uma das principais causas.
Segundo dados do Serasa, a inadimplência dos consumidores aumentou 10,6% nos quatro primeiros meses desses ano em relação ao mesmo período de 2007.
Uma dica para reduzir a inadimplência é que o comerciante passe a trabalhar com cartões de crédito e débito, que apesar das altas taxas administrativas ainda é considerada a maneira mais garantida de receber o valor da mercadoria.


Saiba mais sobre a Inadimplência em:

www.sebrae.com.br – cartilha “Saiba Mais” sobre inadimplência

www.grupounidas.com.br - pesquisa sobre inadimplência

www.endividado.com.br - traz soluções para sair da inadimplência

www.oglobo.globo.com/economia

www.g1.globo.com/noticias


Por Marcela Monnerat

segunda-feira, 9 de junho de 2008

ENTREVISTA COM RENATA RAPHAELLY NA ÍNTEGRA

Repórter: Você é conhecida no meio musical como Renata Raphaelly. Tem 21 anos de idade. E canta há algum tempo. Quando e como você começou a cantar?

Renata: Acho que a idéia de cantar foi algo espontâneo, facilitado pela genética, pois minha família já cantava na Igreja Assembléia de Deus Central, em Nova Friburgo. Mas, respondendo a sua pergunta, eu comecei a cantar com 3 anos, também na Igreja (risos).

Repórter: Sua voz é muito afinada, você já fez algum tipo de curso?

Renata: Eu fiz 3 anos de aula de canto. Cheguei até a receber uma proposta da professora, ainda criança, para ir cantar em outro país. Mas, meus pais não permitiram por eu ser muito nova e deixaram para o futuro.

Repórter: Você canta profissionalmente?

Renata: Mais ou menos. Eu sempre gostei de cantar. Já cantei em casamentos e em eventos da Igreja, na região serrana e na região dos Lagos. Nos eventos da Igreja, eu não cobro nada e nos casamentos, às vezes eu cobro.

Repórter: Qual evento que mais te marcou até hoje?

Renata: Foi a Cruzada Missionária em Agosto de 2007, em que cantei para mais de cinco mil pessoas. Foi lindo! Eu nunca imaginei que ia cantar para tantas pessoas. Todo mundo gostou. Fiquei muito feliz! Foi emocionante ver aquela multidão cantando e louvando a Deus junto comigo.

Repórter: Como está indo seu projeto de lançamento de CD de música Gospel?

Renata: Tudo está caminhando muito bem e as músicas estão ótimas. Quem gosta de louvar a Deus com certeza vai amar o CD. Já tenho algumas músicas escolhidas, mas ainda estou aceitando idéias de outros compositores.

Repórter: Você tem idéia de quando irá lançar este CD?

Renata: Pretendo lançar este ano. Mas não tenho certeza, pois ainda estou precisando de patrocinadores. Quem quiser entrar em contato comigo, pode escrever um e-mail para: renatarph@yahoo.com.br .

Repórter: O que podemos esperar do CD?

Renata: No repertório poderão ser encontradas várias músicas inéditas. As pessoas poderão ouvir músicas de louvor e adoração em ritmos diversos.

Repórter: É verdade que você tem muitos fãs?

Renata: Mais ou menos (risos). As pessoas gostam muito de me ouvir cantar. Graças a Deus! Eu tenho uma comunidade no orkut feita por uma fã: *Nós amamos a cantora Renata*.

Repórter: Sua voz se encaixaria muito bem no estilo musical de MPB. Você pensa em cantar em outros estilos no futuro?

Renata: Não! Não penso nisso no momento! Acho que minha voz é um dom de Deus e por isso, quero usá-la para louvá-lo e adorá-lo.


Obrigada pela sua entrevista, Renata! Sucesso!



Por Danielle Grativol