sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Escritura de divórcio e separação em cartório

Por Rafael Pedrosa

No dia 5 de janeiro de 2007 foi publicada no Diário Oficial da União a lei que permite a realização de separação e divórcio em cartório.

Na Lei 11.441, divórcio e separação serão realizados por meio de escritura pública, porém o casal não pode ter filho menor de idade ou incapaz. A lei afirma que a escritura não depende de homologação judicial, por isso não há necessidade de entrar na Justiça. Depois de feita a escritura deve-se levar a certidão e averbar no cartório onde foi feito o casamento.

As escrituras estarão com informações sobre a partilha dos bens, pensões alimentícias e a retomado do cônjuge do nome de solteiro. Para a lavratura do ato é necessário que o casal esteja acompanhado de advogado. “O advogado serve para nos passar as informações sobre a partilha de bens, se alguém vai querer voltar a usar o nome de solteiro e informações adicionais”. Aponta Wilson Vianna, Tabelião do Cartório do 2º Distrito de Teresópolis.

O objetivo da aprovação da lei foi que o Judiciário estava muito carregado de processos. Com o procedimento feito em cartório haverá mais rapidez e agilidade na justiça.

Dicas para comprar um imóvel barato

Por Rafael Pedrosa

Os imóveis estão cada dia mais caro, por isso, essas dicas serão interessantes para quem pretende fazer um bom negócio, mas há necessidade de tempo e paciência. Os imóveis em inventário, ou seja, deixados como herança, se tornam cada vez mais atraentes. Há vantagens e desvantagens, o lado positivo é que o bem pode sair com o preço quase pela metade, mas o lado negativo mostra que é uma transação que envolve risco e às vezes até um pouco de dor de cabeça.

O comprador deve estar preparado para esperar o tempo necessário, pois existe a burocracia. Segundo o Tabelião Eduardo Pacheco “é necessário ter muita paciência mesmo, pois nesse caso de inventário tempo é dinheiro, ou melhor, tempo é economia de dinheiro”.

Quanto maior o número de herdeiros, mais complicado se torna o processo de compra. Se existe algum menor como beneficiário, o inventário passa a ser mais demorado ainda, pois precisa da autorização do Ministério Público. As dívidas dos herdeiros também podem atrasar todo o processo.

O imóvel pode ser comprado através da Cessão de Direitos Hereditários, que só é válida com a assinatura de todos os herdeiros. Mas antes de fazê-la, vá há um cartório e analise os riscos que caso possa existir. Outra forma de compra é por meio de um Alvará, com a autorização do juiz. Neste caso o imóvel é vendido como se o proprietário estivesse vivo, e a escritura sai de imediato. O pagamento deve ser feito de acordo com o andamento do processo e desenrolar da documentação.

O comprador em caso de Cessão de Direitos deve verificar as certidões do falecido e dos herdeiros, as certidões do imóvel, bem como verificar em que fase processual está o inventário. Consulte sempre um especialista para ter segurança jurídica na compra.

Para conhecer o vasto mundo dos cartórios vá ao site da Corregedoria Geral de Justiça.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Mutirão para terminar as obra no Morro da Providência

Por Isabela Ignacio
A prefeitura do Rio e o Governo do Estado manifestaram hoje a intenção de assumir as obras do projeto Cimento Social no Morro da Providência. As obras foram embargadas pelo Tribunal Regional Eleitoral por configurarem campanha eleitoral ilegal promovida pelo Senador Marcelo Crivella.
Após a interrupção das obras, que estavam sendo realizadas pelo exército, o secretário municipal de assistência social, Marcelo Garcia, esteve na favela e propôs a formação de um mutirão. Assim moradores e operários terminariam a construção das últimas 30 casas da primeira fase do projeto. Os recursos viriam da iniciativa privada.
O Juiz Fábio Uchoa Montenegro aprovou ontem a proposta do mutirão, mas com a participação da construtora Edil, que já havia vencido a licitação. O dinheiro para as obras não poderia estar vinculado ao projeto Cimento Social nem a um político.
O governador Sérgio Cabral também esteve no Morro da Providência e disse que o Estado pode assumir as obras. E ressaltou que “a população não pode ser utilizada eleitoralmente, o que é uma coisa repugnante”.

“O Mistério do Samba” Homenagem de Marisa Monte à Velha Guarda da Portela

Por Isabela Ignacio
A alegria do samba contagia a todos. E isso não é diferente para Marisa Monte, uma das mais famosas cantoras da música popular brasileira.
Atrás da história do samba, a cantora procurou por consagrados nomes da Velha Guarda da Portela. E foi caminhando pelas ruas de Oswaldo Cruz, bairro da Zona Norte carioca e berço da Velha Guarda, que Marisa Monte iniciou suas pesquisas descobriu muito sobre o samba.
Entre uma conversa e outra e, é claro, nas rodas de samba, a cantora conheceu a vida e o cotidiano de quem faz parte da história da música brasileira. Com gravador nas mãos Marisa colheu depoimentos emocionados de integrantes da Velha Guarda. Entre eles o testemunho de Aniceto, Antônio Rufino dos Reis, Monarco, Casquinha, Casimiro da Cuíca, Argemiro e Jaú do Cavaquinho.
Toda esta pesquisa teve início em 1998, quando a cantora se preparava para gravar o CD “Tudo Azul”, que reuniu as músicas descobertas por Marisa Monte nestas andanças. Ao todo foram encontradas cerca de 100 músicas, praticamente todas inéditas e que estavam prestes a serem perdidas ou esquecidas.
Um trabalho que durou quase dez anos atraiu a atenção de muita gente e resultou no documentário “O Mistério do Samba”. Uma homenagem da cantora à Velha Guarda da Portela. O filme foi dirigido por Carolina Jabor e Lula Boarque de Holanda.
O documentário tem a participação especial de Paulinho da Viola e Zeca Pagodinho. Um outro diferencial é valorização das mulheres, tão importantes para o samba, porém, nem sempre lembradas com o valor devido.
A estréia é nesta sexta-feira nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Belo Horizonte, Brasília e Santos.

Empréstimo consignado “conquista” servidores e aposentados

Aumento da formalização de contratos nos últimos anos era prevista pra profissional do ramo

O empréstimo consignado vem sendo nos últimos anos a principal alternativa para servidores públicos e aposentados na hora do sufoco. Com a facilidade de liberação e parcelamento vem dando opção para o funcionalismo público levantar dinheiro extra e saldar dívidas.

O aumento do empréstimo que desconta direto na folha de pagamento não é uma surpresa para o agenciador de empréstimos consignados, Mário Latini.
“Os salários dos servidores públicos e segurados do INSS é muito baixo, de uma forma geral, não restando alternativa a eles, recorrendo assim, para o empréstimo consignado.” – afirma.

Segundo o agenciador, os principais motivos da procura pelo crédito são construção, problemas de saúde e pagamento de dívidas. Com juros relativamente baixos e pouco comprometimento mensal o consumidor joga a dívida para frente.

O maior público alvo das agenciadoras do crédito são os segurados mais idosos. "Observo que os idosos com mais de 80 anos não tem nenhum tipo de medo de pegar o empréstimo, o que já não acontece sempre com pensionistas mais novos, porque que se o aposentando que houver pego o empréstimo e falecer este não terá nenhuma divida, ela é quitada com o falecimento." - afirma.

Nos últimos quatro anos, foram emprestados mais de R$ 30 bilhões a aposentados e pensionistas. Se quiser saber mais sobre empréstimo consignado, clique aqui.

Alunos das oficinas de arte inauguram teatro municipal

O espetáculo "Olhares Cruzados" é uma peça teatral sobre a diversidade cultural brasileira. Segundo Adriana Xavier, diretora da Oficina Escola de Artes, "o nome surgiu devido ao entrelaçamento de várias manifestações culturais, como a dança, a música e a religião".

A peça reúne cerca de 150 alunos das oficinas “Ponto de Cultura Olaria” e “Escola de Artes de Nova Friburgo”. A música da apresentação teatral é produzida pelos alunos de canto coral e as roupas foram criadas pela Oficina de Artes Plásticas.

Nova Friburgo inaugura teatro e homenageia Ariano Suassuna

Foto: Daniel Marcus
Por Isabela Ignacio


No próximo dia 27, sábado, será inaugurado em Nova Friburgo o Teatro Municipal Ariano Suassuana. O evento é aberto ao público e vai acontecer às 19h, na Praça das Colônias, no Suspiro.

O dramaturgo, romancista e poeta brasileiro, Ariano Suassuna, virá à Nova Friburgo inaugurar o teatro que receberá o seu nome. Haverá ainda a apresentação do espetáculo “Olhares Cruzados”.

O Teatro dispõe de 564 poltronas, sendo 40 cadeiras para obesos e 12 cadeiras móveis para os companheiros dos cadeirantes. Um espaço que poderá abrigar apresentações locais e até mesmo estréias nacionais.

A Secretária de Cultura, Eliane Jordi, ressalta a importância do teatro para a cidade: "a criação deste espaço coloca Nova Friburgo como referência nacional e internacional. Nossa cidade tem muita arte e muitos artistas. Esse teatro vai ampliar uma vocação da cidade!”

Segundo a Secretária de Educação, Professora Beatriz Abicalil, o espaço dará mais oportunidade aos artistas da cidade. "É um investimento cultural de grande porte, que possibilitará não só a democratização da cultura, mas a valorização dos artistas" – comenta Beatriz Abicalil.

Bom Jardim - Rio de Janeiro

Por Diego Cristane - Fotos: Divulgação.

Bom Jardim possui uma área de 520 Km2, possui clima agradável (temperado e seco) com média anual de 23 graus. A sede está situada numa altitude de 574 metros. O município encontra-se na parte central do Estado (região Serrana), estendendo sua área pelas vertentes da Serra do Mar e banhado pelas águas do Rio Grande. Apresentando relevo acidentado, tipo serrano, pequenos campos, muitos vales e colinas de inclinações.
A Cidade possui limites com Nova Friburgo, Cordeiro, Duas Barras e Trajano de Moraes e tem as seguintes distâncias:

Nova Friburgo - 23 Km

Rio de Janeiro - 157 Km

São Paulo - 535 Km

Início da primavera é comemorado em Bom Jardim

Texto e imagens por Diego Cristane

No último final de semana o município de Bom Jardim foi palco da 1ª festa da primavera. Realizada pelo Movimento Católico de Jovens e Adultos da Igreja Nossa Senhora da Conceição, a comemoração marcou mais um evento do Projeto Renascer. Criado para aproximar comunidade e religião, este projeto abrange desde as áreas mais carentes até as menos necessitadas. Ele visa promover a união e um maior diálogo entre a sociedade, seja qual for a religião.



Além de uma missa realizada às 19 horas de sábado, a festa contou com várias atividades voltadas ao público. Apresentações de dança com a terceira idade, shows com bandas locais e exibições de aulas de spinning foram as principais atrações. O evento foi de muita religião, cultura e saúde a todos.



A professora de Educação Física Ana Paula Pláscido ressalta a importância da prática de atividades físicas regulares.
-Todos nós estamos sujeitos a ficarmos cada vez mais sedentários. Mas com uma pequena dose de esforço ao menos três vezes na semana qualquer um obtém resultados significativos. O investimento é muito pequeno comparado ao acompanhamento individual dado ao aluno – explica.
A aluna Elisa Cristina Gonçalves, de 43 anos, pratica exercícios há 13. Para ela, a principal atividade do seu dia-a-dia é “malhar”.


-O trabalho fica em segundo plano, é uma conseqüência do meu estado físico e emocional. Em primeiro lugar está o meu bem-estar. Academia para mim é uma área de lazer. Quando não posso estar lá me sinto mau – afirma.
A nova estação mostrou ter tudo a ver com o bem-estar e a promoção de lazer e saúde. Centenas de pessoas interagiram, sinalizando expectativas positivas para o próximo ano da festa. A Festa da Primavera já faz parte do calendário municipal de Bom Jardim.

Passeata Mobiliza a População Teresopolitana

Texto e fotos por Anna Carolyna Asthine Neves

O Conselho Municipal de Saúde e a UNIFESO convocaram a população, estudantes e funcionários do Hospital das Clínicas de Teresópolis para uma passeata. A reivindicação é o pagamento de dois milhões e meio de reais que o município deve ao hospital.


Segundo os organizadores do evento, o protesto é para que não faltem profissionais da área e seja feita uma separação dos atendimentos, ficando assim, somente casos gravíssimos no pronto atendimento.


O atual Prefeito, Roberto Petto, disse em entrevista coletiva que o "Movimento é mentiroso e político". A manifestação teve a presença de aproximadamente mil e quinhentas pessoas, entre elas, pacientes que já passaram por situações nada agradáveis na emergência.


“O Pronto-Socorro está em péssimas condições e não há possibilidade de atender um paciente de forma adequada, atendemos dos casos mais simples aos mais graves. Isso atrasa muito o nosso trabalho", diz Clara Moreira, estudante de medicina da UNIFESO.


Além dos funcionários, a população também mostrou a insatisfação quanto ao hospital e não hesitaram em protestar com bolas, faixas e muita música. Mesmo assim, a passeata foi muito organizada e terminou com um abraço simbólico no HCT.





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Aluguel-social ajuda algumas famílias de Nova Friburgo

Por Vitor Siqueira

Depois de perderem a casa e o que estava dentro dela, alguns moradores dos bairros atingidos pelas chuvas de 2007 passaram a receber o aluguel-social da prefeitura de Nova Friburgo. Cem famílias recebem a ajuda mensal de cem reais. A maioria das pessoas é de baixa renda e na época das chuvas viviam apenas com um salário-mínimo.

Apesar do número de famílias que ficaram desabrigadas ser superior a cem, a Câmara Municipal da cidade na época só autorizou o poder executivo a liberar a ajuda para essa quantidade. Todas as famílias que solicitaram o auxílio passaram por uma avaliação sócio-econômica da Secretaria Municipal de Assistência Social e desde então vem recebendo o aluguel.

A família de dona Francisca de Oliveira é uma das atendidas pela prefeitura. Se não fosse a ajuda ela não saberia como fazer para pagar todas as contas.

- Eu sei que cem reais não dá para quase nada, mas é com esse dinheiro que, graças a Deus, nunca atrasou consigo pagar minha conta de telefone e luz – afirmou Francisca.

Casas populares vão ser entregues com muito atraso

Por Vitor Siqueira
Depois do atraso de quase um ano, a Prefeitura Municipal de Nova Friburgo prevê a entrega de 70 casas populares nos bairros de Lagoa Seca e Granja Spinelli para o final do mês de setembro. As moradias vão beneficiar as famílias que foram atingidas pelas chuvas de janeiro de 2007. Algumas recebem o aluguel-social da prefeitura. No total serão construídas 186 moradias com os 4,5 milhões de reais liberados pelo Governo Federal.

As outras habitações devem ficar prontas em meados de 2009. Serão 17 casas em Nova Suíça e 16, em Santa Luzia. O atraso das obras nessas localidades foi devido a problemas na liberação de licenças ambientais que são emitidas pela FEEMA – Fundação Estadual de Engenharia do Meio-Ambiente. A prefeitura está buscando outras áreas para 19 casas restantes.

- Ainda não sabemos qual vai ser o local para a construção dessas casas, mas todos podem ficar tranqüilos porque todas as moradias vão ser entregues às pessoas que constam no cadastro de moradores que perderam as casas com as chuvas do verão passado. – disse a secretária municipal de obras, Margareth Nacif.

Enquanto as obras não terminam, Francisca de Oliveira, continua morando de aluguel numa casa pequena onde vivem ela, o marido e mais dois filhos. A dona-de-casa perdeu a moradia e alguns móveis no dia 5 de janeiro de 2007. A expectativa é que as casas fiquem prontas logo.

- O sentimento de perda ainda é o que mais me deixa triste. A casa que perdemos foi construída por nós. Era grande e eu conhecia cada detalhe dela. Agora vamos morar num local que foi feito por outras pessoas e todos vão morar muito perto, sem quintal para as crianças brincarem e os dois vão ter que dividir o mesmo quarto. Não gosto nem de voltar no terreno onde a casa foi interditada. – afirmou Francisca.

As casas vão ter 45 metros quadrados, com sala, cozinha, banheiro e dois quartos. As fundações e a estrutura vão ser reforçadas para que cada morador possa construir um segundo pavimento com segurança. Para saber mais informações sobre a construção das casas populares, é só entrar no site da Prefeitura Municipal de Nova Friburgo: www.pmnf.rj.gov.br.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Marisa monte homenagem a Portela

Marisa monte homenagem a Portela.
por Lina Daniele Freitas

Marisa Monte, além de cantora se mostra uma ótima pesquisadora. ficou provado quando ela d percorreu as ruas do pequeno bairro de Oswaldo Cruz, zona norte do Rio de Janeiro com o objetivo de realizar uma pesquisa e assim recuperar composições dos anos 40 e 50 até então não gravadas. Sempre simpática e tendo em mãos um gravador, Marisa se disponibilizou a ouvir os sambistas que fizeram e fazem parte da história da Portela. Azul e branco (Portela) é a escola de samba que tem o maior número de títulos de carnaval.

Marisa iniciou a pesquisa em 1998, quando começou a produzir o CD “Tudo Azul”, resgate da obra dos compositores da velha guarda da Portela.
Marisa encontrou cerca de 100 músicas, quase todas inéditas, que corriam o risco de desaparecer.
“ A sofisticação vem da pureza, do contato direto com os sentimentos” resumiu a cantora Marisa Monte ao descrever a origem da beleza dos sambas da velha guarda. Essa associação de Marisa com o samba não é de hoje, Vale lembrar que a cantora é filha do ex- diretor da Azul e branco, Carlos Monte.
Em quase dez anos de pesquisa, Marisa reuniu depoimentos de integrantes históricos da Velha Guarda, como Monarco, Argemiro, Jair do Cavaquinho, Aniceto, Antônio Rufino dos Reis, Casquinha e Casemiro da Cuíca. Também mais jovens como Paulinho da Viola e Zeca Pagodinho.

Todo empenho da cantora teve um propósito, o de homenagear o samba, gênero musical que geralmente conta à vida e do cotidiano de quem mora nas cidades.
A homenagem veio em forma de documentário “O Mistério do Samba” dirigido por Carolina Jabor e Lula Buarque de Holanda.
O documentário abriu o Festival de Paulínia este ano e foi programado para uma sessão ao ar livre durante o Festival de Cannes, mas teve sua exibição cancelada por causa do mau tempo, e será estreado sexta feira em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador.

FEPRO É SUCESSO DE VENDAS EM CACHOEIRAS DE MACACU

Camila Cabral

A 5ª edição da Feira de Promoção (FEPRO) de Cachoeiras de Macacu bateu recordes de bilheteria este ano. Com o valor de um real cobrado pela entrada, a feira recebeu 22 mil visitantes. Devido ao grande público consumidor, o comércio teve um aumento de 25% nas vendas devido à realização da Feira.

O preço baixo não é a única estratégia usada para atrair o público. A Feira contou ainda com as seguintes atrações: Música ao Vivo, duas Apresentações Culturais por noite, Recreação para as crianças. Além da Praças de Alimentação e a venda de Produtos Típicos do município. A presença de um caricaturista foi outro destaque da FEPRO. Em poucos minutos crianças e adultos tinham seus rostos estampados em camisetas.


A FEPRO aconteceu no fim de semana de 7 a 10 de Agosto. Com início as duas horas da tarde e com o término as onze horas da noite. Os dias de maior público foram sexta-feira, sábado e no domingo devido ao dia dos pais. Segundo a Legítima Produções , empresa responsável pela organização a Feira, estavam disponível para o público 80 estandes com produtos variados. Além de uma equipe de apoio composta por 38 pessoas.


O objetivo da FEPRO é oferecer ao comércio local promoção, divulgação e desenvolvimento. Paralelo a ela acontece também
a 3ª AGROFEIRA, com o objetivo de divulgar e dar visibilidade ao agro-negócio local. Os dois eventos pretendem trazer crescimento e fortalecimento do comércio em Cachoeiras de Macacu.


A FEPRO 2008 foi considerada pela Associação Comercial um sucesso. Segundo Wilson Leal, presidente da ACECAM (Associação Comercial de Cachoeiras de Macacu), “Todos saem ganhando, o comércio com o aumento nas vendas e o público que adquire produtos com preço mais baratos.” (Deixe aqui seu comentário sobre a FEPRO 2008.)

CONHEÇA AS EMPRESAS PARTICIPANTES DA FEPRO 2008

Camila Cabral

Para a realização de um evento como a FEPRO é preciso estabelecer parcerias, entre elas estão a Prefeitura Municipal, o programa Compra Cachoeiras, a ACECAM, a empresa Legítima Produções e Eventos responsável pela organização de toda estrutura da feira. Contando ainda com o apoio da Secretária de Agricultura do município e o Governo do Estado.

A participação das empresas e comércios locais é fundamental para que a Feira de Promoção aconteça. Entre os participantes da FEPRO estão:


Bat Burg , Bazar Coqueiral , Cachofolia, Casa Volante , Elétrica União, Enverga mais não Quebra, Flesh Decorações, Giovan Material de Construção, Gleyce Modas, Mil Festas, Mobiliária Cachoeirense, Moto Escala, Padaria Escola, Marlon.com, Pluto Dog Lanches, Recycle, Sanitária Cahoeirense, SENAC-RJ, Super Lojão, Ternura, Thaise Modas, Unimed, Wagner Cosméticos, Yakishushi, Medeiros Consultoria, Tecnofibra, CAV, Adelair Brum de Paula, GOIACAM, MM Gramados, Maratuã, Nereida Lauriano Artesanato

FEPRO COMO ESTRATÉGIA PARA AUMENTAR AS VENDAS NO MUNICÍPIO DE CACHOEIRAS DE MACACU

Camila Cabral

O comércio sobrevive de vendas, para aumentá-las e atrair consumidores o comércio faz uso de estratégias, meios e ferramentas. Na cidade de Cachoeiras de Macacu, a realização de uma Feira de Promoções (FEPRO) é uma destas ferramentas. A Feira é organizada pela Associação Comercial e a Prefeitura Municipal em parceria com outras empresas e instituições.

A FEPRO é um evento onde diversos comércios se reúnem em um mesmo espaço, para promover a compra e venda de produtos com o preço mais barato. O evento é aguardado com expectativa em toda a região, o objetivo é oferecer para o comércio local promoção, divulgação e desenvolvimento.

Segundo o secretário municipal de Agricultura, Indústria, Comércio e Desenvolvimento, Edson Marinho, “A proposta do evento é dar visibilidade a marca das empresas”. O secretário ressalta ainda que a FEPRO é a principal vitrine do comércio cachoeirense. Além de unir lojas e empresários a fim de fortalecer o município.

Outra estratégia para atrair o público, está na propaganda de divulgação do evento. “Esta Chegando a Hora de Comprar Barato. Cachoeiras de Macacu Espera por Vocês.”

FEIRA DE PROMOÇÃO EM OUTRAS CIDADES

Camila Cabral

A cidade de Nova Friburgo também realiza a FEPRO. O evento é esperado com entusiasmo pelos participantes e pelo público consumidor. Este ano a cidade promoveu a nona edição da Feira, com um público médio de 50.000 pessoas e 150 estandes.

Realizada pela Associação Comercial, o objetivo é tornar a Feira um grande shopping reunindo um mix de produtos, serviços e lazer para o consumidor. A apresentação das lojas e produtos, assim como as formas de pagamento são estudadas cuidadosamente.

Por esses motivos a Feira em nova Friburgo atrai visitantes dos municípios vizinhos. Entre eles estão: Rio de Janeiro, Baixada Fluminense, Niterói, Região dos Lagos, Cento Norte Fluminense.

Os resultados positivos obtidos com a realização da FEPRO fizeram com que outros municípios também apostem nesta mesma fórmula. Dentre eles estão Cachoeiras de Macacu Teresópolis, Cordeiro, Cantagalo e Cabo Frio.

OBRAS NO MORRO DA PROVIDÊNCIA TERÁ A PARTICIPAÇÃO DA INICIATIVA PRIVADA

Camila Cabral

As obras do projeto Cimento Social foram interrompidas após o exército ter deixado o Morro da Providência. O governo estadual demonstra a intenção em dar continuidade ao projeto. Mas a prefeitura não pode assumir as obras, pois isto se configuraria em uso eleitoral.

O Secretário de Assistência Social esteve na favela um dia após a saída das tropas do exército. Marcelo Garcia propôs a formação de um mutirão com moradores e operários para finalizar a primeira fase do projeto.

O secretário tem o objetivo de concluir as obras sem recursos do governo. Para isso pretende realizar uma campanha entre os empresários e comerciantes locais com o objetivo de arrecadar fundos para a reforma. As 30 últimas casas da primeira fase do projeto serão financiadas com o dinheiro da iniciativa privada.

Segundo o governador Sérgio Cabral, o Estado poderá assumir as obras, mas será preciso um termo de ajustamento de conduta para terminar o que não foi efeito.

De acordo com o juiz Fábio Uchoa Montenegro, as obras do projeto Cimento Social serão concluídas com a ajuda privada. Segundo a proposta aprovada ontem, as obras contarão com a participação da construtora Edil, além do mutirão dos moradores.

O SAMBA DA PORTELA RECEBE HOMENAGEM NAS TELAS DO CINEMA

Camila Cabral

Com muita disposição, bom humor e um gravador na mão, Marisa Monte durante 10 anos percorreu as ruas de Oswaldo Cruz, bairro da zona norte carioca. A cantora tinha o objetivo de ouvir os veteranos sambistas que fizeram a história da Portela. Desde1998, Marisa faz um resgate da obra musical dos compositores da Velha Guarda da Portela para a produção do CD “Tudo Azul”. Foi aí que surgiu a idéia de se aventurar pelo mundo do cinema, abrir o baú do samba e revelar a nossa mais forte expressão musical.

Marisa conseguiu reunir depoimentos de integrantes históricos da Velha Guarda da Portela, como Monarco, Argemiro, Jair do Cavaquinho, Aniceto, Antônio Rufino dos Reis, Casquinha e Casemiro da Cuíca. Mas o projeto não é composto só da experiência dos mais antigos, a cantora também ouviu os portelenses mais jovens, que proporcionaram histórias tão ricas quanto as relatadas por Paulinho da Viola e Zeca Pagodinho. Segundo Marisa os dois compositores são grandes divulgadores do trabalho da Portela.

A cantora foi a fundo em sua pesquisa e encontrou letras e gravações em fita K7 de músicas inéditas, que corriam o risco de desaparecer. Um enorme material musical do grupo sem nenhum tipo de cuidado profissional, iria se perder. Dentre as dezenas de fitas encontradas estavam cerca de 100 músicas
inéditas. Para Marisa esse achado traduz a experiência de vida desses compositores que são capazes de transmitir por meio das canções, o que estamos querendo dizer num determinado momento e não sabemos como. É uma fonte de auto-conhecimento e isso ajuda a viver.

Todo o material reunido resultou em um documento histórico para a sociedade, o azul e branco invade a tela do cinema através do documentário “O Mistério do Samba” produzido pela cantora Marisa Monte, dirigido por Carolina Jabor e Lula Buarque de Hollanda. O samba, gênero musical que nunca deixou de se renovar, neste documentário recebeu uma emocionante e justa homenagem da cantora (assista aqui às cenas).

Com uma equipe reduzida, as cenas eram gravadas sem qualquer produção, onde as imagens registradas nos remete ao clima do lugar, podemos ouvir latidos de cachorro e ver através das imagens desfocadas das salas, quintais e varan
das que serviam às vezes de cenário, assim dando um tom simpático ao projeto.

O objetivo da equipe não era fazer algo muito biográfico, mas apenas mostrar como os sambas “nascem” desses sambistas que têm um cotidiano cheio de valores fortes. Como esse cotidiano, se transforma em música altamente sofisticada, mesmo eles não sendo músicos profissionais. Segundo Marisa esse é um dos “mistérios do samba”.

Cartola e Paulinho da Viola, nos últimos anos tiveram sua vida e obra registradas em belos documentários. A novidade desta vez está no fato que o filme de Carolina Jabor e Lula Buarque de Hollanda traz o universo masculino do samba relatado pelas mulheres sambistas. As histórias das mulheres do samba nem sempre são lembradas ou devidamente valorizadas, mas em “O Mistério do Samba”, mulheres como Surica, Doca e Eunice contam suas trajetórias sem perdem em importância para as dos homens.

Marisa afirma não ter feito a pesquisa e o documentário porque é cantora, mas porque se sente cidadã e o samba faz parte da sua formação musical como carioca. O documentário “O Mistério do Samba” é um retrato simples e poético da Velha Guarda da Portela, e estréia nesta sexta-feira (29) em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Belo Horizonte, Brasília e Santos.

Conheça um pouco mais desse trabalho no site oficial do filme. No documentário, a cantora Marisa Monte resume sua paixão pela Portela dizendo que a vida é melhor com os sambas da velha guarda.

Receita Federal libera o 3º lote das restituições

Camila Cabral


As restituições do terceiro lote do Imposto de Renda Pessoa Física 2008 (ano-base 2007) estarão disponíveis amanhã (15). A Receita Federal vai restituir no total 1,5 milhões, para 1,4 bilhões de contribuintes. O valor será corrigido em 3,91%.

Quem não informou o número da conta para crédito da restituição, deverá pedir transferência para qualquer banco. É só procurar uma agência do Banco do Brasil ou ligue para 4004-0001 nas capitais e 0800-7290001 nas demais cidades.

Através do site da Receita Federal, ou pelo telefone 146, descubra se seu nome está na lista. Em ambos os casos basta informar o número do CPF.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Assumir obras: prioridade dos agentes do Estado no calendário eleitoral

Por Diego Cristane

Um dia após a retirada das tropas do Exército do Morro da Providência, autoridades disputam cada tijolo do inacabado Projeto Cimento Social. Criado pelo senador Marcelo Crivella.
Primeira interessada, a Prefeitura do Rio esteve na favela através da Secretaria de Assistência Social para apoiar os moradores e operários que tiveram os trabalhos interrompidos. O Secretário Municipal Marcelo Garcia justificou a visita à comunidade como um cumprimento ao papel social dele.
Para que as últimas 30 casas da primeira fase do projeto fiquem prontas, o Secretário propôs a formação de um mutirão com moradores e operários.
-Queremos iniciar uma campanha entre empresários e comerciantes, para que eles doem o dinheiro. A idéia é finalizar o projeto sem recursos do governo – esclarece Marcelo.
O governador Sérgio Cabral também quer assumir as obras. Para ele o Estado tem condições: “A população não merece ser utilizada eleitoralmente. Mas é preciso fazer uma espécie de termo de ajustamento de conduta ali para terminar o que não foi feito. A população não pode perder a obra por isso” – ressaltou Cabral.
O juiz Fábio Uchôa Montenegro, autor da paralisação das obras, aprovou ontem a proposta de os moradores, em mutirão, concluírem as reformas com a participação da construtora Edil, vencedora da licitação. Os recursos, porém, não poderiam ser vinculados ao projeto de Crivella nem de outros políticos, pois isto seria considerado uso eleitoral.

Liberado Mutirão para terminar as obras do Projeto Cimento Social

Por Anna Carolyna Asthine Neves

O Morro da Providência no Rio de Janeiro, recebeu hoje a visita do secretário de Assistência Social, Marcelo Garcia.Ele foi dar apoio aos moradores que tiveram as obras do projeto Cimento Social paralisadas.

O Projeto foi desenvolvido pelo senador Marcelo Crivella, que prometeu a construção de casas para os moradores da comunidade e embargado pelo Juiz Fábio Uchôa Montenegro, após descobrir que o senador fez uso de verba pública na construção das casas.

Ainda faltam a construção de 30 casas da primeira fase do projeto, e para isso, o secretário propôs um mutirão com moradores e operários da comunidade. O dinheiro para o financiamento viria da iniciativa privada.

O Governador Sérgio Cabral também diz que pode assumir a construção dessas casas com verbas do Estado, mas o Juiz Fábio Uchôa aprovou a proposta do mutirão que terá como responsável pela obra, a Construtora Edil.

A construtora venceu a licitação e os recursos serão de iniciativas privadas. Para não configurar como uso eleitoral, recursos ou idéias da construção não podem ser vinculados ao projeto Cimento Social, nem a outros políticos.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Marisa Monte e a Velha Guarda da Portela

Por Anna Carolyna Asthine Neves

Pandeiro de couro, cavaquinho, surdo, cuíca e violão. Tais ingredientes chamaram a atenção de uma cantora consagrada da MPB. Com um gravador na mão e disposta a descobrir mais sobre o samba, Marisa Monte saiu em busca de histórias dos grandes sambistas cariocas.

O lugar não poderia ser outro, terra de Cartola, Noel Rosa, Ary Barroso e muitos outros que ajudaram a criar “essa maravilha de cenário”, como diz o verso de autoria de Silas de Oliveira na música ‘Aquarela brasileira’, sobre a Zona norte do Rio de Janeiro.

Lá ficam grandes escolas de samba do Rio, como: Salgueiro, Mangueira e Portela. Durante suas esquisas, Marisa Monte, em 1998 gravou o CD “Tudo Azul”, que reúne 18 músicas de compositores da Portela. E como diz uma das marchinhas de Chiquinha Gonzaga de 1899, Marisa “Abre alas” para a Velha Guarda passar.

A Velha Guarda estreou com gravações musicais em 1970 com o disco "Portela Passado de Glória". Formada por antigos integrantes da escola de samba, fundada em 1932, o disco foi produzido por Paulinho da Viola.

O conjunto original da Velha Guarda era composto por Ventura, Aniceto, Alberto Lonato, Francisco Santana, Antônio Rufino dos Reis, Mijinha, Manacéa, Alvaiade, Alcides Dias Lopes, Armando Santos e Antônio Caetano. Com o sucesso do disco, o grupo, realizou uma coletânea de antigos sambas que estavam esquecidos.

A pesquisa de Marisa durou quase dez anos e reuniu depoimentos de compositores consagrados. A homenagem ao samba chamou a atenção dos cineastas Carolina Jabor e Lula Buarque de Hollanda, que decidiram registrar em um documentário a história da Portela.

O documentário abriu o Primeiro Festival de Paulínia de cinema e seria exibido em uma sessão ao ar livre no festival de Cannes, na França, mas não ocorreu pelo mau tempo.O filme tem sua estréia nesta sexta-feira em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Belo Horizonte, Brasília e Santos.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Estado diz que pode assumir as obras do projeto Cimento Social

Por Vitor Siqueira

O governador do estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, manifestou hoje interesse em terminar as obras do projeto Cimento Social, que haviam sido paralisadas na última semana porque ficou provado que o autor do projeto, o senador Marcelo Crivella fez uso de verba pública na construção das casas que ficam no Morro da Providência, na cidade do Rio de Janeiro.

O secretário municipal de Assistência Social, Marcelo Garcia, foi hoje até a comunidade para dar apoio aos moradores e operários que tiveram que paralisar os trabalhos.

Marcelo ainda propôs um mutirão formado por moradores e operários para que as 30 últimas casas da primeira fase fiquem prontas e que vai realizar uma campanha entre empresários e comerciantes para que eles doem o dinheiro, sem precisar nenhuma verba pública.

Ontem, o juiz Fábio Uchôa Montenegro, que havia determinado a paralisação das obras, aprovou a proposta de os moradores, através de um mutirão, concluírem as reformas com a participação da construtora Edil.

A construtora venceu a licitação e os recursos não podem ser vinculados ao projeto Cimento Social, nem de outros políticos, pois isto configuraria uso eleitoral.

Velha Guarda da Portela vira filme

Por Vitor Siqueira

Foi andando pela zona norte do Rio de Janeiro e olhando o jeito simples dos moradores da região da cidade que respira samba que Marisa Monte pode conhecer de perto histórias de grandes sambistas cariocas. Como se fosse uma pessoa comum, sem se preocupar com a fama e o sucesso já adquirido com os anos de carreira, a cantora pegou um gravador e percorreu as ruas do bairro Oswaldo Cruz.
Sempre muito simpática e descontraída, Marisa conversou com pessoas que fazem parte da história da Portela, a agremiação que mais detém títulos no maior carnaval do mundo.
O projeto começou com a gravação do CD “Tudo Azul”, em 1998, e naquele ano Marisa teve acesso e resgatou a obra musical dos compositores da Velha Guarda da Portela.
Durante quase dez anos, Marisa conseguiu reunir depoimentos de integrantes históricos da Velha Guarda da Portela como: Monarco, Argemiro, Jair do Cavaquinho, Aniceto, Antônio Rufino dos Reis, Casquinha e Casemiro da Cuíca. Nomes mais recentos como Paulinho da Viola e Zeca Pagodinho também não foram esquecidos.
Um detalhe curioso do documentário é a presença de mulheres sambistas, fato que quase não ocorre quando o assunto é samba, já que são os homens que predominam o estilo musical. Nomes como Surica, Doca e Eunice são lembrados e valorizados e elas fazem confidências saborosas sobre o universo masculino do samba.
O documentário “O Mistério do Samba” tem a direção de Carolina Jabor e Luiz Buarque de Hollanda. A participação de Marisa na produção do filme foi essencial para que os diretores pudessem ter acesso a uma história desconhecida.
Como uma pesquisadora e cineasta dedicada, Marisa foi atrás de familiares de sambistas que já morreram e encontrou letras e gravações em fitas cassetes de músicas inéditas. Eram cerca de 100 canções inéditas que corriam o risco de desaparecer
Tanto Carolina Jabor quanto Luiz Buarque de Hollanda não sabiam quase nada sobre a história da agremiação carnavalesca. Depois que encontraram com Marisa Monte e viram que a idéia da cantora poderia se transformar em um filme, os dois cineastas passaram a freqüentar a quadra da escola e foram a ensaios e escolhas de samba-enredo.
São 88 minutos de filme que viraram um longa-metragem e passeiam por toda a história da escola fazendo do samba o ponta-pé inicial para a construção de uma música sem melodia.
O documentário abriu o Festival de Paulínia este ano e foi programado para ser exibido em uma sessão ao ar livre no festival de Cannes, na França, mas não ocorreu por causa do mau tempo.
O filme tem sua estréia nesta sexta-feira em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Belo Horizonte, Brasília e Santos.
Durante todo o tempo o clima de saudade e as memórias que fizeram parte da vida de cada integrante da Velha Guarda da agremiação são vistas de diferentes formas com tons que passam da melancolia a alegria extrema.
A turma retratada no documentário viu o filme antes dele entrar em cartaz. Durante a apresentação restrita o choro fez parte de cada um que participou do documentário. A emoção falou mais alto e os 88 minutos de filme passaram como se fossem segundos embalados por música e poesia.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Scorpions no Rio

Por Diego L. Cristane

Noite de domingo, poucas pessoas costumam sair ou fazer um programa nos dias de hoje. Quem cria coragem e sai, nem sempre encontra algo diferente. O Rio sofre de uma mesmice e de uma melancolia que há tempos não se vê.
Ruas desertas, bares vazios, poucos carros, trânsito livre. Infelizmente o carioca não é mais capaz de se sentir satisfeito quando a agitação cessa. A calmaria agora é que incomoda. Culpa da violência? Não se sabe.
A noite estava muito bonita, não cabem desculpas esfarrapadas sobre tempo ruim, falta de festas, eventos, ou porque era véspera de segunda-feira. Aliás os programas de TV de maior audiência só terminam por volta da meia-noite. Recuperar a cultura carioca do lazer em primeiro lugar é prioridade para o Rio não perder sua identidade.
Me dirigia para a Zona Oeste por volta das 20 horas. Meu destino era um Ginásio. Cheguei lá as 21 h. A pista do ginásio possui capacidade para 10 mil pessoas, mas ao que parece não seria necessário tanto espaço. Poucas pessoas chegam e lentamente um pequeno espaço se ocupa.
Enquanto alguns ainda chegavam, eis que surge um pontual quinteto alemão. Comandado por um senhor no auge dos 60 aninhos chamado Klaus Meine, os Scorpions mostram de cara não terem esquecido a fórmula de um bom show de rock.
Após onze anos sem tocar no Rio e quatro décadas de carreira, a banda iniciou a apresentação com “Hour I”, música do mais recente disco do grupo, “Humanity: Hour I” . A canção incendiou o público.
Depois do hit novo, eles dispararam uma série de clássicos. Entre elas “Coming home” e “The Zoo”.
Quando o público parecia aquecido, todos os integrantes trocaram seus instrumentos por outros. Agora um som acústico. Subiram ao palco dois percussionistas, um tecladista e três cantoras de apoio, todos brasileiros. O bloco acústico foi anunciado pelo pano de fundo do palco, que remetia ao disco "Acoustica”, lançado pelos Scorpions em 2001.
Nesta segunda parte, eles tocaram “Holyday”, Always somewhere”e “Wind of change”no formato violãozinho. Os arranjos, porém, exageravam nos batuques.
Terminada a roda de violão, voltam as guitarras e com elas mais canções consagradas. A participação especial de Andreas Kisser, do Sepultura na instrumental “Coast to Coast”foi um dos mais importantes momentos da exibição.
O grupo não economizou em gestos para homenagear e agradar o público, como camisas e bandeiras brasileiras e uma versão quase germânica de “Xidade Maravilhôssa”. A mesma que Meine cantou no primeiro Rock in Rio, em 1985.
“A moment in a million years”fechou a noite e a festa dos Scorpions no Rio. Realmente foi uma oportunidade única e cada vez mais rara na Cidade Maravilhosa. Bons Momentos.

"Abram alas, deixa a Portela passar"

Por Rafael Prado Pedrosa

“ Gosto que me enrosco”, samba composto por Noca da Portela, Colombo e Gelson no ano de 1995, que conquistou a Sapucaí e o vice-campenato do grupo especial do Rio de Janeiro, expressa um pouco o sentimento dos portelenses pelo samba e pela escola do coração. No inicio da letra os sambistas pedem parar abrir alas e deixar a Portela passar. Esse foi o último grande samba feito pela escola de Madureira e há anos a agremiação não ganha o título do grupo especial.

Mas nem só de vitórias é feita uma escola de samba. Existe a história, a paixão, os fatos que marcaram a localidade e até mesmos os defiles. Pessoas nasceram, viveram e morreram e amaram a escola de samba.

Porém nesse ano a Portela ganhou da Marisa Monte mais que um título, e sim justa homenagem e presente, o lançamento do documentário “ O mistério do Samba”, feito por Carolina Jabor e Lula Buarque de Hollanda, com depoimentos de Zeca Pagodinho e de Paulinho da Viola, foram regatadas músicas e histórias da comunidade.

Com mais de 200 horas de filmagem e dez anos de produção, Marisa viu novos e antigos portelenses afirmar e reafirmar o amor à escola de Oswaldo Cruz. O projeto foi iniciado em 1998 no CD de Marisa, “Tudo Azul”, onde procurou resgatar músicas que estavam esquecidas e desaparecidas.

O documentário estréia no dia 29 em São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte, Brasília e Santos.

Velha Guarda da Portela revela seus “mistérios"

Por Renata Mattos Rocha

O samba é um ritmo musical que faz muito sucesso no Brasil. Não só no carnaval, mas no dia-a-dia do povo, o som do pandeiro e as cordas do cavaquinho agitam a vida de todos.
Embalada neste ritmo, em uma roda de samba na comunidade da Portela, Marisa Monte divide experiências com os sambistas. A Portela é a maior detentora de títulos do carnaval do Rio e sua gente tem muitas histórias para contar.
Percorrendo as ruas de Oswaldo Cruz, bairro da Zona Norte carioca, Marisa Monte se deparou com personagens e histórias que revelavam o universo do samba e das composições que fazem tanto sucesso na boemia carioca.
Entre uma batida e outra, conversas e revelações que atraíram a atenção da cantora para a Velha Guarda. Além das rodas de samba, Marisa também visitou a s casas dos sambistas e a quadra da escola. Assim, a Portela começou a revelar seus segredos e seus mistérios sobre o mundo do samba.
As letras de música e a simpatia da Velha Guarda despertaram curiosidades e levaram Marisa a documentar tudo o que estava sendo dito. Compositores como Doca e Eunice cantavam seus sucessos e animavam o ambiente.
Inspirada no cotidiano da comunidade, Marisa Monte decide fazer um documentário como forma de homenagem. O longa metragem “O Mistério do Samba”, estréia nesta sexta, 29.
O filme mostra como o dia-a-dia da comunidade carnavalesca da Portela torna-se inspiração para músicas que estão entre as mais belas do cancioneiro popular do país. Com 88 minutos de duração e direção de Lula Buarque de Hollanda e Carolina Jabor, o filme é uma idéia de Marisa Monte que também atua como produtora.

Homenagem à Portela

Por: Lygia M. F. Evangelista

Marisa Monte, além de cantora se mostra uma dedicada pesquisadora. Isso ficou provado quando ela decidiu percorrer as ruas do pequeno bairro de Oswaldo Cruz, zona norte do Rio de Janeiro. O objetivo de Marisa era realizar uma pesquisa e assim recuperar composições dos anos 40 e 50 até então não gravadas. Sempre muito simpática e tendo em suas mãos um gravador, Marisa esteve pronta a ouvir os veteranos sambistas que fizeram a história da Portela. A azul e branco é a escola de samba que detém o maior número de títulos de carnaval.

A pesquisa foi iniciada em 1998, quando a cantora começou a produzir o CD “Tudo Azul”, um resgate da obra dos compositores da velha guarda da Portela. O material foi fornecido por familiares de sambistas já mortos.

Marisa encontrou cerca de 100 músicas, quase todas inéditas, que corriam o risco de desaparecer.

“ A sofisticação vem da pureza, do contato direto com os sentimentos” resumiu a cantora Marisa Monte ao descrever a origem da beleza dos sambas da velha guarda.


Essa associação dela com o samba não é de hoje. Vale lembrar que a cantora é filha do ex- diretor da Azul e branco, Carlos Monte.

Durante quase dez anos, Marisa reuniu depoimentos de integrantes históricos da Velha Guarda, como Monarco, Argemiro, Jair do Cavaquinho, Aniceto, Antônio Rufino dos Reis, Casquinha e Casemiro da Cuíca. Também foram ouvidos portelenses mais jovens como Paulinho da Viola e Zeca Pagodinho.

Todo esse empenho da cantora teve um propósito, o de homenagear o samba, esse gênero musical que geralmente conta um pouco da vida e do cotidiano de quem mora nas cidades.

A homenagem veio em forma de documentário “ O Mistério do Samba” dirigido por Carolina Jabor e Lula Buarque de Hollanda.
O filme estréia nesta sexta-feira em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Belo Horizonte, Brasília e Santos.

O documentário abriu o Festival de Paulínia este ano e foi programado para uma sessão ao ar livre durante o Festival de Cannes, mas teve sua exibição cancelada por causa do mau tempo.

"Faço isso como cidadã." Assim a cantora Marisa Monte definiu sua participação na preservação da obra e da memória da Velha Guarda da Portela, retratada no documentário "O Mistério do Samba".