segunda-feira, 16 de novembro de 2009

FUTEBOL CARIOCA EM CRISE

Times do interior do estado do Rio sofrem por falta de Investimento

Os clubes cariocas são notícia constantemente quando o assunto é a crise financeira. No entanto, a mídia esquece de mostrar qual o efeito dessa crise para os clubes de menor porte, principalmente nos times do interior do Estado. Todos os anos as dívidas dos grandes times cariocas aumentam e o mesmo acontece com os pequenos.

Mas, na periferia do futebol nacional, a realidade desses times é bem diferente. Muitas vezes dependentes de investimentos de Prefeituras e comércios locais, os clubes não conseguem se manter e acabam tendo que fechar as portas.

É o caso do Aperibeense, clube da cidade de Aperibé, que após fazer uma ótima campanha no ano de 2008 e quase subir à elite do futebol carioca, sofre com dívidas externas e débitos com jogadores e funcionários. O clube já recebeu até mesmo suspensões nesse ano por não pagar dívidas com a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj).

O clube foi punido este ano e obrigado a integrar o grupo dos times que lutavam para não serem rebaixados para a 3ª Divisão do Estado do Rio. O clube conseguiu se livrar do risco do rebaixamento, no entanto, não conseguiu fugir da crise.
Por causa da grave crise financeira o clube oficializou no dia 27 do mês de outubro o pedido de dispensa para a próxima temporada. Segundo o Presidente do clube, Zé Romário (foto), a dívida pode chegar a até R$ 250 mil.


"Nós estamos passando por um momento muito delicado. O Aperibeense não tem apoio, não tem patrocínio ou investidores. A nossa cota da prefeitura está atrasada e, infelizmente, temos que tomar essa atitude desagradável." Afirmou Zé Romário.
A situação dos clubes de pouco investimento se torna ainda mais complicada pela falta de estrutura e de torcida, fazendo com que o time não tenho de onde tirar lucro. Desse modo, são obrigados a fechar as portas.
"É a única solução que temos para não prejudicar o clube. Fazemos isso contra a nossa vontade e com muita tristeza, mas sem dinheiro não se faz nada, e no futebol é a mesma coisa", lamenta o dirigente.


Matéria para a Av2 – Por Henrique Ramos

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