segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Pesquisa busca avaliar o impacto da presença feminina no ambiente profissional.

por Jaqueline Vilela
Link interno.

Cada vez mais presente em capas de revistas internacionais, a mulher brasileira pode projetar imagem de emancipação e autoconfiança. Em ‘casa’, no entanto, ela ainda enfrenta obstáculos quando o assunto é a participação no mercado de trabalho e a responsabilidade pelas tarefas domésticas.

É o que revelou pesquisa inédita realizada no país pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e pelo Instituto Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro (Iuperj), com apoio da FAPERJ. Segundo o estudo, o comportamento das mulheres no país vem contribuindo para acelerar um processo que levaria, de médio a longo prazo, à igualdade de gênero.

A pesquisa revelou, também, que ao contrário dos homens, elas estariam dispostas até a renunciar ao altar para avançar no campo profissional, meio em que os homens vêm perdendo terreno, mas no qual ainda mantêm a hegemonia de cargos e funções de prestígio e poder.

O levantamento é parte de um estudo conduzido em 38 países e que ouviu 2 mil mulheres e homens no Brasil. O objetivo central da pesquisa foi analisar o impacto da presença da mulher no mercado de trabalho e em que medida isso afeta a organização familiar.

Segundo dados do IBGE, hoje as mulheres representam praticamente metade da população economicamente ativa do país e chefiam uma em cada quatro famílias. O esvaziamento do modelo de homem provedor ajudaria a explicar parte dessa dissonância em relação ao matrimônio. Sem a necessidade de contar com a ajuda financeira do cônjuge ou parceiro, elas parecem cada vez menos dispostas a dobrar o expediente de trabalho, acumulando as tarefas domésticas.

Nenhum comentário: