sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Tragédia mata 3 pessoas na Rio-Teresópolis

- Família estava voltando para casa na cidade de Duque de Caxias.

Por Joanna Medeiros
Taça de Champanhe - AV-2


O Parque Nacional da Serra dos Órgãos abrange uma área de cerca de 20 km da BR-116, que começa em Teresópolis e vai até a cidade de Guapimirim.

A área chama atenção por conta da proximidade com as espécies nativas que ficam ao longo do acostamento da estrada. É um lugar conhecido em outros municípios pelo turismo ecológico e pelas belas paisagens. Ninguém espera que uma cidade serrana, que inspira uma qualidade de vida melhor que nos centros cotidianos esconda situações tão complexas quanto os problemas que assolam as grandes metrópoles.

Quem é responsável pela manutenção da Rodovia Rio-Teresópolis é a CRT, que ajuda na preservação da área verde pertencente à Mata Atlântica e administra a sinalização do trecho que é uma reserva ambiental. Foram colocadas em toda a extensão da via placas para o cuidado com os animais silvestres que possam aparecer na pista.

A estrada faz parte do roteiro turístico por conta da beleza. O mirante do Soberbo, que está localizado na parte teresopolitana da BR-116 tem como vistas principais o Dedo de Deus, a Pedra do Elefante e a Baía de Guanabara, que deixa qualquer amante da natureza estarrecido.

Com toda certeza, a beleza natural de Teresópolis atrai turistas brasileiros e estrangeiros pela grande fama dos pontos geológicos e de escaladas, além daqueles que adoram estar em contato direto com o meio ambiente, nem que seja somente de passagem pela BR-116.

Ao olhar para a serra de Teresópolis o viajante sequer pode imaginar o perigo que o verde da floresta pode representar.

Foi numa passagem dessas que a fatalidade aconteceu. No dia 15 de novembro, uma família teve a vida brutalmente arrancada por conta de um deslizamento no km 90 da estrada Rio-Teresópolis. A família do município Duque de Caxias voltava para casa quando foi surpreendida por uma tempestade no meio da descida da serra. Um desmoronamento de terra e pedras atingiu o carro que transportava as quatro pessoas da família de Maurina Gonçalvez, de 53 anos, ela estava no carro e foi a única sobrevivente. Maurina perdeu a filha Viviane Ferreira de 33 anos, o genro Bruno Ferreira de 34 anos e a neta, Gabriela de apenas 6 meses.

“Eu simplesmente estou sem chão. A partir de agora é tentar me acostumar com a vida sem minha filha e minha neta” afirmou Maurina muito abalada.

Fatalidade

O trecho onde aconteceu o deslizamento ficou interditado por 72 horas, só sendo liberado na quarta-feira de tarde. Segundo o assessor de imprensa da Concessionária Rio-Teresópolis, Pedro Lancastre, nos últimos quatro anos não houve nenhum problema referente a encostas no trecho administrado pela CRT.

Mesmo com o histórico de deslizamento, o tempo característico, as instituições responsáveis não admitem que deva ser feita uma política de minimização de perigo.

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