quinta-feira, 27 de novembro de 2008

NOVA FRIBURGO JÁ ESTÁ SE PREPARANDO PARA A DECORAÇÃO DE NATAL




NOVA FRIBURGO JÁ ESTÁ PREPARANDO A DECORAÇÃO DE NATAL


Por Lina Daniele

Já está tudo pronto para a decoração de natal em Nova Friburgo, que terá início hoje, dia 27. O trabalho será realizado pelo Programa de Preservação Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente, através do Projeto Reciclando com Arte, também já foram iniciados os preparativos para a fantástica Casa do Papai Noel em Nova Friburgo. A estrutura está sendo montada no prédio onde funciona a Oficina Escola de Artes, na Praça Getúlio Vargas, no Centro. O projeto é uma iniciativa da Associação Comercial de Nova Friburgo, em parceria com a Prefeitura, Unimed, Stam Metalúrgica, Superpão, Sesc e empresários locais.

Os organizadores da Casa do Papai Noel esperam que este ano a população, empresas e instituições colaborem de maneira significativa, para que a campanha supere os números de 2007 e distribua mais de 15 mil brinquedos.
O projeto tem como objetivo levar mais alegria para crianças carentes, além de movimentar o comércio e o turismo da cidade.
A inauguração da Casa do Papai Noel está prevista para acontecer neste sábado, 29, e a visitação irá até o dia 24 de dezembro. Todas as pessoas poderão visitar a Casa do Papai Noel. Para participar desta grande campanha é muito fácil: basta levar um brinquedo em bom estado até o local ou retirar o cupom nas lojas participantes.
Mais informações pelo telefone (22) 2522-1145 ou no site http://www.blogger.com/URL

8º FESTA DA FLOR DE NOVA FRIBURGO



FESTA DA FLOR AGITOU O FIM DE SEMANA FRIBURGUENSE

Por Lina Daniele

A Festa da Flor de Nova Friburgo aconteceu no ginásio do Sesc Nova Friburgo. O evento foi realizado dia 20 ao dia 23 de novembro de 2008. O objetivo dos organizadores foi divulgar a cultura sobre flores e plantas e atrair turistas de diversas partes do estado, este é um evento que destaca Nova Friburgo no cenário nacional como "CIDADE DAS FLORES".


Consideremos que todo ser tem uma atração pelo belo. As flores, pela sua beleza, perfume, encanto ou mistério exercem um enorme fascínio sobre os seres humanos de todas as culturas. Assim sendo, este evento é um marco para variados tipos de público: educadores, expositores, profissionais e empresas que atuam neste setor, além de visitantes em geral.

Consolidando cada vez mais a Festa da Flor como espaço ideal para apresentação de novos produtos e serviços, palestras interativas, atividades de integração, expositores e visitantes puderam contar com o conforto de uma praça de alimentação, salas especializadas para apresentação de fotos e documentárias, além de escritórios para o fechamento de negócios e parcerias. Entre seus diversificados resultados, apontou-se: lançamentos de produtos e novas tecnologias, realização de negócios, consolidação de posições no mercado, troca de experiências, estabelecimento de parcerias, cursos e oficinas voltados para o público.


A programação incluiu exposição de hortaliças, legumes e frutas, mostra regional de artesanato, mostra de espécie de flores e plantas de Nova Friburgo e exposições diversas.
Durante a festa foi realizado Curso de Arte Floral com as designers florais Léo Mendes e Tânia Santos e Desfile de Flores na Passarela, aconteceu também demonstração de arranjos para Natal e Ano Novo , apresentação do Musical e, em seguida, foi exibido o espetáculo "A Rua do Inferno".

A 8ª Festa da Flor de Nova Friburgo tem como realizadores: a Prefeitura Municipal de Nova Friburgo e o SESC - Rio de Janeiro, com o apoio do SEBRAE/RJ, Floralta, Governo do Rio de Janeiro e Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento, com a promoção da AFLORJ - Associação dos Floricultores do Estado do Rio de Janeiro.

Sucata vira Arte

Por Vitor Siqueira.

Caminhando pelas ruas pacatas do distrito de São Pedro da Serra, em Nova Friburgo, conhecemos um lugar calmo, onde os moradores aproveitam o contato com a natureza para poder respirar um ar puro e conseguir fugir da correria e do estresse das grandes cidades.

O comércio é pequeno e, em sua maioria, é formado por pessoas que se dedicam a alguma forma de arte. Em geral, são ex-moradores de grandes capitais como Rio de Janeiro e São Paulo. Lá, eles não podiam se dedicar a criação porque mal tinham tempo para descansar.

O simples distrito com o passar dos anos foi sendo ocupado por esses artistas e pessoas comuns que compraram casas para poder passar os finais de semana aqui. A arquiteta, Cláudia Melo, é apaixonada pelo local.

- Gosto daqui porque me sinto muito melhor. Quando estou no Rio fico mal-humorada e me irrito com muita facilidade. Ficou louca para chegar sexta-feira e poder pegar a estrada e passar o final de semana e vir para cá – afirma a arquiteta.

São poucos os carros que passam por aqui durante a semana. As ruas geralmente estão vazias e os moradores se conhecem e formam laços de amizade que raramente podem ser observados em lugares maiores e mais movimentados.

A receptividade é maravilhosa. Sempre alguém sorri para você passando um ar de tranqüilidade e simpatia. A simplicidade das pessoas impressiona. Ninguém anda arrumado ou maquiado. A beleza natural de cada um é evidenciada.

Aproveitando todas essas qualidades de São Pedro da Serra, 20 artistas plásticos se reuniram e criaram a exposição: “Poesia da Sucata: um olhar sobre o ato de reciclar”. Depois do uso alguns aparelhos tecnológicos como computadores, celulares e televisões vão para o lixo contaminando o meio-ambiente. Uma forma de contornar a situação seria transformar esse “lixo” em uma nova forma de arte.

- A cada ano, mais televisões e computadores são fabricados e muitos outros são jogados fora. Pegar algumas peças e criar objetos que utilizem o que seria jogado no lixo comum é o objetivo desta exposição – afirma o organizador, Celso Bomfim.

A exposição pegou carona no projeto Cabras da Serra que foi sucesso no ano passado. Todas as peças ficam expostas ao ar livre nos vinte estabelecimentos comerciais do distrito. Uma parceria que tem dado certo.

- As pessoas aproveitam que as peças estão aqui e além de admirá-las e conhecê-las de perto, os visitantes sempre compram alguma coisa na minha loja – diz o vendedor, Carlos Araújo.

Além das peças que ficam nas ruas, algumas outras podem ser encontradas no Espaço Cultural de São Pedro da Serra. Os teclados do computador se transformaram em grandes poemas escritos com recortes de jornais e revistas. A novela “Rainha da Sucata”, da TV Globo, também é lembrada numa das peças.

A idéia é um sucesso entre os moradores de São Pedro. Além de atrair mais turistas para o local, o projeto incentiva a cultura e a preservação do meio-ambiente às crianças do distrito friburguense.

A cauda da águia fênix produzida por cabos e fios do computador desperta a curiosidade das pessoas. A artista plástica que a confeccionou diz que a peça representa um momento de ressurgimento tanto dela quanto do local que escolheu para morar.

- Foi muito trabalhoso montar toda a peça. A águia tem quase dois metros de altura e fazer toda a estrutura foram necessários vários testes de sustentação. Usei peças do HD do computador e Cds e cabos de vários outros PCs que iriam para o lixo. A exposição está linda. Quem vir a São Pedro vai se surpreender.

A exposição vai até o dia 30 de novembro e pode ser visitada todos os dias da semana, mas ir num final de semana pode valer mais a pena.

Luta contra o Câncer

Por Vitor Siqueira.
Todos os dias milhares de brasileiros e brasileiras enfrentam uma luta diária que não é nada fácil. O câncer é considerado por muitos como o mal do século. Foi pensando nisso que o governo federal criou a Semana Nacional de Luta Contra o Câncer que tem como objetivo orientar a população sobre os cuidados que cada um deve ter com a doença.

Um tipo de câncer que mais mata no Brasil e no mundo é o de mama. Ele é mais violento que o de colo uterino. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer – o INCA – 27 mulheres morrem diariamente vítimas da doença só no nosso país. Desde 1980, ela é a principal causa de morte feminina por aqui.

Cada vez mais médicos e biomédicos se dedicam às pesquisas científicas para tentar descobrir a cura da doença, mas poucas são as novidades encontradas. O INCA é referência para quem enfrenta a doença e pensa num hospital desenvolvido e especializado. São médicos e profissionais da área de saúde especialistas e habilitados para exercer a função com qualidade.

Em Nova Friburgo não existe o tratamento para a doença e as pessoas têm que se deslocar até a cidade do Rio de Janeiro para se tratarem. Enfrentar duas horas de estrada e passar por diversos especialistas não tem sido agradável para quem tem câncer.

O secretário de saúde do município, Egídio Rocha , diz que a cidade não tem recursos e espaço adequado para o tratamento da doença e que várias vezes já recorreu a estâncias superiores.

- Já tentamos diversas vezes parcerias com o governo estadual para solucionar o problema, mas não obtivemos sucesso. Sei qual é a gravidade da situação destas pessoas, mas não posso agir sem recursos e sozinho – afirma o secretário.

Criada há 8 anos, a Associação da Mulher Mastectomizada – AMMA – tem realizado diferentes trabalhos a essas mulheres que enfrentam ou já enfrentaram o câncer de mama em Nova Friburgo. A ONG presta assistência social às vítimas da doença. São dezenas de voluntárias que dedicam grande parte do tempo a cuidar destas pessoas.

Todos os dias, Maria Helena dos Santos, vem até a instituição para gerenciar todo o trabalho desenvolvido aqui. A presidente da ONG também passou por um câncer de mama e desde que conheceu a AMMA já vem realizando vários trabalhos ligados prevenção da doença.

- Nessa semana vamos à casa das pessoas que estão passando pela doença e damos orientações de como fazer o auto-exame, se prevenir sempre e procurar regularmente um médico para realizar a mamografia – ressalta Maria Helena.

Na ONG são oferecidos sutiãs com próteses de silicone para quem teve que fazer a cirurgia de retirada da mama. Orientação psicológica e perucas também são ofertadas a essas mulheres.

Uma das lutas da instituição é tentar trazer o tratamento para Nova Friburgo. O desgaste físico e emocional de quem se trata na capital é muito forte. Há um tempo atrás o Hospital das Clínicas de Teresópolis também atendia moradores daqui. Hoje a realidade mudou e só o INCA oferece o tratamento.

O INCA lida com uma das grandes dificuldades do Sistema Único de Saúde. A falta de verbas e vagas em sua unidade faz com que muitas pessoas tenham que enfrentar a fila de espera para conseguir o tratamento.

Dona Eloísa Lopes descobriu recentemente que está com câncer de mama. Depois de ter ficado 13 dias internada no Hospital Raul Sertã, a aposentada recebeu alta e foi recomendada a procurar o INCA, mas ela se deparou com um grave problema.

- Eu já fui lá duas vezes e não tem vaga. Não sei o que vou fazer. A ajuda da AMMA é que está me dando forças para superar isso tudo que tenho passado – afirma Eloísa.

Pelo visto, realizar semanas de luta contra a doença e orientar de como se prevenir da doença não tem sido a maneira mais eficaz de sanar os problemas que o câncer traz para as pessoas.

Vida Recuperada Através da Solidariedade

Por Camila Cabral
Mas um dia começa, tipicamente comum em uma cidade do interior. O dia esta ensolarado, pela manhã bem cedo dar-se início a mais uma rotina, pode-se ver a roupa esticada no varal e as primeiras fumaças do fogão a lenha sendo acesso, ouve-se o som de uma vassoura varrendo as folhas no quintal, o canto dos pássaros e o latido do cachorro. Dentro de casa tudo em ordem, camas arrumadas, chão limpo e o barulho da panela de pressão no fogo anunciando a hora do almoço.



A tarde chegou e com ela a professora, é hora de aprender um pouco mais do mundo das letras. A noite vem chegando embalada pela música, as vozes se unem para contar louvores, é a vez de alimentar a alma e receber o carinho dos amigos e visitantes. Panelas ao fogo, o cuidado em preparar o alimento é mais uma vez demonstrado, reunidos a mesa é hora do jantar, às dez horas da noite, quase que religiosamente todos se recolhem, é preciso descansar.

Esta história descreve a rotina de uma família um pouco diferente, que envolve vidas transformadas, através do amor, da solidariedade, da atenção e do respeito de pessoas que disponibilizam seu tempo para cuidar e ajudar o próximo. O trabalho é voluntário e a disponibilidade em servir surgiu da gratidão por um dia ter recebido ajuda. Conhecendo de longe essa rotina doméstica pode-se concluir que trata-se de um lar conduzido por uma mulher, certo?

Errado. Esse lar é conduzido por um homem que voluntariamente e carinhosamente cuida de 18 homens. André Luis Oliveira da Silva, 30 anos é o responsável por esse “lar”. Há aproximadamente um ano e quatro meses ele é o Diretor e Obreiro (pessoa responsável pela orientação espiritual) pelo

Centro de Recuperação Betuel, mais conhecido como “Portal da Vida”, no município de Cachoeiras de Macacu.


O Centro de Recuperação Betuel é uma instituição sem fins lucrativos e seu objetivo é ajudar pessoas que sofrem com a dependência química. André Luis é voluntário no Centro de Recuperação e no seu coração está o desejo de ver vidas livres das drogas. Sua disponibilidade em servir ao próximo surgiu da gratidão por um dia ter recebido ajuda.

- Resolvi ser voluntário, pois através da minha experiência com as drogas posso ajudar outras pessoas em suas reabilitações. Cheguei ao Centro de Recuperação para tratamento, recebi a ajuda do Pastor Jorge Coelho e de outras pessoas. Deus foi me abençoando, não só na minha recuperação mais também me dando sabedoria e o dom de ajudar e cuidar de vidas. – reconhece André Luis Diretor e Obreiro do Centro de Recuperação Betuel.

André conviveu doze anos com o álcool, perdeu uma noiva, um carro e o amor próprio, esses não foram os maiores problemas enfrentados com o vício. Segundo ele chegou a virar mendigo dentro da sua própria casa, além de cobrir as janelas com pano preto para não ver a luz do sol. O motivo que levou André a aceitar o tratamento foi segundo ele, foi o sofrimento:

- Sem dúvida esse foi o motivo que me convenceu a aceitar o tratamento. Muitas vezes as pessoas que estão ao redor de um dependente químico não entendem que a dependência é uma doença, pensam apenas que é malandragem, falta de vergonha.

O conselho de uma amiga foi o que levou André Luis ao Portal da Vida para tratamento do
alcoolismo, hoje ele ajuda outros homens na luta contra o vício. Recuperado do alcoolismo, seu tratamento durou apenas dois meses, fato que surpreende André até hoje, apesar do processo ter sido interrompido por motivos pessoais, deixando-o afastado do Centro de Recuperação durante um mês.

Para o ex-interno que virou Diretor e Obreiro do Centro de Recuperação Betuel todas as quedas e dificuldades que tive na vida, serviram como aprendizado para poder ajudar a cada um desses homens em suas reabilitações. A solidariedade e o trabalho voluntário sem dúvida ajudam a resgatar vidas do mundo das drogas, e André Luis é um exemplo dessa realidade, foi recuperado pela solidariedade e através dela ajuda outras pessoas a se salvar.

O Centro de Recuperação e Ressocialização Betuel

Por Camila Cabral

Na cidade de Cachoeiras de Macacu, no interior do estado do Rio de Janeiro existe uma instituição sim fins lucrativos com o objetivo de ajudar pessoas que sofrem com a dependência química. O Centro de Recuperação e Ressocialização Betuel foi fundado pelo Pastor Jorge Lima Coelho com a proposta de promover a reabilitação de pessoas que, por possuírem alguma espécie de vício, foram marginalizadas e excluídas pela sociedade, dando-lhes condições físicas, psicológicas e sociais para voltarem a um convívio social saudável.











Todo o trabalho desenvolvido pelo Centro de Recuperação é sustentado pela solidariedade. E é de extrema importância para a região por ser a única instituição que recupera pessoas com problemas de dependência química sem cobrar pelos serviços prestados.

- As pessoas ajudam a instituição através de doações de alimentos, material de limpeza, recursos financeiros. O trabalho voluntário, a doação de tempo e carinho contribuem muito para a reabilitação dos internos. – explica Pastor Jorge Lima Coelho

Não existe nenhum tipo de relação oficial ou estável com outras instituições, os recursos necessários são obtidos através de doações esporádicas feitas por igrejas, comércio e voluntários. O dinheiro necessário para custear as despesas, quando não conseguido de fontes externas, é fornecido pela Igreja Assembléia de Deus do bairro Ribeira.


O Centro de Recuperação funciona em um sítio no bairro Agro Brasil, numa área rural da cidade afastada dos grandes centros, o que é de fundamental importância segundo o Fundador e Pastor Jorge Lima Coelho.

- O sítio estar localizado no interior da cidade, fato que contribui para que os internos optem por não abandonar o tratamento, uma vez que os portões não são trancados e a decisão de permanecer ou não no local é livre. – declara Pastor Jorge Lima Coelho.


A instituição foi registrada em novembro de 2006, mas já havia um funcionamento prévio das atividades, desde a fundação, cerca de 150 pessoas já passaram pela instituição. Dentre as atividades realizadas pelo Centro de Recuperação estão: terapia ocupacional, terapia de grupo, assistência médica (fora do local), auxílio pedagógico e orientação espiritual, além de momentos religiosos, tarefas domésticas, e a lida com horta e criação de animais.

Os internos podem ser indicados por terceiros, levados por familiares ou procurar por iniciativa própria. É feita uma entrevista com o presidente, que avalia se o indivíduo se encaixa nos critérios estabelecidos pela diretoria da instituição. Entre os itens avaliados estão a aceitação por parte do usuário de que tem o problema e precisa de ajuda, ser homem com idade entre 18 e 50 anos e não ser portador de doença mental. Cada interno pode permanecer pelo período de nove meses, considerado pela diretoria o tempo adequado para a recuperação por compreender o período de uma gestação.


No Centro de Recuperação Betuel as pessoas que sofrem com a dependência química têm a oportunidade de passar por um tratamento de desintoxicação e reabilitação na vida social, e a solidariedade tem papel fundamental nesse processo.

Para a recuperação de quem já é um dependente químico, um fator importante é a ajuda e a solidariedade encontrada em casas de recuperação e centros de reabilitação e ressocialização. Esses serviços muitas das vezes gratuitos têm o objetivo de promover a reabilitação de dependentes químicos e pessoas em situação de risco social, além de oferecer ajuda nas esferas física, psicológica, familiar e social.

Arte em Meio a Natureza

Por Camila Cabral

Natureza, ar puro e tranqüilidade o ambiente é um convite para o descanso. Mas cercado pelo verde o trabalho flui melhor. “Com a natureza ao redor, tudo conspira a favor da arte” – ressalta o artista plástico. O contato com a natureza cria um ambiente favorável para o trabalho artístico.


O artista plástico Eron Matoso, de 53 anos, afirma que o fato do ateliê estar localizado em meio à natureza aconteceu por acaso. Eron brinca ao definir a sua casa como um zoológico, pois parece atrair todos os tipos de animais, galinhas, cachorros, macacos, eles chegam e acabam ficando. Um pouco antes da entrevista o artista confessa ter acabado de alimentar um mico.


O lugar é propício para o aprendizado e a criatividade assim pode ser definido o local onde Eron Matoso, produz suas obras e transmite experiências e técnicas aos alunos. Eron ressalta que a inspiração para as artes plásticas acontece independente do ambiente que esteja o artista, seja ele urbano ou natural, ela vem de dentro.


Mas a natureza ao redor conspira a favor da arte. A professora Luciana Amaral, 38 anos, há três anos estuda com o artista e aprova o ambiente de tranqüilidade onde acontece o curso de pintura em tela e se sente muito mais motivada.


Junção de arte e natureza resume a vida do artista plástico Eron Matoso. O local onde fica o ateliê é cercado pela natureza e se transforma em um refúgio da rotina acelerada dos dias de hoje. Para relaxar e ter um momento de tranqüilidade, muitos alunos procuram o curso de artes plásticas de Eron Matoso, em Cachoeiras de Macacu, interior do Rio de Janeiro, como uma atividade alternativa.


Quem descreve a arte como uma verdadeira terapia é Rosa Mara Soares, 23 anos, aluna de Eron há dois anos. “Quando entro no ateliê parece que estou entrando em um paraíso”. O local onde as aulas acontecem é aberto, sem portas nem janelas e possui uma visão ampla para o verde que envolve o lugar. Animais como micos, sempre aparecem para fazer uma visita.



A dona de casa Rosa Mara não abre mão das suas aulas de pintura às segundas-feiras, ela afirma que este é o momento de esquecer do mundo aqui fora, dos problemas e das dificuldades do dia-a-dia, para se dedicar de corpo e alma a pintura e relaxar. “Praticar a arte ao ar livre é uma oportunidade única, a arte é simplesmente passar para a tela aquilo o que a natureza tem de mais belo” – reflete Rosa Mara.



Entre as habilidades artísticas de Eron encontram-se a pintura em telas, paredes, tetos e camisas, além de desenhos, mosaicos, esculturas em cerâmica e restauração. Com cursos no Museu de Belas Artes e no Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro, Eron valoriza a leitura, mas afirma: “O importante sobre mim é somente a minha arte. O que sai da minha mente através das minhas mãos”.















Para Eron a arte é sua vida. “Se tirassem à arte de mim estaria perdido”. Eron trabalha para agradar as pessoas, para mostrar o belo e para obter satisfação pessoal. Mas esse não é o único objetivo, também é importante transmitir o que se sabe, para isso o artista plástico dá diversos cursos em seu ateliê, além de realizar trabalhos voluntários buscando ajudar a sociedade através da arte.



Dentre os planos do artista plástico, está a construção de um Centro Cultural em seu ateliê. O projeto visa oferecer a população um maior acesso ao mundo da arte e da cultura. O primeiro passo é fazer um forno para pizza no próprio ateliê, onde Eron irá oferecer tanto a sua arte como os seus dotes de pizzaiolo, confraternizações particulares. Com os recursos arrecadados serão construídos ambientes para pesquisas e para exposições das obras dos alunos e um horto valorizando a natureza local.

Arte e Trabalho Voluntário Ajudando Vidas

Por Camila Cabral


O artista plástico Eron Matoso destaca-se hoje na cidade de Cachoeiras de Macacu, não apenas pela sua arte, mas também pelos diversos trabalhos voluntários de que participa. Segundo ele a arte tem o poder de tranqüilizar as pessoas, tanto os admiradores quanto os praticantes.


Toda quinta-feira o artista plástico se dedica à realização de um projeto de profissionalização com adolescentes carentes nas favelas do centro do Rio de Janeiro. O trabalho voluntário é realizado no exército, levando a arte da estamparia e a técnica de silk-screen (pintura em tecido) a meninos e meninas carentes.


Em Cachoeiras de Macacu, o artista é interprete para pessoas surdas no Colégio Municipal São Francisco, todas as noites na turma de alfabetização. O trabalho é voluntário, mas não diminui a vontade de ajudar as pessoas.


A solidariedade não termina aqui. No Hospital Jesus em Vila Isabel, no Rio de Janeiro, Eron pinta as paredes do hospital para alegrar as crianças internadas. Além de desenvolver um trabalho de artesanato com as mães e de desenho com as crianças.


O reconhecimento vem com a gratidão dessas entidades. Como o certificado de amigo do hospital e o convite para ser padrinho dos Jovens com Necessidades Especiais. “Pois sem doar como posso receber? E se recebo tanto por que não dividir?”-conclui o artista plástico Eron Matoso.

Fazer Cinema

Por Camila Cabral


A paixão pelo cinema é o motor que move este projeto. No início o objetivo do grupo era não parar no primeiro filme, pois diversos temas e idéias brotavam prontas para serem produzidas. Fabian Santos, Ilson Júnior e Aldo Balbi acreditavam que poderiam conseguir. Motivados pela vontade de fazer o grupo produziu o primeiro curta, Na frieza do seu olhar.


Com recursos próprios, o grupo de jovens cineastas conseguiu comprar uma ilha de edição e um computador caseiro. O computador iria servir para realizar os efeitos especiais necessário para o próximo curta que viria a seguir, o último guerreiro. Apesar do inicio difícil, o grupo não desanima. O apoio de pessoas e empresas foi fundamental para conseguirem os equipamentos que faltavam.


Os meninos cineastas queriam mais, e não deixavam a desejar em nada. Tudo era feito de forma profissional. Desde a pré-produção, com desenvolvimento do roteiro, story board, escolha de locações, planilhas de gravação, reuniões de equipe, e ensaios com os atores. Até o desenvolvimento da produção, com a filmagem. A pós-produção, que envolve a edição de imagens, som e efeitos especiais, também recebe a atenção toda especial da jovem equipe.


Todo o empenho colocado na produção de nove curtas valeu a pena. O retorno financeiro adquirido com o trabalho realizado foi possível ampliar o negócio. O objetivo era melhorar o nível dos equipamentos. Assim tornando o grupo auto-suficiente tecnologicamente. Em 2001, o que é arrecadado com os curtas passa a ser investido em uma produtora. Os jovens artistas da cidade de Nova Friburgo criam a Nomad Produção.


Os filmes da Nomad agora tem tecnologia digital, e os cineastas friburguenses começam a se aventurar em um novo projeto. A pré-produção do primeiro loga-metragem da Nomad, chamado Vazio. O longa conta a história de um casal da terceira idade que vive com a solidão e a saudade dos filhos.

A Terra em Transe

Por Camila Cabral

Dentro de um auditório à meia-luz, um grupo de alunos com os olhos fechados, parecem dormir. A cena pode nos remeter a um exercício esotérico ou culto de alguma religião. Mas os alunos participam de uma palestra acadêmica, que envolve profissionais de saúde. Tal evento pode auxiliar no tratamento de problemas como obesidade, impotência sexual, e problemas psicológicos como depressão, ansiedade e transtorno bipolar.
Alguns hospitais utilizam a técnica em tratamentos de câncer, para amenizar os efeitos colaterais da quimioterapia. Outro uso interessante é a sua aplicação como analgésico. É comum ouvir histórias de cura através do uso dessa técnica, assim como uma cirurgia de retirada de vesícula sem anestesia. A experiência esta registrada em um vídeo que roda o mundo em discussões sobre os benefícios de tal técnica.
A palestra é conduzida pela psicóloga mexicana Teresa Robles, com a finalidade de criar um estado de consciência chamado sabedoria interna ou universal. Teresa promove em vários países workshops para executivos, esportistas e outros profissionais. Todos buscando a técnica como um meio de melhorar seu desempenho profissional. A mexicana esteve no Rio de Janeiro no último fim de semana, para dar uma aula na Santa Casa de Misericórdia, no Centro do Rio.
A técnica chega num momento de popularização nos grandes hospitais brasileiros, como o Hospital das Clínicas de São Paulo. Em 2000 chegou a ser reconhecida pelo Conselho Federal de Psicologia do país, como método terapêutico. Mais conhecida como egotrip esta técnica foi desenvolvida pelo americano Milton Erickson, considerado o pai da moderna hipnose médica. A hipnose ericksoniana já ajudou em casos de acidentados de trânsito que foram postos em transe para agüentar a dor.
O próprio Milton Erickson, vítima de poliomielite aos 17 anos afirma que recuperou os movimentos de seus músculos graças a exercícios de concentração mental que deram origem à sua técnica.
As histórias que envolvem cura de doenças são a parte extraordinária da hipnose ericksoniana. De um modo geral tudo acontece de forma simples. A psicóloga Teresa em suas sessões dispensa pêndulos, cristais, músicas relaxantes e até silêncio. E não se incomoda com os barulhos de fora, afirma que eles ajudam no transe. “Pois nos lembram que eles não podem interferir no interior do ser humano” – destaca Teresa.
A psicóloga apenas pede para que os alunos fechem os olhos e respirem pausadamente. Ninguém perde por completo a conexão com o mundo externo, diferente da hipnose clássica, que mantém o hipnotizado inconsciente.

Durante todo o processo de hipnose, os pacientes visualizam mentalmente um objeto. Não é preciso estalar os dedos para tirar ninguém do transe. Teresa apenas começa a falar num ritmo mais ágil. No final, alerta para a possibilidade da sensação de tontura ou dor de cabeça.

A mexicana já ouviu críticas que a comparam a uma esotérica, pois dispensa a linguagem acadêmica e promete efeitos práticos incríveis. Segundo ela o preconceito com a hipnose é cada vez menor no mundo todo. Eliana ainda lembra que muitas mulheres desenvolviam esse tipo de percepção ampliada na Idade Média. E eram queimadas em fogueiras como bruxas.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Jovens de Friburgo focam no concurso


Por Gustavo Golineli


A procura por um espaço seguro no mercado de trabalho não é tarefa das mais fáceis. Ainda mais um emprego com estabilidade financeira e profissional. Esta é a realidade que vive a estudante Karina Monnerat, de 23 anos que acaba de tentar mais uma vaga de professor no estado do Rio de Janeiro.

Desde pequena a jovem estudante sempre sonhou ser professora. As aulas de brincadeira para os irmãos menores ainda criança já confirmavam sua vocação. No ingresso à universidade, optou de cara para habilitação em licenciatura. Fez o primeiro período em Matemática, mas desistiu e mudou de curso. Cursa hoje o 6º período da faculdade privada de Geografia conciliando o emprego de auxiliar administrativo pra poder pagar o curso.

A estudante esteve presente na seleção da Secretaria do Estado de Educação no último domingo, dia 23 para tentar realizar seu sonho. Acompanhada de seu pai, formado em administração de empresas que também tentara uma vaga de docente nesta mesma área, fez a prova em que dissera não encontrar muitas dificuldades, mas temia não conseguir ser convocada por causa da grande concorrência, que cresce a cada ano.

O drama de Karina é apenas um de muitos no país inteiro que se preparam e estão numa busca incessante para conseguir um emprego público. E nessa busca contínua pelo objetivo tão definido, destes que, em sua maioria são de classe média e baixa apenas uma palavra passa pelas suas cabeças: concurso.

A procura pelo concurso público cresce tanto atualmente que está sendo fator determinante na escolha do curso de ensino superior. O estudante de direito Rodrigo Basalo confirma esta tendência. “O curso de Direito é extremamente voltado para a área de concursos, eis que a maioria dos cargos exige tal formalidade para ingressar na carreira.” – diz.
Rodrigo, que conclui o curso no final deste ano, já foi aprovado em um concurso mais não foi convocado até então. Mas mesmo assim ele não desanima. “Pretendo realizar todos os possíveis na área jurídica, como oficial de justiça, técnico judiciário, entre outros.” – conclui.

No concurso realizado para o magistério do estado, 68.245 mil candidatos fizeram as provas objetivas segundo o site da organizadora do exame a Fesp. Saiba mais clicando aqui.

Portabilidade pode aumentar concorrência


Por Gustavo Golineli

A concorrência tem sido cada vez mais acirrada entre as operadoras de telefonia nos últimos anos. Com ofertas muita parecidas de planos e cobertura, os clientes vivem um dilema: Qual empresa escolher?

O empresário Fabrício Benvenuti tem uma rotina dura para se comunicar com seus clientes. Tem de dividir suas ligações em quatro celulares, de operadoras diferentes, além do telefone fixo, e ter que ainda divulgar números de contato comercial. A fim de economizar na conta de telefone no final, procura aproveitar as promoções oferecidas em todas elas para pagar menos.

O empresário é apenas um exemplo de usuários que utilizam dois ou mais celulares para se comunicar, o que engrossa a lista de aparelhos espalhados pelo país.

A Anatel divulgou em seu site os dados com aumento para 144,8 milhões de celulares até o mês de outubro, uma média de 75 aparelhos para cada 100 habitantes. As adições no mês de outubro foram de 4 milhões de celulares, mais que o dobro do que o mesmo período do ano passado que foram adicionados cerca de 1,9 milhões de telefones. Mas uma nova medida neste setor pode modificar um pouco este cenário num futuro próximo.

Neste ano os usuários de celulares de algumas partes do país já estão vivendo uma nova realidade que foi aguardada por muitos usuários de telefonia móvel: a lei da portabilidade do número.

No estado do Rio de Janeiro a portabilidade, regra que permite manter o seu número telefônico ao trocar de operadora em uma mesma área local, ainda não foi implantada, que está prevista para fevereiro de 2009 em todos os códigos (DDD) do estado.

Segundo funcionário de operadora de celular, Danilo Neder entende que os clientes terão assim oportunidades para buscas melhores serviços e vê com bons olhos a portabilidade dentro da sua empresa. “Estamos em busca do melhor atendimento. Não teremos problemas.” – diz.

Se quiser saber mais sobre a portabilidade o seu cronograma de implantação pelo país, clique aqui.

ENCANTO E SENSIBILIDADE DE UM ARTISTA


Por Renata Mattos Rocha

Em 1981, Nego comprou o sítio onde é o Jardim e começou o trabalho na terra que era apenas um pedacinho em frente a sua casa. Fez a primeira obra de barro em homenagem à beleza das mulheres. A escultura é composta em harmonia com pedras e retrata a beleza corporal da mulher. Gostou tanto do trabalho desenvolvido que decidiu fazer obras em todo o Jardim e desde então vem investindo e criando esculturas. Mesmo com o trabalho das obras no Jardim, não deixou de trabalhar com madeira e confecciona peças que fazem muito sucesso na Alemanha onde se encontra seu maior público consumidor de arte em madeira. As peças em madeira são feitas sob encomenda e existem algumas fotos expostas em uma pequena galeria que fica dentro do Jardim. Alguns turistas estrangeiros visitaram o local e adquiriram esculturas. Assim começou seu trabalho de exportação que perdura até hoje. Ele recebe encomendas, faz a confecção da peça e envia para o comprador.
- Sou uma pessoa que crê em Deus, um Deus de energia Se você ficar nesse núcleo de energia, você passa para o outro e para manifestações: literatura, artes plásticas, cura. As pessoas devem se ‘antenar’, colocar uma parabólica e captar essa energia. Com ela você manifesta o que quiser e é isso que eu faço, diz Nego
O próprio artista recebe os visitantes e os acompanha em todo o percurso, explicando a história de cada obra e o que elas representam. Com isso, todos se sentem acolhidos e ficam satisfeitos com a recepção. É isso que faz com que o Nego seja, sem dúvida, a principal atração.
O misticismo e a sensibilidade do artista é visível por todo local e os visitantes percebem isso, como é o caso de Fabiano Silva da Rocha, 29 anos: “O local é bonito e me senti impressionado com as esculturas, mas o melhor de tudo é a conversa com Nego que é uma pessoa muito agradável e acolhedora”, encanta-se.
As obras e a beleza do sítio são admiradas por todos e o Jardim se torna ainda mais interessante com a presença e a simpatia de Nego que adora conversar e acompanhar os visitantes por toda aventura. O Jardim é aberto para visitação de domingo a domingo e a entrada custa R$ 10.

DIA MUNDIAL DO DIABETES

Por Anna Carolyna Asthine Neves

No dia 14 de novembro foi comemorado o Dia Mundial do Diabetes, doença que está se tornando a mais comum do século. O tema da campanha esse ano é lutar para que nenhuma criança fique sem tratamento ou morra por causa do diabetes.

Segundo IDF (International Diabetes Federation), cerca de 246 milhões de pessoas em todo o mundo são portadores do diabetes. A pesquisa também aponta que até 2025 o número deve aumentar para 380 milhões.

Se não for descoberta na infância a doença pode levar a morte rapidamente. É importante que os pais tomem consciência das prevenções para evitar males e complicações posteriormente.

Em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, concentra-se o Instituto da Criança com Diabetes. Lá, elas têm o tratamento adequado e recebem a atenção devida. No dia 14 de novembro, o Instituto participa das comemorações iluminando sua sede com luz azul.

A luz azul esteve presente em vários lugares do mundo e, no Brasil, além de muitos outros locais, o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro e a Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, receberam as luzes. Essa data foi escolhida por ser o dia do aniversário de Frederick Banting. Ele e Charles Best foram os responsáveis pela descoberta da insulina.

Encontre e pratique equilíbrio



Por Renata Mattos Rocha

Na chegada, parece um castelo de conto de fadas com a entrada feita de pedras e muito verde em volta. Já no lado interno, o olhar se desvia para vários pontos. A beleza é tanta que não conseguimos focar em uma coisa só. O caminho de terra lembra a simplicidade do local e a beleza natural de flores, árvores e pássaros nos leva para um ambiente distante, de sonhos e paz. Mas não é só a natureza que impressiona. Quando a euforia passa e nos concentramos mais, nos damos conta das enormes esculturas de barro, cobertas por musgo verde que se encontram em completa harmonia com itens da natureza como pedras, lagos e árvores.
Nego, nascido Geraldo Simplício, artista e dono do local, conta que brincava com barro desde criança, pois nasceu e cresceu em Aurora, cidade muito pobre do Ceará e sua família não tinha condições para lhe dar brinquedos. Quando adolescente, a brincadeira se transformou em um meio de renda, pois começou a atender pedidos da vizinhança e fazer pequenas esculturas religiosas para vender.
Além das obras de barro, começou a trabalhar com madeira, fazendo peças para venda. Com as vendas e o sucesso, Nego ficou bastante conhecido na localidade e realizou exposição na cidade de Crato (Ceará), Fortaleza e Recife. Em 1969 foi convidado para fazer uma exposição no Rio de Janeiro, na Galeria Escala. A exposição não podia ter outro resultado senão a aprovação dos visitantes e, com isso, sua amiga e admiradora de artes, Cecília Falk o convidou para vir para Nova Friburgo.
Esse ambiente único é um Jardim, composto por enorme esculturas de barros: O Jardim do Nego. As esculturas de barro chegam a aproximadamente três metros e cada uma retrata uma história diferente. Dentre as obras, pode-se encontrar uma família de nordestinos migrando em busca de vida melhor, uma índia dando à luz de cócoras, um bebê engatinhando e muitas outras que impressionam e emocionam. As peças são confeccionadas nos mínimos detalhes e suas expressões faciais e corporais são os mais realistas possíveis. São olhares, fios de cabelo, unhas, dentes e expressões que deixam todos admirados com o trabalho desenvolvido pelo artista.
Localizado na RJ 130, zona rural, bairro Campo do Coelho é uma ótima opção de passeio para ser feito em família.

UMA ARTE MILENAR COMO FORMA DE EXPRESSÃO

Por Renata Mattos Rocha

O prédio é pequeno e pouco aparente aos olhos de quem passa pela rua. Porém, quando se sobe as escadas escuras, de corrimão frios, dá para ouvir um barulho diferente. Um som curioso que nem é alto, nem baixo, nem forte, nem fraco. Conforme os degraus vão ficando para trás, pode-se ouvir com mais clareza. Contudo, ainda não se consegue identificar o barulho.
Seguindo os instintos do corpo e se aproximando da pequena porta branca, o coração parece saltitar de tanta curiosidade. A “máquina” que produz o barulho é muito pequena e cabe nas mãos de Jefferson França, que lida com ela há aproximadamente seis anos. Em cima de uma mesa miúda, encostada na parede, existem tintas, estojos diversos, um catálogo e instrumentos enrolados separadamente em embalagens descartáveis, como se fossem materiais cirúrgicos.
Logo à frente de Jefferson, em uma cadeira branca, mais alta que o normal, está Fabiano Rocha. Sentado com uma expressão aflita e um copo de água na mão, ele diz estar calmo e procurando relaxar. Seus pés não param de balançar e seu rosto está com uma expressão curiosa, um misto de sorriso e choro.
França diz estar habituado com os diferentes tipos de reação das pessoas – “uns choram, outros ficam eufóricos, outros desmaiam... estou acostumado com isso, afinal é meu trabalho” – diz ele por entre a máscara branca que recobre sua boca e seu nariz. “Por dia, tenho de três a quatro clientes, dos mais variados. Cada um me pede uma coisa e sempre procuro atender da melhor forma”.
Esse é um exemplo do dia-a-dia de um tatuador. Ele trabalha em horário comercial, tem sala própria e uma clientela que cresce a cada dia. “O mercado está crescendo” – afirma ele. A tatuagem, datada de quatro a dois mil anos a. C. conquista um público cada vez mais diversificado e atento às novidades.
Antes, tratada com preconceito e discriminação, a tatuagem circulava entre os jovens e grupos de estilo próprio. Hoje, com o desenvolvimento das técnicas, dos desenhos e mais abertura para o assunto, são milhares de pessoas tatuadas. Alguns fazem para marcar um momento da vida, outros para homenagear alguém ou simplesmente para expressar um estilo... Os motivos podem ser vários.
O que vale lembrar é que tatuagem é coisa séria. Antes de tomar essa decisão, a pessoa precisa estar certa do que quer, pois o processo de reversão é longo e caro. Procure um tatuador conceituado, que utilize materiais descartáveis e em quem você confie. Escolha bem o desenho e esteja certo do que deseja. Com tudo isso decidido, curta esse momento e aproveite!

DIVERSIDADE NA HORA DA DECISÃO

Por Renata Mattos Rocha

“Tinha que acordar bem cedo para dar tempo de me maquiar e ir para o trabalho. Quando perdia a hora ou me atrasava por algum motivo, saia sem maquiagem e as pessoas logo comentavam que eu estava diferente. Na minha profissão, estar com boa aparência é fundamental. Hoje, acordo uns minutinhos mais tarde e, quando me olho no espelho, já estou pronta! Posso estar triste ou chateada, que as pessoas nem notam”.– afirma a médica, de 56 anos, Alinne Athayde.
Já Luiz Carlos de Mattos, 43 anos, diz: “eu era mais jovem e fazia parte de um grupo de motoqueiros que queriam viver a vida com intensidade. Curtíamos rock in roll. Naquela época tudo era diferente. Com influência desse grupo, veio a vontade de ter uma marca, um estilo. Tomei a decisão e não me arrependo. Se fosse hoje, faria tudo de novo.”
Esses foram dois dos depoimentos mais marcantes que ouvi durante a pesquisa sobre um tema milenar que ainda é atual. Sou jornalista, tenho 22 anos e me envolvi de tal forma com o assunto que também decidi entrar para a crescente lista das pessoas com essa marca.
No meu caso, quis prestar uma homenagem. Fui criada com meus avós, que sempre foram um exemplo para mim. Eles começaram a namorar com 13 anos, casaram com 22 e ficaram juntos e felizes até que a morte os separou. Minha história parece com a deles: quando adolescente, me apaixonei por um vizinho, que conhecia desde criança. Nos meus 16 anos começamos a namorar, com 20 fiquei noiva e com 21 casei. Neste novembro, completei 01 ano de casamento. Com a certeza de que encontrei meu grande amor , fiz essa homenagem a nosso casamento. A tatuagem com nossas iniciais no pulso esquerdo é uma marca pessoal que fiz para consagrar ainda mais o nosso amor.
Maquiagem definitiva, símbolos de grupos, letras ou frases, são alguns exemplos de tatuagem. Cada pessoa tem um motivo para fazê-la e com o desenvolvimento das técnicas, fica cada vez mais fácil realizar o desejo do cliente, afirma o tatuador Jefferson França. Até pouco tempo, as pessoas que faziam tatuagem eram consideradas “rebeldes” e ficavam distantes de outros tipos de grupos, por causa do preconceito que sofriam. Hoje, as pessoas se tatuam por diferentes motivos e o preconceito diminui a cada dia.
Datada de 4.000 anos a.C., a tatoo não perdeu a graça e ainda desperta interesse, aliás, sua popularidade cresce dia-a-dia. O importante para quem quer se tatuar é lembrar que a marca é para o resto da vida, pois os processos de reversão são caros e demorados. Antes de tomar a decisão final, é preciso estar certo do que vai fazer.

DIABETES NÃO TEM IDADE

"Eu posso comer brigadeiro, mas tem que ser com leite condensado diet.” A estudante Raiane Pitanguy, de apenas 10 anos, já aprendeu a lição. A necessidade do controle alimentar veio por causa de uma doença cada vez mais comum entre as crianças: o diabetes.

Raiane está em tratamento, mas o problema não pode ser sanado. A diabetes é uma doença crônica e precisa ser controlada para o resto da vida. Pediatras e nutricionistas orientam as mães para lidar com a doença, mas no caso de Raiane são necessárias também consultas regulares com o endocrinologista.

“Quando a glicose aumenta muito ela fica com dor de cabeça e enjôo. Costuma passar muito mal”, conta a mãe da menina. A diabetes é uma doença facilitada por fatores hereditários e impõe ao paciente uma dieta que evite gorduras e principalmente o açúcar.

Segundo pesquisa da Fiocruz tem aumentado o número de crianças em idade escolar com incidência de diabetes. Nos casos mais graves, quando o paciente tem a diabetes tipo x é necessária a aplicação de insulina. Mesmo quando a criança não é insulinodependente as mães têm dificuldades: “Ela sabe que não pode comer doce, mas criança é difícil de controlar, principalmente quando está longe da gente.” Explica a mãe de Raiane.


Além da pré-disposição genética, a diabetes pode ser causada por má alimentação e excesso de peso, tanto em crianças quanto em adultos. É importante procurar uma alimentação saudável com muitas frutas e legumes e praticar exercícios físicos regularmente.
Raiane participa das aulas de educação física na escola, mas isso não basta para combater a diabetes. Vale ressaltar que fatores genéticos, metabólicos, psicológicos e alimentares influem no desenvolvimento e controle da doença. E aí está a maior dificuldade no tratamento da diabetes infantil: convencer uma criança de 10 anos que ela precisa fechar a boca.











OBESIDADE É UMA DOENÇA SIM

Por Anna Carolyna Asthine Neves

A obesidade é caracterizada como uma síndrome e acontece devido ao acúmulo excessivo de gordura no organismo. Acima de 20% do peso ideal de baseando-se pela altura, o indivíduo já pode ser considerado obeso.

É necessário ter a consciência que obesidade é uma doença e causa outros problemas graves de saúde se não for tratada. Alguns exemplos de doenças causadas pela obesidade são: doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão arterial, artrose, varizes e vários tipos de câncer, diminuindo na maioria dos casos, a expectativa de vida de seus portadores.

Existem muitos tratamentos para combater esse mal, mas as facilidades que surgiram com a tecnologia (carro, controle remoto, internet) faz com que 1,6 bilhão de pessoas adultas esteja acima do peso em todo o mundo, dentre elas, 400 milhões são consideradas obesas, segundo a Organização Mundial da Saúde.





Lívia Asthine com 1,05 de altura já pesa 25 quilos

EM BUSCA DA SUPERAÇÃO!

Por Anna Carolyna Asthine Neves

Com sete anos de idade, Lívia Asthine Domingues tem apenas 1,05 metro de altura e já pesa 25 quilos. Além da paixão por bonecas e músicas, ela adora comer, mas é controlada a todo momento pela avó Olinda e a mãe Adriana : “Temos que ficar vigiando a Lívia 24horas por dia. Se bobear ela come escondido”. Conhecida como Lili, a pequena menina está sendo alfabetizada em uma escola particular do município de Teresópolis e já consegue lê e escrever várias palavras.

A mãe, Adriana Domingues, fica emocionada com cada evolução da filha. Além da escola, Lívia freqüenta a fonoaudióloga desde bebê e já está falando quase tudo. A fisioterapia não foi preciso continuar, pois com dois anos ela conseguiu atingir o objetivo: andar. Só a dieta que ainda é um caminho difícil e longo para percorrer.


Diferente de outras crianças que têm o mesmo problema, Lívia foi diagnosticada com apenas 14 dias de vida e por isso tornou-se um referencial para outras famílias que sofrem com essa síndrome. O diagnóstico pode demorar até dois anos e enquanto isso, a criança fica sem o tratamento adequado.

- Lívia é realmente um milagre. Os médicos ficaram felizes e ao mesmo tempo surpresos com a descoberta tão rápida da causa. Ela não mamava e não tinha força na musculatura, isso contribuiu para a descoberta do problema.Conta o pai, Marcelo Domingues de 37 anos.

Meninos e meninas podem ter esse tipo de problema e o que preocupa médicos e familiares, é a vontade insaciável da criança comer. A ‘mensagem’ de saciedade da fome não chega ao cérebro, fazendo com que eles comam compulsivamente causando mais danos a saúde através da obesidade.


A Síndrome de Prader Willi é de origem genética paterna, e ocorre no momento da concepção. O quadro apresenta muitas possibilidades de deficiências e ainda não tem cura, por isso é caracterizado como uma síndrome. É uma síndrome desconhecida e poucos profissionais da saúde sabem sobre ela. A incidência é pequena, em torno de 1:1. 5000 de pessoas e o risco do mesmo casal ter novamente um filho com a doença é menor que 0,1%.

Outras características marcantes como: baixa estatura, lábios pequenos, mãos e pés desproporcionais ao corpo e pouca facilidade de aprendizado podem ser amenizados com hormônios. Os meninos tomam testosterona e as meninas o GH. Os resultados não são garantidos, mas há uma grande possibilidade de aceitação pelo organismo do paciente.

Lívia já fez todos os exames e está aguardando a liberação do médico. - Não vejo a hora dela poder tomar o hormônio. Tenho certeza que Deus vai nos abençoar e ela vai crescer normalmente. Diz Adriana, emocionada.

Fotos: arquivo pessoal




Lívia com dois dias de vida

CURIOSIDADES

Por Diego Cristane

Vestuário

Se quiser pode usar a útlima moda! Ou se preferir use o mesmo estilo que usava antes. As bolsas modernas são extremamente discretas, por isso relaxe, pois não se notará nada. Deve-se ter apenas a precaução de não colocar cintos, elásticos ou roupas muito apertadas por cima do ostoma, para se sentir mais confortável.

Esportes

Pode e deve praticar exercício físico! Atividades como correr, andar de bicicleta, nadar ou jardinagem, são totalmente recomendáveis. Se decidir praticar um esporte ou uma atividade que exija um grande esforço físico, deverá consultar o médico ou enfermeiro estomatoterapeuta.

Viagens

Pode viajar à vontade e sempre que o desejar! Quando viajar, apenas não se esqueça de preparar uma pequena maleta que tenha todo o material necessário para cuidar do seu ostoma durante o período que estiver fora de casa. Aconselha-se que leve sempre consigo e na sua bagagem de mão este material, pois em caso de extravio das malas, estará sempre prevenido.



FONTE:

Convatec – Empresa responsável pelo envio de material aos ostomizados citados nas matérias.

Associação dos Ostomizados busca apoio da sociedade friburguense

Por Diego Cristane

Fundada há mais de 10 anos, a Associação dos Ostomizados do Centro-Norte Fluminense vem buscando a cada dia se fortalecer divulgando a instituição, orientando os necessitados e conscientizando a população sobre a importância da colaboração e diminuindo o preconceito em torno do problema.





Criada para prestar auxílio aos ostomizados, a entidade reivindica direitos e apoio por parte dos órgãos municipais, estaduais e federais para obtenção de bolsas de ostomia (material essencial na vida de um ostomizado) e de acompanhamento médico.
A maioria dos associados é de baixa-renda e depende da ajuda que vem da associação. Entre eles estão crianças, homens e mulheres de todas as idades. A origem também varia, porque a entidade abrange os ostomizados de toda a região centro-norte fluminense. Esta região inclui as cidades de Carmo, Cordeiro, Cantagalo, Macuco, Bom Jardim, etc.
A maior conquista por parte da instituição é a atual sede, localizada na rua Mathilde Carpentier, no centro da cidade. Lá, é possível ao associado desde obter fácil cadastro até mesmo ir ao banheiro com toda a infra-estrutura necessária. Segundo a voluntária Regina, o acompanhamento dado ao ostomizado é fundamental para tornar suas vidas normais como eram antes.
- Aqui eles têm todo um auxílio, desde acompanhamento médico e material até acompanhamento pessoal do associado. Tentamos fazer o papel da família do ostomizado, indo até sua residência e prestando o auxílio devido – conclui.




Todo mês, uma reunião é realizada entre os associados e ela é aberta também à comunidade. O encontro é uma alternativa para unir e conscientizar a sociedade e a instituição para daí surgirem futuras parcerias.
Alguns eventos são promovidos para arrecadação de recursos, como chás e bazares, já considerados tradicionais na entidade. Atualmente a associação trabalha para realizar um bazar natalino.





Você sabia que um ostomizado pode praticar exercícios físicos? Clique AQUI para saber algumas curiosidades sobre a vida de um ostomizado.

Ostomizada mostra a importância do voluntariado em Nova Friburgo

Por Diego Cristane

Muitas pessoas hoje em dia têm acesso às mais variadas informações. No entanto, a diversidade de conteúdos muitas vezes pode ser insuficiente quando o assunto é ostomia. O significado do termo ostomia ainda é bastante desconhecido na sociedade.
Todos sabem que o aparelho digestivo dos seres vivos tem um papel muito importante na absorção de nutrientes, assim como na sua posterior eliminação. Os elementos que não são úteis ao organismo transformam-se em fezes.
Por distintas razões algumas pessoas necessitam ser operadas para desviar as fezes da saída habitual e construir um novo caminho para o exterior. Este tipo de operação chama-se ostomia e realiza-se criando uma “boca” de saída através da parede abdominal.
O estoma constrói-se com uma porção de intestino e é através dele que as fezes saem. Por esta razão, as pessoas ostomizadas necessitam utilizar uma bolsa para coletar as fezes ou urina.
Avanir Thuller, de 52 anos é ostomizada desde os 36 anos e aprendeu a conviver com o procedimento médico desde o início do tratamento. Ela sofreu uma retriculite e o problema foi irreversível.
- Quando tinha trinta e cinco anos comecei a ter problemas de sangramento. Procurei o médico para fazer exames, foi quando descobri que era portadora de retriculite. Já tem 16 anos que operei para a colocação da bolsa. Na época fiquei 18 dias internada no hospital, diz Avanir.
Desde o início do tratamento Avanir teve forças para entender o problema e passou a conviver com a bolsa de ostomia sem maiores transtornos. Ela ainda buscou se superar e passou a ajudar quem necessitava de tratamentos referentes à ostomia.
- Reagi muito bem à colocação da bolsa e graças a Deus aceitei desde o início. Já tem dezesseis anos que uso a bolsa e não tive grandes dificuldades. Estou sempre pronta a ajudar a outras pessoas que tem que passar pelo procedimento, conclui emocionada.



Avanir atua como voluntária desde o surgimento da Associação e, para ela, algumas pessoas têm algum tipo de preconceito ao descobrir que a pessoa é ostomizada. “Temos que levantar a cabeça, seguir em frente e deixar os preconceituosos de lado. Eles não pensam que hoje somos nós, mas amanhã podem ser eles”, analisa.
Por outro lado, ela acredita que o ostomizado sofre preconceito dele próprio. “Existem casos que a própria pessoa não aceita a patologia e tem medo de dizer para as outras pessoas que ela é ostomizada e, às vezes, o próprio paciente cria esse preconceito. Comigo isso não acontece, pois tenho muita facilidade de falar para as outras pessoas sobre o meu problema e orientá-las sobre o que for necessário.”