quarta-feira, 25 de junho de 2008

O HOMEM E SEUS BOTÕES





Por Luísa Toledo

Fernando Cruz ganhou seu primeiro time de botão quando tinha apenas dez anos de idade, mas antes disso, já jogava com botões feitos de casca de coco ou com os dos casacos de sua mãe. Hoje, advogado e botonista, possui uma coleção formada por 600 botões madrepérola, que representam os sessenta maiores times do mundo. A coleção tem o valor estimado em quarenta mil reais. " A única coisa que guardo a sete chaves são meus sessenta times. Quando eu não estiver mais aqui, minha mulher sabe o que fazer com eles- serão doados como prêmios em campeonatos de futebol de mesa", conta Fernando.

Com o advento dos jogos de computador, há quem tema pela sobrevivência do futebol de botão. Porém, a associação friburguense de futebol de mesa conta, hoje, com mais de 600 adeptos regulares, a maioria crianças e adolescentes. Além disso, a grande força do futebol de botão é que ele oferece a glória esportiva aos entusiastas fisicamente predispostos a ficar em casa.

"O futebol de botão está profundamente enraizado no inconsciente brasileiro. A simplicidade do jogo fornece uma tela fantástica para o romantismo. Os botonistas batizam seus botões com nomes de jogadores e anotam a artilharia de cada um", opina Fernando Cruz.

Vários integrantes da AFFM já participaram de diversos campeonatos realizados em todo o Estado, ao longo dos anos. O botonista friburguense Guilherme Albertine é considerado uma das maiores revelações. Graças ao seu talento, o jovem chegou a ser contratado pelo Vasco da Gama.

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