quinta-feira, 12 de junho de 2008

CRIANÇA COM PROBLEMA DE GENTE GRANDE

Síntia Barcelos


“O Isaque começou a ficar gordinho por volta dos sete anos.” É assim que a estudante universitária Camila Barros Coelho fala do irmão. Isaque Barros Coelho, aos 12 anos, pesa 75 quilos, e por causa disso pode desenvolver alguns problemas de saúde. De acordo a irmã, Camila, ele já começou por várias vezes o tratamento médico, mas não conseguiu levar adiante.
A nutricionista Ana Cristina Marques Fiordelmundo conhece bem esse problema. Ela está na profissão há 13 anos e assumiu recentemente o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) do município de Cachoeiras de Macacu. O programa é responsável pelo acompanhamento de crianças com problemas nutricionais, entre eles a obesidade.
Segundo estudos da Fiocruz, cerca de 15% das crianças e 8% dos adolescentes brasileiros apresentam problemas com o excesso de peso. Na hora do tratamento a maioria passa pelo mesmo problema de Isaque: “Por ele ser criança é muito difícil conseguir vigiar a alimentação dele e controlar o que ele come fora de casa.” Conta Camila.
A médica aconselha que deve-se começar o tratamento contra a obesidade infantil a partir dos fatores externos, ou seja, o ambiente em que a criança vive. “É preciso rever os hábitos alimentares da casa e evitar que alimentos extremamente calóricos fiquem ao alcance da criança.” Recomenda ela.
Isaque adotou o futebol como atividade física, mas isso não basta para combater a obesidade. Além da falta de exercício ela pode ser causada por fatores genéticos, metabólicos, psicológicos e alimentares. De acordo com a nutricionista ana Cristina, crianças com pais obesos têm 80% de chances de serem obesas. Quando só um dos pais tem o problema a probabilidade cai para 40%, e se nenhum dos pais apresentar obesidade cai para apenas 1%.

Saiba mais:
Qualidade vida
O que é o Sisvan?

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