Rafael Seabra
Maria das Dores Mello Pacheco este é o nome completo da fundadora da Associação de Pais e Amigos de Excepcionais de Nova Friburgo. A história da Apae começou quando Dorinha - apelido pelo qual é mais conhecida - identificou que um de seus quatros filhos apresentava rendimento abaixo do esperado.
- Meu filho nasceu sem nenhum problema aparente, mas como já tinha três filhos notei que ele estava um pouco atrasado. Levei o Rafael ao médico e o diagnóstico era que não havia nenhum problema. Para tentar entender o que acontecia comecei a ler livros e artigos sobre o assunto. Saí de Friburgo e fui para o Rio de Janeiro buscar ajuda, mas não consegui tratamento qualificado. Sendo assim, resolvi voltar e busquei ajuda na Afape. Com o passar do tempo, comecei a perceber que o modelo adotado por eles era voltado para a Psicopedagogia e o que queria era um atendimento mais voltado para a área de saúde. Por isso, eu e mais alguns pais com filhos portadores de deficiência criamos uma instituição onde pudéssemos ter mais liberdade de ação: surgia a Apae de Friburgo.
Desde então, a entidade coleciona conquistas e oferece uma vida melhor aos portadores de deficiência e seus familiares. A Apae recebe apoio dos órgãos públicos e da sociedade civil, que entende a importância do serviço prestado pela associação.
Hoje a história do filho de Dorinha mudou bastante. Apesar da paralisia cerebral, Rafael de Mello Pacheco é muito conhecido na cidade, dá nome ao prédio novo da Apae e desfilou no carnaval deste ano como integrante da Unidos do Prado. Dorinha, a mãe coruja, lembra muito bem deste momento.
“No dia do desfile era aniversário dele, na concentração os puxadores da escola cantaram parabéns no ritmo de samba. Foi um momento muito emocionante para mim”, conclui emocionada.
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