sábado, 26 de maio de 2007

Sinal verde para a gentileza

Por Luana Toledo
No trânsito nem é preciso ir muito longe nem esperar muito para ver uma discussão. Uma batida, um raspão podem acontecer por vários motivos sendo a falta de gentileza o mais comum.

Alan dos Santos, 28 anos, é guarda municipal da Autarquia de Trânsito de Nova Friburgo (Autran) e trabalha há 2 anos no controle do tráfego da cidade. Ele afirma que já presenciou várias brigas e diz que existe diferença entre homens e mulheres na hora de resolver a ocorrência.

- As mulheres são mas educadas, querem conversar. Os homens já saem do carro brigando e, se vêem que bateram com uma mulher, sempre falam aquela frase conhecida: tinha que ser mulher, reconhece Alan.

A estudante de Direito Christiane Damasco, 25 anos, dirige desde os 18 anos e revela que já enfrentou várias situações que, por falta de gentileza de outros motoristas, quase não terminaram bem.

- Estava na minha faixa quando outro motorista deu seta para entrar na frente. Ele achou que eu não tinha visto e se assustou, voltando bruscamente para a pista dele. No sinal, o cara saiu do carro e começou a discutir. Eu fiquei quieta mas, se não tivesse indo para o trabalho, talvez eu até saísse do carro para discutir. Não é certo mas acho que só por ser mulher o cara se alterou.

No Anuário de Estatística de Trânsito de 2002 do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) o Estado do Rio de Janeiro tem o maior índice de atropelamento do país, 75% a mais do que São Paulo e Minas Gerais, estados mais populosos. Em relação ao respeito a faixa de pedestres, o guarda Alan revela que por alto, de uns cem carros que passam, menos de dez por cento dão a preferência aos pedestres, mas também ressalva.

- Algumas pessoas, na maioria mães com crianças, idosos e deficientes atravessam na faixa, mas é difícil ver esse tipo de educação nas pessoas. É preciso trabalhar mais a questão de educação no trânsito também para pedestres, diz Alan.

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