segunda-feira, 28 de setembro de 2009

CIGARRO MATA FUMANTES E NÃO FUMANTES

OMS revela dados alarmantes e Inca alerta sobre o fumo passivo

Jaqueline Ferreira


Cigarro mata. Essa não é nenhuma novidade, mas apesar de conhecer os riscos, muitos ignoram o perigo e continuam acendendo o pavio. O resultado é o mal provocado à própria saúde e a dos outros. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pelo menos 2.655 não-fumantes morrem a cada ano no Brasil por doenças vinculadas ao tabagismo passivo. De acordo com a pesquisa, ao menos sete brasileiros morrem diariamente por doenças provocadas pela exposição passiva à fumaça do tabaco. A maioria das mortes ocorre entre mulheres (60,3%).

Em Sumidouro, interior do Rio de Janeiro, não foi preciso andar muito para encontrar personagens que confirmam esses dados. Logo pela manhã, a costureira Walquíria Vieira Alves de 36 anos esperava o ônibus, no centro da cidade, com um cigarro entre os dedos. Ela conta que se acostumou com a fumaça desde cedo e adotou o vício.

―Meu pai fumava muito e eu acendia o cigarro para ele. Aos13 anos, por brincadeira, comecei a fumar na escola. Começar é muito fácil, mas pra você parar de fumar e necessário estar muito bem consigo, pois qualquer motivo e pretexto para acender um cigarro. Quando olho para a padaria, por exemplo, nem lembro que 1á vende pão, só penso em comprar cigarro― Desabafou.

Assim como Walquíria, muitos jovens encontram o vício ainda na adolescência. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que 90% dos fumantes ficam dependentes da nicotina entre os cinco e os 19 anos de idade. 2,4 milhões de fumantes concentram-se nessa faixa etária.

"Comecei aos 14 anos brincando com minhas amigas, mas começou a ficar serio quando comprei o primeiro maço de cigarros. Tenho vontade de parar, mas não consigo”, acrescenta a estudante Daiane Amaral Silva, 18 anos.

No Brasil a porcentagem de fumantes é de 32,6% da população adulta, sendo 11,2 milhões de mulheres e 16,7 milhões de homens. A OMS acredita que um terço da população mundial adulta fuma, isto é, 1,2 bilhões de pessoas (47% de toda a população masculina e 12% da feminina). Em todas capitais do país , a proibição da propaganda pelo Ministério da Saúde diminuiu o consumo em apenas 10%.

"Meu primeiro porrre foi aos 12 anos e no mesmo dia comecei a fumar, porque uma amiga me ofereceu e de 1á para cá não consigo mais parar. Tentei e tive depressão”, lamentou Helennúbia S. Honorato, 26 anos.

Causador de 50 doenças diferentes, o tabagismo e responsável por: 90% dos casos de câncer de pulmão, 85% das mortes por bronquite e enfisema pulmonar, 45% das mortes por infarto do miocárdio na faixa etária abaixo dos 65 anos, 45% das mortes por doenças coronarianas na faixa etária abaixo dos 60 anos, 25% das doenças cérebro-vasculares (derrame) e 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer (de boca, laringe, esôfago, estômago, pâncreas, rim, bexiga e colo do útero). Por ano, o tabagismo mata 5,4 milhões de pessoas no mundo. Até 2030 esse número deverá dobrar para 10 milhões e até o fim deste século, 1 bilhão de pessoas morrerá.

Parar de fumar requer um tratamento em que a força de vontade é o ponta pé inicial. Fabio da Silva tinha 18 anos quando começou a fumar. Hoje, aos 22, se orgulha em dizer que venceu o cigarro.

"Eu saia muito, ia à muitas festas e todos os meus amigos fumavam. Minha família não gostava e comecei a sofrer preconceito. O cheiro do cigarro também é ruim, tanto em casa como na sala de aula. Alguns professores me aconselharam e agora não fumo e nem sinto vontade.”

Um comentário:

maria goretti disse...

Jaqueline,
essa reportagem já é para a Av1, acredito. Não encontrei nenhuma referência aOS SITES usados por vc como fonte . As estatísticas vc conseguiu pela internet, não foi? Tem que citar os sites. Também não sabemos onde vivem os personagens. Em que bairro, como é a vida deles na região. Vc é de Terê, então os personagens são de lä. Eu deixei a pauta em aberto, mas a referência é regional.
Tenho correções a fazer de vírgulas e siglas, que devem ficar entre parênteses e depois de escrita por extenso.
Mas, primeiro, quero respostas rápidas para as fontes e de onde são os personagens, bairros onde moram. E pq vc não apurou com médicos da região ou postos de saúde, para dar estatísticas da região?
faltam tb os hipertextos- links internos e externos.