segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Todas as faces da notícia: a abordagem do jornalismo online

Por Fernanda Pamplona

Noticiar um fato local por mídias nacionais nem sempre é tarefa fácil. Muitas vezes, a velocidade para dar um furo é tanta que o repórter erra no tratamento da notícia ou omite dados de interesse público.

Podemos analisar a forma que sites abordaram o tiroteio que aconteceu no dia 29 de agosto no Rio de Janeiro. Em um confronto entre criminosos de facções diferentes no Morro do Juramento, cinco policiais ficaram feridos. As facções, Comando Vermelho e Amigos dos Amigos, totalizavam mais de cem homens em um tiroteio que durou mais de sete horas.

A partir dessa informação básica, podemos comparar como os sites do Jornal O Globo, O Dia, Jornal do Brasil, A Folha de São Paulo e Estadão tratam essa notícia.

A forma em que apresentam as informações no texto, e os atrativos que cada editor fornece ao internauta são muito diferentes em cada site, e a quantidade de visitas daquele link está diretamente ligada à esses fatores.

Na notícia do Jornal O Globo, é possível perceber a superficialidade da notícia. A notícia em si se resumiu em dois parágrafos pequenos, não especificando por exemplo, as facções envolvidas. Para um texto de internet, a forma que o fato foi tratado não responde de forma coerente às perguntas de um lide, e, honestamente, apenas incita a curiosidade do leitor. A abordagem foi completamente diferente do jornal O Dia.
No site, eles preferiram unir dois acontecimentos em um único link, montando uma notícia com nada menos que dezesseis parágrafos, divididos em dois subtítulos. O Dia fez a mesma notícia se tornar mais completa e simpática, mas ainda não o ideal para a internet. Parece, na verdade, um texto de impresso – dramático e espetacular. Só faltou a foto dos baleados.

O Jornal do Brasil, sério e cisudo, mostrou a mesma notícia de forma concisa. Apenas três parágrafos, linguagem tranquila e exata – tudo o que um leitor de internet procura. Mesmo sem nenhum atrativo visual, consegue informar: pouca enrolação e leveza. E sem mostrar a parcialidade, como aconteceu com o jornalista Alberto Komatsu, do Estadão. Mesmo com o mesmo número de parágrafos do JB, a sensação de “achismo” é muito grande. Parece que as informações foram parciais, apuradas apenas com o Batalhão da PM, colocando na conta deles as informações – um grande “vacilo” na teórica imparcialidade jornalística.

O que, na minha opinião, melhor atende o leitor virtual é a matéria do site Folha Online. Mesmo sendo dramático e apelativo, ele mostra os dois lados da moeda: o número de policiais feridos, e os moradores do local. O texto é rápido e a informação está completa, com ritmo e melhor apurada.

Um comentário:

maria goretti disse...

primeiro parágrafo: melhor: avelocidade para dar um furo é tanta que o repórter erra no tratamento da notícia ou omite dadosde interesse público.

segundo: entrar direto...No dia 29...
no terceiro parágrafo: trocar "quesitos" por "apuração"

deletar"honestamente"...o que vc disse antes não era dito com honestidade? Claro que sim. Então é desnecessário.

Enxugar o parágrafo sobre O Dia e destacar que não houve o aproveitamento do hipertexto.

A exploração do drama atrai em qq meio, mesmo na internet.É preciso saber explorar os vídeos caseiros e as reportagens dos leitores.

corrigir até dia 28