Muita sujeira é deixada para trás e a tristeza toma conta do cenário. A poluição visual é chocante e cruel. Mas as sobras da feira de Olaria tem sido a garantia de sobrevivência de muitas famílias carentes. Todos os domingos elas pedem auxílio aos feirantes e comerciantes que ali trabalham. Muitas pessoas só têm aquele alimentopara comer, que outras jogariam fora.
Quem passa pela feira, seja para comprar, vender, pesquisar preços, olhar a qualidade dos alimentos, tem a possibilidade de ver bem de perto a realidade da vida de muita gente. Outros preferem ignorar. O ganha pão dos feirantes também depende da venda das mercadorias e a luta para isso é grande. Segundo o vendedor João Moraes, 45 anos, a indiferença tem sido o pior castigo. "A gente acorda de madrugada para trabalhar e só vai embora por volta de uma hora da tarde e, sem almoço. Mas você acha que alguém liga? Que nada...", afirma o vendedor que também é morador do bairro. Uma senhora que sempre vai a feira para recolher as sobras
O abandono, cães revirando o lixo, varredores fazendo o trabalho e o mau cheiro. As janelas fechadas demonstram a insensibilidade em relação aos que ainda continuam no local em busca por ajuda. As lágrimas de Dona Maria (que não quis revelar o nome todo) rolam no rosto, que volta para casa, muitas vezes, com as mãos vazias. "É difícil ter que vim aqui pra buscar comida, porque a saúde não tá boa", desabafa a aposentada. Ela frequenta a feira todos os domingos e diz que o sustento de cada dia vem das sobras. "Eu venho aqui por que não tenho condições de comprar as coisas, não tenho como trabalhar. O jeito é vir aqui na feira", diz com tristeza a senhora.
Não só em Olaria, mas em outros bairros da cidade a situação não é diferente. Infelizmente!
Leia mais sobre poluição urbana no site: http://www.fozdoiguacu.pr.gov.br/noticias/link62.htm
Visite o link abaixo: http://www.confea.org.br/revista/materias/edicao_20/materia_02/materia.asp
LUANNE MAGALHÃES.
Um comentário:
Luanne. Vamos fazer mudanças no texto. As anotações estão na prova. de resto, parabéns. Foi das poucas que apuraram o local com vontade.
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