quinta-feira, 5 de abril de 2007

Friburgo pode ter 45% de Mata Atlântica sob proteção ambiental


Por Luana Toledo

Nova Friburgo tem grande parte de seu território coberto pela Mata Atlântica. Quatro unidades de conservação podem ser efetivadas ainda este ano: Rio Bonito, Três Picos, Caledônia e Macaé de Cima, a maior em extensão do Estado do Rio, com 3.500 espécies diferentes por hectare, incluindo o menor sapo do mundo (assista o vídeo).

O geógrafo Fernando Cavalcante lembra que para elaborar projetos e instalar tecnologias que auxiliem o trabalho de preservação, é preciso investimento financeiro, o que falta na maioria das cidades brasileiras. Para contornar esse problema, o Estado vai repassar 2% do ICMS para os municípios que tem área de preservação ou unidades de conservação efetivamente implantadas.

O geógrafo explica também que não dá para proteger se os moradores ao redor dessas localidades não estiverem conscientes da necessidade de preservação, e ajudarem os órgãos responsáveis como a FEEMA e o IBAMA na manutenção dessas áreas.

- A gente vai conversar, nivelar a informação para todo mundo saber o que é uma área de proteção ambiental. Depois a gente vai começar a colocar os limites. Embora tendo como atividade maior o plantio, existem criações dentro dessas unidades, como em Macaé de Cima de boi e na Calêdonia, de bode.

Para o agricultor José Andrade que mora perto da unidade de conservação Macaé de Cima, muito do sustento vem da mata, mas reconhece que é preciso controle. "Tem gente que desmata mesmo, até para plantar eucalipto. Eu só tiro da mata coisas para comer, ou planto por perto hortas pequenas", defende o agricultor.

- A crise ambiental é uma crise de oportunidades para o Brasil. O Brasil tem tudo que falta no planeta. Água, florestas, energia solar e eólica. Precisamos ter uma política para compatibilizar o interesse internacional e a pesquisa com a exploração e a preservação. Além disso, é preciso investir na conscientização das pessoas mostrando que é preciso direcionamento para que não faltem recursos no futuro, ou que tomem o que é nosso, lembra Fernando.

Um comentário:

REDAÇÃO JORNALÍSTICA IV disse...

Muito bom. Vamos trabalhar título mais forte.