segunda-feira, 24 de agosto de 2009

ANJ comemora 30 anos com entrega de prêmios e críticas à censura.

Por Joanna Medeiros

Hoje, às cinco horas da tarde, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) comemora 30 anos, completados dia 17, numa reunião com representantes de jornais brasileiros em Brasília. A conferência destaca a incidência de casos de violação da liberdade de imprensa.

De acordo com a presidente da entidade, Judith Brito, a ANJ já registrou 31 casos em que mais da metade das queixas resultaram em decisões judiciais. Entre elas, violação de direitos que vão da liberdade de ir e vir em locais públicos e a não publicação de reportagens.

No evento estão programados debates que discutem os casos mais recentes de censura e os rumos da liberdade expressão no país. O deputado federal Miro Teixeira (PDT-RJ) vai receber um prêmio pela luta contra a Lei de Imprensa no Brasil.

Carlos Eduardo Lins será um dos palestrantes em debate sobre a censura prévia que o jornal "O Estado de São Paulo" sofreu durante a divulgação de informações sobre Fernando Sarney, filho do presidente do senado José Sarney (PMDB-AP). Outro assunto que será abordado no debate será a questão entre a "Folha de S. Paulo" e a Igreja Universal.

O procurador geral do Grupo RBS, Marcelo Rech, falará em palestra no mesmo dia. O procurador vai falar sobre a atenção que juízes devem ter com a indústria do dano moral, um poderoso instrumento que inibe o jornalismo independente, como pode ser percebido no caso entre a Igreja Universal e a "Folha de São Paulo".

Em contraponto a este evento pelos direitos de liberdade de expressão, a família Sarney promoveu censura a um veículo de comunicação no estado do Maranhão: o "Jornal Pequeno", sob alegação de danos morais contra Fernando Sarney.

Um comentário:

maria goretti disse...

retrabalhar o quarto parágrafo e outros detalhes pequenos. Muito bem!