segunda-feira, 24 de agosto de 2009

ANJ: 30 anos em defesa da liberdade de imprensa

Durante a comemoração dos 30 anos da Associação Nacional de Jornais (ANJ) que ocorreu na tarde de hoje, um dos principais assuntos debatidos foi sobre a justiça contra a liberdade de imprensa e de expressão. Mais de 31 casos de agressão à imprensa foram registrados nos últimos meses.
Após o debate "Liberdade de expressão e o futuro do jornalismo: o que dizem os jornalistas", a presidente da ANJ, Judith Brito, divulgou que a maioria das queixas de agressão resultaram de decisões judiciais contra os direitos que vão da liberdade de entrar em locais públicos à públicação de reportagens.
_ A liberdade de expressão deve ser motivo de nossa atenção sempre. A liberdade de expressão, mais do que um direito dos jornais, é um direito do cidadão _ afirmou a presidente.
Foi unanime a crítica à decisão de juizes em proibir e censurar qualquer publicação relacionada a família Sarney. Além do jornal "O Estado de São Paulo", o "Jornal Pequeno", do Maranhão, também sofreu com as inibições da justiça em relatar os acontecimentos dos Sarney.
_ Eles fazem uma intimidação constante aos veículos de comunicação que se atrevem a questioná-los _ disse Lourival Bogéa, diretor do "Jornal Pequeno".
Segundo o ombudsman do "Folha de São Paulo" o direito à liberdade de imprensa e expressão não é absoluto, mas quem o exceder deve pagar em posteriori e não sobre censura prévia.
Os juizes devem estar atentos à indústria do dano moral que, com o pretexto de garantir direitos, tem sido usado como instrumento para inibir o jornalismo independente. O vice-presidente da ANJ, Nelson Sirotsky, manifestou preocupação com a "perigosíssima mistura de política, religião e operação dos meios de comunicação.
Um homenageado do encontro foi o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), jornalista por formação, que recebeu o prêmio Liberdade de Imprensa por ter se destacado nos últimos anos pela defesa do livre exercício de profissão. _ É inadimissível a censura. É preciso explicar que nem ao poder judiciário é dado esse direito _ disse Miro.

Um comentário:

maria goretti disse...

reportagem sem assinatura.Favor assinar rapidamente pq estou anotando as notas de atividade campo