Zumbi, a luta contra a Escravidão

Link interno da matéria Sobre o Concurso de Beleza Negra em Macuco
Por Ingred Joia

    Zumbi dos Palmares foi um personagem histórico e representa a luta do negro contra a escravidão no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também uma forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.No dia 20 de novembro foi comemorado o dia de Zumbi, pois foi nesta data que o líder do Quilombo dos Palmares morreu em 1695. A abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888. Porém, os negros sempre resistiram e lutaram contra a opressão e as injustiças advindas da escravidão.

O Negro na TV

 A década de 30 foi marcada por reivindicações dos que lutavam para que assuntos de seu interesse fossem abordados na mídia e para que termos preconceituosos fossem dispensados dos textos jornalísticos. Nesse período, e nas décadas seguintes, o negro está presente na mídia com sua imagem comumente ligada à força muscular (esportes, principalmente o futebol), à música (samba) e a crimes (na seção policial). Antes disso, a presença dos negros nos jornais era um modo de legitimar a escravidão. De acordo com o jornalista, pesquisador e professor da Unesp de Bauru, Ricardo Alexino, "falava-se apenas dos negros que estavam sendo procurados por terem fugido, daqueles que eram vendidos ou mesmo daqueles que, eventualmente, tinham cometido algum tipo de crime", afirma Alexino.

Na década de 60, os poucos atores negros que fizeram parte do elenco das novelas na Rede Tupi ou na Rede Globo representavam escravos (quando a novela era de época), "malandros" ou profissionais com baixo prestígio social, como empregadas domésticas ou motoristas. Na década de 70, o número de atores negros começou a aumentar, o que continuou ocorrendo nas décadas seguintes.

A presença do negro na mídia segundo dados da Comissão de Jornalistas pela Igualdade (COJIRA), do Sindicato dos Jornalistas, mostram que a taxa de desemprego entre negros, em São Paulo, é 40% maior do que entre brancos, o que pode se refletir também no caso do desemprego entre os jornalistas negros.

O Primeiro Fórum Nacional de TV´s Públicas, a Pesquisa Onde Está o Negro na TV Pública, realizada pela Fundação Cultural Palmares/MinC chamou a atenção dos participantes para a invisibilidade do negro na TV pública brasileira.

Dados que confirmam o racismo e a exclusão da população negra e índia da programação televisiva nacional, de acordo com o cineasta e consultor da Fundação Cultural Palmares, Joel Zito aponta para a necessidade de se vencer o racismo na mídia como um desafio para construir uma televisão democrática e com diversidade racial.

Segundo Conceição Loureiro, editora da revista Raça, a redação é composta só por negros,afirma que "o Brasil é um país racista, nós observamos e vivemos isso". Ela considera que as revistas atuais não atendem os negros porque não são direcionadas a eles. "Isso é percebido principalmente na área de estética", completa.

A Rede Globo é a emissora brasileira que concentra o maior número de repórteres negros. Mesmo assim, o número não chega a dez, de acordo com Alexino. A pequena parcela de negros na televisão vai além dos telejornais e pode ser observada também nas telenovelas.
Uma grande conquista na TV Brasileira foi realizada pela atriz Taís Araújo, neste ano, como a primeira protagonista negra do horário nobre da Rede Globo, na novela “Viver a Vida” de autor Manoel Carlos.